13 outubro 2011

TROCAR DE DENOMINAÇÃO, O QUE É ISSO?

não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia”. Hb. 10:25.

Uma das características da pós-modernidade é o desvinculamento total do homem. Este não finca mais raízes em lugar algum. Seus compromissos são consigo mesmo e seu bem estar. Essa tendência é uma marca dos nossos dias. O mundo, com essa tendência, entrou no arraial dos cristãos. Vemos um grande movimento migratório entre os cristãos. Quero salientar que isso é mundanismo. O cristão que seguir essa tendência está comprometendo sua lealdade a Cristo e Sua Obra. Muitos acham natural sairem de uma igreja e migrar para outra e de denominação diferente, mas não é. Creio que um dos motivos seja a insatisfação consigo mesmo. Daí a tendência em transferir para a igreja local essa insatisfação, achando assim um culpado para suas crises existências. Ao invés de buscarem um conserto com Deus e Sua Palavra, trocam de igreja achando que assim terãoá resolvido seus problemas de insatisfação. A tentativa de recomeçar em outro lugar traz consigo a sensação de novidade e parece gerar uma nova disposição em relação à causa de Deus. Só que esses sentimentos camuflam a realidade que está viva e latente no seu interior. Não é trocando de igreja várias vezes na vida que encontraremos aquilo que buscamos, mas permanecendo e revitalizando nosso pacto com o Senhor Jesus.

A troca só se justifica quando encontro pecado em minha congregação local, mesmo assim deveria lutar em oração para que Deus mudasse. Quando existe uma liderança intransigente a mudança é menos prejudicial ou quando mudo de endereço indo para outra cidade. Mas mudar de igreja sem um motivo sério e dentro da Palavra constitui-se em perda de vida. Há pouco tempo, conversando com uma ovelha de outra igreja, ouvi que este irmão sairia de sua igreja local porque sua esposa havia conhecido um grupo de senhoras de outra denominação e queira ir para lá. Indagado sobre o que deveria ser feito disse: irmão, vou citar Heb. 10:25. Então acrescentei: você está há mais de 10 anos em sua igreja e vai para outra denominação? Você abrirá mão de tudo o que aprendeu ao longo desses anos? É como se você dissesse que foi enganado, defraudado e que mentiram para você ao longo desses anos. Além do mais, disse, você dará um péssimo exemplo de liderança em sua casa. Sua mulher vai entender que pode manipular você quando quiser, e para isso basta pressioná-lo. Seus filhos saberão quem realmente é o chefe e o sacerdote da família. Você terá que se conformar com novas doutrinas e abandonar aquelas que você aprendeu e que já tem como verdadeiras. Que contradição! Sem falar que isso é contrário à vontade de Deus. Você poderá incorrer em pecado, pois, não está se preocupando com a vontade de Deus, mas somente com suas necessidades. Muitos mudam de igreja alegando que seus filhos não se adaptaram e para não perder os filhos precisam trocar de igreja. Fico me perguntando se agem assim com a escola secular ou quando compram uma casa nova em outro bairro? Essa peregrinação no meio evangélico somente traz prejuízo para todos. Ninguém consegue se firmar em congregação alguma, laços são desfeitos abruptamente e fica evidente que doutrina não importa para tais pessoas conquanto que elas tenham seus desejos atendidos. Pouco tempo atrás apresentou-se em nossa igreja uma família que vinha de uma igreja Presbiteriana. Pariticparam de uns 04 cultos e demonstraram desejo de se membrar na igreja. Perguntei-lhe de qual denominação vinham. Então lhes disse: Há 04 quarteirões de nossa igreja existe uma igreja Presbiteriana. Sugiro-lhe que frequente lá por um mês. Se não se adaptarem voltem e trataremos do assunto membresia. Voltaram para agradecer a indicação. Tinham se dado muito bem lá na outra igreja. Se houvesse de minha parte um desejo ardente por membros a qualquer custo, talvez tivesse impingido um fardo pesado sobre aquela família, pois, implicaria em trocar de denominação e assumir doutrinas que eles não conviviam.

Precisamos ser fortes diante dessas ondas de mundanismo. Precisamos repensar nosso compromisso com Deus, que se expressa na igreja local. Deus tem colocado pessoas em locais específicos com um propósito.

Antes de trocar de igreja/denominação tenha convicção que é vontade de Deus. Assim haverá glória para Seu Nome.

Soli Deo Gloria

Pr. Luiz Fernando R. de Souza

20 setembro 2011

A IMBECILIZAÇÃO DA IGREJA - UNÇÃO DO EMAGRECIMENTO E DO ESQUECIMENTO

Como o caso saiu em jornais de Minas Gerais e tornou-se público não pude deixar de perceber que quanto mais Deus é desrespeitado juntamente com Sua Palavra maior é o nível de imbecilização do Evangelho. Não teço opiniões sobre pessoas já que não conheço o pastor da reportagem, mas questiono comportamentos. Veja a matéria aqui que saiu nos jornais.

Após contatos com vários pastores da Cidade de Governador Valadares (MG), fiquei sabendo das aberrações perpetradas por alguns líderes de igrejas neopentecostais. Soube que existem desde kits completos para campanhas até a prática de unções exóticas que são praticadas nas igrejas.

Na reportagem citada o pastor ora para que as pessoas emagreçam e unge pessoas para que esqueçam seus passados tenebrosos, a chamada unção de Manassés. Vamos ponderar alguns pontos:

1 – O Evangelho do Senhor Jesus Cristo não tem como escopo nem como apêndice tais sandices praticadas pelo referido pastor da reportagem e por outros que no mínimo são totalmente analfabetos de Bíblia e teologia. O Evangelho por natureza é mensagem de salvação e perdão de pecados. Cristo não morreu na cruz do Calvário com o fim de promover estas aberrações. Ele cumpriu o plano de Deus e este plano primariamente era resgatar o homem de sua condição de inimigo de Deus. Qualquer outra proposta para o Evangelho do Senhor Jesus Cristo é outro evangelho, outra mensagem e não encontra nenhum amparo nas Escrituras. Paulo chega a dizer em Gal. 1:6-9 “Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; 7 O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. 8 Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. 9 Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema”.

2 – Estas práticas absurdas somente apontam para um total sincretismo religioso. Essa mistura de pseudoevangelho com práticas xamanistas descaracteriza completamente o santo Evangelho de Cristo. A igreja foi chamada para preservar a pureza do Evangelho e lutar pela fé que uma vez foi entregue aos santos. Cabe aos pastores e líderes a incumbência de extirpar as misturas do meio cristão, denunciando com firmeza a avareza dos homens que na busca por projeção e dinheiro sacrificam a mensagem do Evangelho, sacrificam o bom nome de Cristo e atestam suas sórdidas intenções. Quando alguém se propõe a fazer o que a reportagem disse, somente nos resta dizer que vale tudo no meio gospel em nome de Deus. Aqui os fins justificam os meios. Não encontro na Palavra de Deus nenhum tipo de indicação que o Espírito Santo faça estas coisas descritas na reportagem. Não encontro padrão bíblico para orar pelas pessoas e depois soprar sobre elas para que estas sejam abençoadas. São praticas estranhas à Palavra e que induzem ao erro.

3 – As práticas exaradas na reportagem mostram como as lideranças desconhecem a obra do Espírito Santo. Tudo que ocorre no meio neopentecostal, por mais estranho que pareça e mais absurdo possível, é atribuído ao Espírito Santo. Não estou dizendo que o Espírito de Deus tenha que ser formatado dentro de nossos padrões culturais, doutrinários e sociais, mas é preciso um retorno a Palavra e à teologia para sabermos que essas práticas evidenciadas na reportagem são anti-bíblicas. O Espírito Santo não age desconhecendo a revelação que Ele próprio nos proporcionou através das Escrituras Sagradas. A finalidade do Espírito Santo é nos revelar a suficiência de Cristo, a magnitude de Cristo como Senhor e Salvador e nunca emagrecer pessoas. Quando lideranças desconhecem os ensinos sobre a Pessoa e a Obra do Espírito, passam a se basear em achismos e sentimentos que nada honram a Cristo, somente trazem o escárnio do mundo.

4 – Uma falta de conhecimento de Bibliologia e uma apropriação indevida de exemplos do Antigo Testamento são as marcas de igrejas imaturas e fracas. Tais comunidades estão cheias não porque possuem um ensino sólido e relevante, mas por apelam para as emoções e contam com o despreparo de seus membros doutrinariamente.

As práticas da reportagem mostram que tais líderes desconhecem que a revelação de Deus é proposicional e progressiva. Paulo nos alerta na carta aos Coríntios que o que aconteceu com o povo de Israel foi para nosso proveito e que precisamos ver estes exemplos e não errarmos como eles erraram. Não podemos buscar exemplos no Antigo Testamento e aplicá-los agora com todos seus detalhes como se mais 4000 anos de história nada significassem. A tão falada unção de Manassés (ou hoje em dia: unção do esquecimento) está baseada em Gn. 41:51 “E chamou José ao primogênito Manassés, porque disse: Deus me fez esquecer de todo o meu trabalho, e de toda a casa de meu pai”. Veja que atrocidade tais líderes cometem contra a Palavra. José ao dar o nome de Manassés a um de seus filhos somente expressava o favor de Deus. Deus o havia feito esquecer seus dias de amargura e tristeza e mesmo as decepções com a casa de seu pai. Esquecer aqui no texto de Gênesis segundo Von Rad, pode significar não tanto que ele esquecera a sua família anterior, com que agora seu filho preencheria o vácuo atormentador de seu coração. Também pode significar que José queria esquecer completamente seu passado e o escritor de Gênesis mostra a fraqueza do comportamento de José. Parece que José não seguia a trilha correta, pois, ao assumir o poder no Egito não faz nenhuma menção à sua família. A chegada de seus irmãos serviu como uma oportunidade de José resgatar seu passado que ele corria o perigo de perder.

Vale lembrar que nosso passado nunca vai ser apagado de nossas mentes. Enquanto vivermos ele nos acompanhará e servirá de base para nossas experiências presentes. Orar para que Deus nos faça esquecer nosso passado é um contrassenso. Nossas experiências passadas devem servir como base para nosso futuro. Corrigimos erros e sedimentamos acertos, mas esquecer somente o que de ruim aconteceu é algo antinatural e estranho ao processo de viver. Para mim essas unções exóticas em nome de Deus somente significam embustes e subterfúgios para tirar dinheiro do povo despercebido.

5 – Por último destaco a total inadimplência dos líderes que presenciam estas aberrações nada dizem. Acham que ficando calados as coisas não piorarão. Lembro aos colegas da cidade de Valadares que o mal impetrado por lideranças tacanhas chegarão às suas igrejas e que o estrago feito chegará ao ponto de não ter mais conserto. Parafraseando Martin Luther King o que me incomoda não são as aberrações de homens sagazes, mas o silêncio dos homens de Deus. Este silêncio presta um desserviço ao Reino de Deus. Esse silêncio aponta para a conivência com tais aberrações. É chegada a hora de agir e reagir a tais comportamentos. Tais ações e reações não significam dividir o Reino, mas denunciar as trevas.

Que seja desfraldado o estandarte da verdadeira igreja do Senhor Jesus Cristo.

Soli Deo Gloria.

Pr. Luiz Fernando R. de Souza

16 setembro 2011

LIVRO - OSSO DOS MEUS OSSOS/CARNE DA MINHA CARNE

Já está disponível a 3a. edição do livro do livro OSSO DOS MEUS OSSOS CARNE DA MINHA CARNE.
O livro aborda 04 temas: Como Melhorar a Comunicação no Casamento - Como Solucionar Conflitos no Lar - Como Vencer a Crise Financeira e Como Mlehorar a Vida Sexual. Livro de leitura fácil e rápida com aplicação imediata dos princípios nele contidos. Creio que será uma ótima oportunidade de Crescimento.

O valor do livro é de R$ 32,00 já com despesas de correios incluídas.
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13 setembro 2011

PRÁTICAS MUNDANAS NÃO DINAMIZAM A IGREJA


Tenho visto e ouvido falar da introdução de práticas mundanas nos cultos como forma de diferenciação e inovação. Práticas nunca antes imaginadas e acalentadas pelos cristãos entram pela porta da frente das igrejas e encontram abrigo na mentalidade infantil e distorcida de muitos líderes. Vi um vídeo onde um grupo de capoeira se apresenta no meio de um culto e ali foram praticadas seus rituais e danças como se fosse em uma praça pública. Tudo isso em nome do diferente e do inovador. Perguntei-me o porque daquilo tudo. Não consegui respostas minimamente razoáveis. A prática de qualquer esporte nada conflita com o culto a Deus, mas introduzir isto em um culto no mínimo é anular o culto. Esses acréscimos que em outros lugares de culto chegam a contar com lutas diversas antes do culto e etc. demonstram a falência da igreja gospel. A verdeira igreja não se submete a isso.
Ao nos convencermos que algo precisa mudar dentro da igreja e este algo não está claro para nós, tentamos de todas as formas apresentar alguma alternativa ao status quo reinante. Essa mudança precisa vir de qualquer maneira, pois, existe a convicção ou sensação que algo está errado e precisa mudar. Muitas vezes a mudança que tanto almejamos para a igreja deveria começar dentro de nós mesmos. Normalmente o homem sempre vai transferir para outrem sua angústia existencial ou seu desassossego interior. Ao invés de tomar a auto responsabilidade como padrão de vida e dar novos rumos à sua existência, vai achando culpados para suas crises pessoais, como fez Adão no paraíso quando Deus o interpelou e ele não tendo respostas jogou para Eva a responsabilidade da crise instalada. Daí vivenciarmos coisas desagradáveis e inúteis em nome de Deus como se tudo fosse normal.

Um dos lemas posteriores da Reforma Protestante foi: “Ecclesia Reformata et Semper Reformanda Est” (Igreja Reformada Sempre se Reformando). Verdade que precisamos desesperadamente resgatar e viver em nossos dias. Para muitos reformar a igreja implica em afrouxar a teologia, desprezar a doutrina e introduzir novos elementos na liturgia. Entendem que uma igreja que se reforma deve ser criativa, no sentido de ser bastante aberta nas questões doutrinária, metodológica e cúltica. Tentam trazer vida para um sistema moribundo através de coreografias, misticismos exacerbados e comportamentos limítrofes com o paganismo, como se isso provocasse a reforma necessária. O grande equívoco nesta forma de pensamento e comportamento é que quando esta máxima “Ecclesia Reformata et Semper Reformanda Est”, de autoria do reformado holandês Gisbertus Voetius (1589-1676) e já vivida por Lutero nos primórdios da Reforma em 1517, não tinha a intensão de inovar a maneira de ser, haja vista, os excessos de inovações introduzidos pela igreja romana ao longo dos séculos, culminando nas vendas de indulgências e relíquias, coisas que Lutero lutou para extirpar da igreja. Na realidade Lutero percebeu que reformar não era inovar a sua teologia ou a sua liturgia, mas sim, restaurar e redescobrir aquilo que havia se perdido ao longo de mais de 1000 anos de história chamado erroneamente idade das trevas, quando a Bíblia já havia deixado de ser o fundamento doutrinário da igreja e prevaleciam as tradições resultantes das decisões dos concílios e interesses financeiros e políticos dos papas. Logo, o resultado da Reforma Protestante no século XVI não foi um movimento inovador, mas restaurador, purificador, esterilizante, um retorno às origens, um retorno à Palavra de Deus, uma busca incessante pela simplicidade bíblica, que hoje em dia desapareceu de nosso meio.

Por vezes, o lema supracitado tem sido usado de maneira equivocada e totalmente desvirtuada. Muitos o utilizam como pretexto para introduzir novidades, modismos e ideias politicamente corretas na igreja. Aqui, volto a repetir, estar sempre se reformando não é sempre inovando ou buscando incessantemente criatividade. Isso é próprio dos meios de comunicações que precisam diversificar constantemente para não perder seu publico. Ao nos conformarmos com a mentalidade do mundo teremos como corolário um afrouxamento litúrgico, teológico e abriremos as portas para o mundanismo. Estar sempre se reformando é buscar continuamente o retorno ao cristianismo bíblico e básico, reafirmando as doutrinas e práticas das Escrituras Sagradas.

Creio que esta busca alucinada pelo novo e inovador tem levado a igreja esquecer que seu poder dinamizador não está no desconstrutivismo litúrgico ou teológico, na introdução de praticas exóticas como meio de atrair ou descontrair uma plateia, mas na dinâmica do Espirito Santo. Este Espirito dinamizador é que quebra a monotonia da religiosidade, expulsa o mundanismo da igreja e a enche e vida. Esse Espirito que provoca ações e reações dignas de Deus e para louvor de Sua glória. É esse Espírito Santo que abre as comportas interiores para fluírem os rios de águas vivas.

Sim, o lema “Ecclesia Reformata et Semper Reformanda Est” está vivo e pede passagem. Ele clama por ser vivido pelo povo de Deus. Desafia-nos a redescobrimos e vivermos a simplicidade e pureza das Escrituras Sagradas no poder do Espírito. Assim sendo, experimentaremos novidade vida. Nossos cultos não serão monótonos. Nossas orações serão arrebatadoras. A pregação da Palavra será o centro de nossos cultos. E no final de tudo Soli Deo Gloria.

Soli Deo Gloria

Pr. Luiz Fernando R. de Souza

APROFUNDAMENTO BÍBLICO - COMENTARIO EXAUSTIVO DOS CAPITULOS 2 e 3 DE APOCALIPSE

Imagina ter em suas mãos essa poderosa ferramenta de estudo Bíblico. Com uma abordagem rica da história, Grego, Teologia e da Bíblia e uma a...