THE SHOW MUST GO ON - O SHOW DEVE CONTINUAR

O total descompromisso com o Reino de Deus, o total descompromisso com a Palavra de Deus e prática irreverente de comportamentos bizarros têm predominado em algumas igrejas que mais parecerem circos, manicômios e um gueto gospel do corpo de Cristo. Em nome de uma tentativa de serem diferentes, relevantes ou apresentar algo exótico para os cristãos, "pastores" despreparados ou conscientemente levianos introduzem em suas igrejas aquilo que o mundo já não aceita e pratica. Travestem aquilo que copiam de mais perverso e imundo que há no mundo o oferecem como ração espiritual para uma audiência desqualificada e descompromissada com o Reino de Deus. O ditado romano é mais atual do que nunca “panis et circenses”, pão e circo. Os vídeos que estão postados são de reuniões de igrejas grandes e famosas no Brasil. Uma está em Belo Horizonte a outra em Vitória. Como o mundo pode ser provocado a ter sede do Evangelho e de Deus quando as igrejas oferecem este pão bolorento ou sal insípido. (Bolorento = velho, antiquado, cheio de fungos – ou seja, impróprio para se alimentar – Insipido = que não tem sabor, desagradável, tedioso e monótono).

Quando o “pastor” quebra a guitarra em frente à sua plateia e não chamo igreja, mas plateia, pois aquilo não é caracterizado como culto, mas como show está somente mostrando desequilíbrio e uma disfunção emocional profunda. Dizem que aquilo segue a linha do movimento Jesus Freak (década de 1990 - Alemanha) que por sua vez é oriundo do movimento Jesus People (década de 1960 – EUA.) Esse movimento é marcado por comportamentos alternativos no louvor e na contemplação e prevalece mais uma propensão ou inclinação pessoal do que coletiva. Se pensarmos um pouco esse movimento Jesus Freak possui somente 20 anos de existência. Não foi provado pela história e seus fundamentos não se encontram na Bíblia, mas em desejos de homens que querem expressar suas emoções espirituais de formas independentes, mesmo que isso leve a comportamentos grotescos. A explicação dada pelo “pastor” por ter quebrado a guitarra é mais ou menos assim: Se os Kurts Cobains e as Cássias Ellers da vida podem quebrar uma guitarra em seus shows, por que ele não podia quebrar uma para Jesus? Realmente é de estarrecer o argumento medíocre utilizado para justificar essa sandice. Copiar comportamentos de pessoas que nada possuem de Cristo, antes são opostas aos padrões bíblicos? Quem foram as referências do pastor e seus comportamentos? “Durante os últimos anos de sua vida, Cobain, vocalista da banda Nivarna, lutou contra o vício em heroína, doenças, depressão, fama e imagem pública, bem como as pressões ao longo da vida profissional e pessoal em torno a si mesmo e de sua esposa, a cantora Courtney Love. Em 8 de abril de 1994, três dias depois de sua morte, Cobain foi encontrado morto em sua casa em Seattle, vítima do que foi oficialmente considerado um suicídio por um tiro de espingarda na cabeça”.

Cássia Eller, cantora brasileira, homossexual assumida, morreu aos 39 anos. Foi viciada em drogras e a causa de sua morte para alguns é incerta.

São essas pessoas que servem de parâmetro para lideranças evangélicas? Os comportamentos dessas pessoas expressavam seus desequilíbrios e angústias mentais. Copiar isso e dizer que é uma manifestação de amor por Jesus é algo insano. A Bíblia nos chama a andarmos de modo equilibrado e não como ébrios. A igreja não precisar copiar essas loucuras para se mostrar apaixonada por Jesus. Precisa sim de copiar os modelos de homens inteligentes, santos e consagrados. Isso sim é demonstração de um profundo amor por Jesus. No fundo tais lideranças por se verem desprovidas de vida e poder do alto, se espelham no mundo para encontrar motivações para continuar a viver. Somente demonstram suas profundas desorientações e transtornos emocionais. Forjam uma geração de zumbis gospel desprovidos de racionalidade e avessos ao equilíbrio. Somente surfam nas ondas da vacuidade proporcionada pela pós-modernidade.

Conheço o Pr. Presidente da igreja onde aconteceu tal sandice. O Pastor desta igreja é meu amigo pessoal há mais de 25 anos, com certeza desconhece tais práticas e creio que ao saber do ocorrido já deve tomado providências para que não mais aconteçam.

Os outros vídeos apontam para um sério problema nestas igrejas: irreverência e fogo estranho no altar do Senhor. Esses vídeos mostram que algumas comunidades ultrapassaram os limites da idiotice e do imoral. Proporcionam divertimento para suas plateias que estupefatas não reagem e se vêm hipnotizadas por lideranças mortais.

Qualquer manifestação em púlpitos de igrejas ou reuniões de cunho espiritual que tem como ápice o mostrar roupas íntimas ou o ato de se despir somente atraem o escárnio do mundo e seu desprezo. Aquilo que foi elevado em nível de sagrado, como o culto a Deus e sua liturgia, deve permanecer sagrado e nunca banalizado ou mediocrizado. Há uma séria advertência na Palavra de Deus para aqueles que praticam tais coisas em Is. 5:20 “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!”.

Tais comportamentos nunca trazem a glória de Deus e nunca aproximam o homem do Criador. Pelo contrário despem a divindade de sua santidade e poder a ponto de blasfemarem sem receio algum. Vejo na Bíblia algo oposto. Vejo que quando Moisés subiu ao monte para receber as tábuas da Lei, Deus disse para que o povo não se aproximasse e o local foi delimitado. Vejo Isaias temendo por sua vida quando viu o Senhor assentado em seu alto e sublime trono. Vejo João cair como morto ao ver o Senhor Jesus glorificado na ilha de Patmos.

Não encontro Moisés, Isaías, Paulo, João, Agostinho, Tertuliano, Lutero, Calvino, Zwinglio, Melanchton, Spurgeon, Wesley, Piper, MachArthur Jr. Hernandes e etc. tirarem suas calças e mostrarem suas cuecas ou bermudas em danças mundanas nas reuniões do povo de Deus. Nunca soube que estes gigantes na fé fizessem paródias de músicas em seus púlpitos, mas aprendi que estes trovejavam em seus púlpitos, choravam em suas igrejas pelas almas perdidas e traziam a glória dos céus para a terra. Mudavam a ambiência de suas igrejas com suas presenças e seus sermões. Colocavam os pecadores nas mãos de um Deus irado e depois orvalhavam a Graça do Altíssimo sobre estes para que recebessem o refrigério e perdão de Deus.

ATÉ QUANDO A IGREJA VAI SE RECUSAR A SE REBELAR CONTRA ESSA MUNDANEIDADE QUE SE FAZ PRESENTE EM SEU MEIO?

“Ouvi, SENHOR, a tua palavra, e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia”. Hab. 3:2

Soli Deo Gloria

Pr. Luiz Fernando R. de Souza