28 dezembro 2013

Por Causa de Cristo Abrimos Mão de Nossas Causas

Por Causa de Cristo Abrimos Mão de Nossas Causas

"Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo" (Fp 3:7). Com estas palavras, o apóstolo Paulo enfrenta a oposição que afetava a igreja em Filipos (Fp 1:28; 3:2, 18).
Seus opositores orgulhavam-se da circuncisão (3:2); gloriavam-se em ser judeus e detentores dos rituais; afirmavam possuir a justiça baseada na lei (3:9) e conduziam a igreja no enfrentamento de alguns erros sérios, como: achar que tinham atingido a perfeição nesta vida (3:15) ou alimentar a presunção e vaidosa superioridade (2:3) que induziam ao egoísmo.
Diante disso, o apóstolo Paulo defende a igreja dos falsos pastores e das falsas doutrinas, apelando para o que movia sua vida e interesses. Seu alvo era ajudar a igreja a buscar valor naquilo que era importante e não na pressão exercida pelos opositores, que supervalorizavam títulos e posições.
O apóstolo Paulo afirma que nada pode ter mais valor do que Cristo na vida do salvo (7-8). A valorização dos judeus não era legítima (vv.4-6), portanto o único lucro deveria ser o Senhor Jesus. Esse termo "lucro" é plural, sugerindo que Paulo ajunta todos os privilégios e reivindicações da seção precedente, coloca tudo num pacote e depois, surpreendentemente, considera tudo como perda.
A motivação do apóstolo o levou a tomar uma atitude diária firme e não neutra, pois ele rejeitou, com desprezo, qualquer posição que tentava sobressair-se a Cristo em sua vida (v.8).
O que se entende é que "meias medidas" não adiantam. A vida cristã não fará sentido se Cristo não for o sentido dessa vida!
Outra descoberta do apóstolo é que nada pode ser mais desejado do que Cristo na vida do salvo (8b-11). A fé consiste em conhecer a Cristo, e esta íntima união com o Senhor ressurreto só é possível quando se compartilha Seus sofrimentos, tornando-se como Ele em Sua morte ou na comunhão dos seus sofrimentos. Por isso, "alcançar a ressurreição dos mortos" trata-se de uma convocação para que se conheça a Cristo numa vida de serviço, sofrimento e em labutas difíceis, iguais aos que ele próprio estava experimentando no decurso de sua obra apostólica.
A pergunta crucial para nossa geração - e para cada geração - é: se você pudesse ter o céu, sem doenças, com todos os amigos que tinha na terra, com toda a comida que gostava, com todas as atividades relaxantes que já desfrutou, todas as belezas naturais que já contemplou, todos os prazeres físicos que já experimentou, nenhum conflito humano ou desastres naturais, ficaria satisfeito com o céu, se Cristo não estivesse lá? (Piper, Deus é o Evangelho, p. 14)
O interesse em Cristo, maculado pelos interesses pessoais, invalida a fidelidade do salvo. Jesus não pode nem deve ser usado como um trampolim para buscas particulares. Quando o salvo entende que vive por causa de Cristo e para sua causa, ele abre mão de suas próprias causas, para glorificar Aquele que está acima de todos os interesses humanos.
A Palavra de Deus nos convoca a crer e a afirmar como Paulo: "Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo". Jim Ellyot, missionário assassinado pelos índios Alcas, no Equador, disse certa vez: "Aquele que dá o que não pode guardar, para ganhar o que não pode perder, não é tolo". Abrir mão de privilégios, autojustificação, desejos terrenos é essencial no processo de viver para a glória de Deus.


Soli Deo Gloria

Pr. Luiz Fernando R. de Souza

30 novembro 2013

Como Ser um Refúgio Para Seus Filhos

Como Ser um Refúgio Para Seus Filhos

John Piper
No temor do SENHOR, há firme confiança, e ele será um refúgio para seus filhos.(Provérbios 14:26)
Se o Papai estiver amedrontado, para onde se voltarão os pequeninos? Papais deveriam ser seguros. Eles deveriam saber o que fazer, como resolver problemas, consertar as coisas e, sobretudo, proteger seus filhos do mal. Mas o que ocorre se uma criança vê o medo na face de seu Papai? E se o Papai estiver tão assustado quanto a criança e não souber o que fazer? Neste caso, a criança fica totalmente perturbada e se apavora. Ela sente que o único lugar firme, bom e confiável de refúgio não é mais seguro.
Mas se o Papai é confiante, a criança tem um refúgio. Se o Papai não está entrando em pânico, mas está calmo e firme, todos os muros podem vir abaixo, todas as ondas podem quebrar, todas as serpentes podem sibilar e os leões, rugir; mas os braços de seu Papai ainda serão um lugar seguro. O Papai é um refúgio, contanto que seja um Papai confiante.
É por isto que Provérbios 14:26 diz que "ele será um refúgio para seus filhos", se o Papai possuir uma "firme confiança." A confiança do Papai é o refúgio de seus filhos. Pais, a batalha para ser confiante não é apenas sobre nós, mas sobre a segurança de nossos filhos. É sobre o senso de segurança e felicidade deles. É sobre eles crescerem aflitos ou firmes na fé. Até que as crianças possam conhecer a Deus de uma forma profundamente pessoal, nós somos a imagem e a personificação de Deus em suas vidas. Se formos confiantes, confiáveis e seguros para eles, eles serão muito mais inclinados a apegar-se a Deus como seu refúgio quando, mais tarde, as tempestades lhes sobrevierem.
Então, como nós devemos obter esta "firme confiança"? Afinal, nós também somos pequeninos, somos vasos de barro, fracos, quebrantados, lutando contra dúvidas e ansiedades. Será que a solução é fazer nossa melhor encenação e esconder o que somos verdadeiramente? Isto nos levará às úlceras, no melhor dos casos, e, no pior, ao duplo erro de desonrar a Deus e rejeitar nossos adolescentes. Esta não é a resposta.
Provérbios 14:26 nos dá outra resposta: "No temor do SENHOR, há firme confiança". Isto é bastante estranho. Diz que a solução para o temor é o temor. A solução para a timidez é o temor. A solução para a incerteza é o temor. A solução para as dúvidas é o temor. Como pode ser isto?
Parte da resposta é que o "temor do Senhor" significa ter medo de desonrar ao Senhor; o que significa ter medo de duvidar do Senhor. Que significa ter medo de temer qualquer coisa que o Senhor tenha prometido te ajudar a superar. Em outras palavras, o temor do Senhor é o grande destruidor de temores.
Se Deus diz, "Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo," (Isaías 41:10), então, coisa temível é se preocupar com o problema no qual ele disse que irá te ajudar. Temer o problema quando ele diz, "Não temas, eu te ajudo" é um voto de desconfiança contra a palavra de Deus, e isto é uma grande ofensa a Deus. E o temor ao Senhor, ao contrário, faz qualquer um estremecer ante tal ofensa a Deus.
Se o Senhor diz, "de maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei," então você pode dizer confiantemente "O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?" (Hebreus 13:5-6). Se o Senhor te diz isso, então não confiar na presença e auxílio prometidos pelo Senhor é uma espécie de orgulho. Isto coloca o nosso parecer do problema acima do parecer de Deus. É por isto que lemos as maravilhosas palavras do Senhor em Isaías 51:12: "Eu, eu sou aquele que vos consola; quem, pois, és tu, para que temas o homem, que é mortal, ou o filho do homem, que não passa de erva?". Quem é você para temer os homens, quando Deus prometeu ajudá-lo? Assim, temer o homem é orgulho. E o orgulho é o extremo oposto do temor de Deus.
Então, sim, o Provérbio é verdadeiro e nos é de grande ajuda. Temam a Deus, pais. Temam a Deus. Temam desonrá-lo. Temam duvidar dele. Temam colocar a sua avaliação do problema acima da dele. Ele diz que pode ajudar. Ele é mais inteligente. Ele é mais forte. Ele é mais generoso. Confie nele. Tema não confiar nele.
Por quê? Ele trabalha para aquele que nele espera (Isaías 64:4). Ele resolverá o problema. Ele socorrerá a família. Ele cuidará dos pequeninos. Ele satisfará as suas necessidades. Tema não crer nisso. E, então, seus filhos terão um refúgio. Eles terão um Pai que "tem firme confiança" - não em si mesmo, mas nas promessas de Deus, nas quais ele estremece de não confiar.
Aprendendo a temer ao Senhor para o bem dos meus filhos,
Soli Deo Gloria
Pr. Luiz Fernando R. De Souza

01 novembro 2013

TEOLOGIA DA PROSPERIDADE ESTÁ PRESENTE EM DOIS TERÇOS DAS IGREJAS, DIZ ESTUDO

Mensagem de "bênção e vitória" tem uma penetração mais ampla que se poderia imaginar.

Embora Kate Bowler diga não escrever sobre um ponto de vista teológico, sua pesquisa inclui elementos de história, sociologia e até psicologia. Contudo, “Blessed: A History of the American Prosperity Gospel” [Abençoado: uma História do Evangelho da Prosperidade], é a adaptação da sua tese de doutorado em formato de livro. Lançado nos EUA recentemente, caiu como uma bomba no meio evangélico e foi matéria da edição de setembro da influente revista Christianity Today.
Embora inicie com uma breve história da chamada “teologia da prosperidade” a autora se dedicou mais a investigar a influência desse tipo de pregação nas igrejas evangélicas. Bowler entrevistou pastores, visitou megaigrejas, leu dezenas de livros e atreve-se a concluir: a pregação da prosperidade domina os púlpitos. Mas não só nos EUA, ela traça paralelos com diversos países, desde o Brasil até Cingapura, passando pela Nigéria.
Embora em alguns lugares seja apresentado como “pregação de saúde e riqueza”, “confissão positiva” ou “teologia da dominação”, o foco é o mesmo: riqueza e vida boa aqui e agora. A grande maioria dos pregadores tem seus próprios programas de TV, escrevem livros sobre o assunto e atraem multidões para suas megaigrejas. E as pessoas parecem gostar, cada vez mais.
Embora repudiado pelos teólogos, o movimento que oferece a prosperidade a todos os que tiverem fé, superou a velha pregação baseada no arrependimento e na mudança de vida. Bowler atualmente é professora da Duke Divinity School, Universidade fundada pela Igreja Metodista, mas que hoje forma acadêmicos no estudo de diversas religiões.
Para a pesquisadora, desde o final do século 19, os pregadores que ensinavam a “prosperidade vinda de Deus” absorveu e ajudou a espalhar vários aspectos culturais do chamado “sonho americano”. Ou seja, com determinação e perseverança todo mundo poderá ser rico um dia.
Com o passar dos anos, a pregação foi se modificando, até que nos anos 1970 consolidou um modelo que é usado até hoje. Fé = investimento + auto-ajuda. Cultos que enfatizavam curas e milagres também auxiliaram na formatação teológica. Por fim, em alguns lugares mais do que em outros, a ênfase na obra de demônios como o principal obstáculo a ser vencido pelo cristão.
Bowler vai listando uma série de pastores e igrejas do século passado até chegar aos dias de hoje. O mínimo denominador comum a todas as igrejas evangélicas é que a teologia da prosperidade continua crescendo por que a maioria dos fieis só quer ouvir isso. O movimento que varreu as igrejas americanas nos anos 60 e 70, deu condições para que seminários com esse enfoque fossem criados e com isso, a perpetuação dos ensinamentos e a expansão para todos os lugares do mundo. Ao mesmo tempo, as denominações mais tradicionais experimentavam uma crescente relativização, sem tomar posição firme sobre esses ensinamentos por décadas.
O movimento não tinha uma organização central, mas a proliferação dos televangelistas acabou gerando dois grupos principais. A base comum são dois elementos-chave: Deus quer abençoar e você precisa querer ser abençoado.
O que mais cresce é a chamada “prosperidade soft” cuja mensagem é centrada nos pregadores (sejam eles pastores, bispos ou apóstolos) e que oferecem uma mensagem com muitos elementos de psicologia (autoajuda) em que a vida cristã é um desfrutar contínuo de bênçãos. Desde que sigam os “passos certos”, todos poderão alcançar a “vitória”.
Do outro lado, a “prosperidade tradicional”: que enfatiza os “pontos de fé”, objetos distribuídos ou vendidos nos cultos e que colaboram com a vida cristã; além da luta constante contra os demônios, que causam todo tipo de problema na vida pessoal, familiar e profissional.
Citando estudos, Bowler afirma que 17% dos evangélicos americanos reconhecem fazer parte desse movimento, que todos os domingos atrai milhões de pessoas para as megaigrejas. Outro dado alarmante é que dois terços de todos os evangélicos do mundo estão em igrejas que pregam a “teologia da prosperidade”, embora a maioria sequer tenha ouvido falar dela.
Em sua investigação global, a autora lista as maiores igrejas do mundo e analisa suas bases teológicas. Destaque para a Igreja do Evangelho Pleno na Coreia do Sul, do pastor Young Choo e a Igreja Universal do Reino de Deus, fundada pelo bispo Edir Macedo no Brasil.
Na parte final de suas quase 400 páginas, Bowler demonstra com estatística na venda de livros, como ocorreu uma acentuada queda na preocupação dos evangélicos com temas como ação social nas igrejas, o arrebatamento e o final dos tempos.
Não há previsão de seu lançamento no Brasil, mas é possível ler alguns capítulos no Google Books ou no site da Amazon.
Fonte: Gospelprime
Soli Deo Gloria
Pr. Luiz Fernando R. de Souza

11 outubro 2013

NOSSOS CULTOS SÃO VERDADEIROS?


replica
Ao observamos as eclesiologias e as liturgias em nossas igrejas, vemos uma total descaracterização. Aquilo que deveria ser direcionado para Deus e sua glória exclusivamente foi totalmente travestido de um humanismo exacerbado. Deus que deveria ser o foco central do culto foi alijado do processo e virou nota de rodapé colocado na parte inferior das atividades. Deus virou pretexto para que o homem continue no centro. Deus é citado como apoio às práticas mundanas e capitalistas que permeiam a igreja. Há uma expressão que vem dos tempos da Reforma que diz: SOLI DEO GLÓRIA. Quer dizer: Glória somente a Deus. O insuperável Johann Sebastian Bach que revolucionou a música terminava todos os manuscritos de suas composições com as letras S.D.G. (Soli Deo Glória). Isso nos mostra que tudo em nossas vidas deveria apontar para Deus. O culto é para Deus. Somente Deus merece receber a Glória e isso implica que Ele deve ser o centro do culto. A Reforma resgatou essa máxima esquecida durante séculos. O culto não pode ser voltado para o homem. Não pode procurar satisfazer os desejos do homem e nem girar em torno dele. Mas vemos que o homem assumiu o lugar de Deus e passou a ser reverenciado. As pregações não apontam mais para o pecado que leva o homem a perdição e nem mais mostram a graça salvadora de Deus, mas sinalizam maneiras dos homens superarem suas crises. Basta ver os títulos dos sermões pregados. Em uma rápida passagem de olhos pela internet encontrei alguns títulos interessantes, vejamos: “Vencendo as Batalhas; Tempo de Conquistas; Vivendo Triunfantemente etc. Vejamos alguns títulos do Príncipe dos Pregadores Charles Haddon Spurgeon: “A Humilhante mas Gloriosa Dependência de Deus; O Terrível Porem da Justiça Própria etc. Daí da para perceber a grande diferença.
As músicas não exaltam mais a Deus, mas sim se centram no homem e suas crises. Se observarmos as músicas evangélicas atuais veremos essa triste realidade. Músicas que mostram o que Deus fará pelo homem e não a expressão de uma alma agradecida a Deus. Existe até música de louvor dedicado a ser humano! Sei que existe este tipo de música religiosa entre os mormons, mas para cristão... A quantidade de vezes que o pronome eu aparece nessas músicas é algo estarrecedor. Se compararmos com os grandes hinos da hinologia cristã veremos o contraste gritante. O primeiro hino do Cantor Cristão diz: “A ti, ó Deus, fiel e bom Senhor. Eterno Pai, supremo Benfeitor, Nós, os teus servos, vimos dar louvor, Aleluia! Aleluia! O que dizer das catarses praticadas em nossos cultos? Gritos de Vitória, brados de louvor tudo isso produz alívio e não libertação. Qualquer psicólogo recém formado pode confirmar isso. Para tristeza nossa essas práticas espúrias entraram para ficar. O que dizer dos moveres de Deus nos cultos onde o frenezi se instala e o ego grupal prevalece, as pessoas rodopiam, gritam, caem ao chão, riem sem parar, imitam animais com seus sons e mais um cem números de outras bizarrices?
Muitos adentram as igrejas para buscar suas bençãos e encontram sacerdotes corroídos que oportunamente lhes oferecem as bênçãos, buscando satisfazer os egos eternamente insatisfeitos em troca de alguma coisa material. Muitos esqueceram que as reuniões solenes dos santos são para louvor e glória de Deus. Essas reuniões deveriam ter Deus e sua glória em primeiro lugar. Nossos cânticos deveriam exaltar o nome que é sobre todo nome. Nossas orações deveriam expressar nossa gratidão Àquele que nos amou e morreu por nós. Hoje cantamos músicas desprovidas de adoração. Muitas dessas coisas cantadas em nossas igrejas expressam um antropocentrismo aviltante. Muitos acham que louvor é somente cantar qualquer coisa. Louvor também é expressão de nossa admiração em relação a Deus. Por estarmos admirados com a grandeza de Deus e com seu amor expressamos isso adorando, louvando Sua pessoa.
Mas o culto mudou. Temos culto do Eliser. Vejam só que nome de culto! Acredito que seja um culto específico para arranjar namorado/companheiro. Quando é que um culto se presta a isso? Paralelamente temos o culto da Terapia do Amor onde os descasados estão à cata de um companheiro/a. Nada mais mundano que isso!
O que dizer dos cultos para empresários bem sucedidos e outros falidos juntamente com os desempregados à procura de empregos? Dêem outro nome a isso menos culto. Isso causa náuseas em qualquer bom cidadão.
Ao entrarmos em nossas igrejas deveríamos lembrar a máxima de João Batista: “Importa que Ele cresça e que eu diminua”. Deveríamos lembrar o que o Senhor disse a Moisés: “Descalce os pés porque a terra é santa”.
Não gostaria de falar, mas me sinto constrangido a isso. E os famigerados cultos de libertação? O próprio nome do culto é uma contradição. Libertação para quem já foi liberto? Libertar o cristão se Cristo já realizou tudo no Calvário? O que tais pessoas entendem sobre as palavras de Cristo na cruz; Tudo está consumado
Culto deveria ser expressão de nossa liberdade conquistada na cruz e nunca para buscarmos libertaçãoCulto deveria ser nossa celebração pela vitória alcançada na cruz e isso pela misteriosa, grandiosa e maravilhosa Graça de Deus.
Precisamos de uma vez por todas fazer coro com os reformadores SOLI DEO GLORIA.
Soli Deo Gloria.
Pr. Luiz Fernando R. de Souza


04 outubro 2013

FELICIDADE E CONTENTAMENTO - PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA REDE SUPER

Nesta próxima quarta feira dia 09/10/2013 participarei do programa De Tudo Um Pouco. O horário é de 10 às 12 h. Juntamente com outros convidados falaremos sobre Felicidade e Contentamento. Serão Abordados assuntos como: a diferença entre o contentamento e a felicidade. A felicidade existe mesmo? Ela é bíblica? Afinal, o que é o contentamento?
Convido-lhe a assistir e divulgar entre seus conhecidos



O programa de variedades da REDE SUPER aborda temas atuais nas áreas de comportamento, meio ambiente, moda, responsabilidade social, saúde e bem-estar. Os telespectadores podem participar do programa por telefone, e-mail e através do Twitter (@detudoumpoucotv).

Soli Deo Gloria

Pr. Luiz Fernando R. de Souza

30 setembro 2013

UM ENGANO CHAMADO "TEOLOGIA INCLUSIVA" OU "TEOLOGIA GAY"

UM ENGANO CHAMADO "TEOLOGIA INCLUSIVA" OU "TEOLOGIA GAY"

O padrão de Deus para o exercício da sexualidade humana é o relacionamento entre um homem e uma mulher no ambiente do casamento. Nesta área, a Bíblia só deixa duas opções para os cristãos: casamento heterossexual e monogâmico ou uma vida celibatária. À luz das Escrituras, relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são vistas não como opção ou alternativa, mas sim como abominação, pecado e erro, sendo tratada como prática contrária à natureza. Contudo, neste tempo em que vivemos, cresce na sociedade em geral, e em setores religiosos, uma valorização da homossexualidade como comportamento não apenas aceitável, mas supostamente compatível com a vida cristã. Diferentes abordagens teológicas têm sido propostas no sentido de se admitir que homossexuais masculinos e femininos possam ser aceitos como parte da Igreja e expressar livremente sua homoafetividade no ambiente cristão.

Existem muitas passagens na Bíblia que se referem ao relacionamento sexual padrão, normal, aceitável e ordenado por Deus, que é o casamento monogâmico heterossexual. Desde o Gênesis, passando pela lei e pela trajetória do povo hebreu, até os evangelhos e as epístolas do Novo Testamento, a tradição bíblica aponta no sentido de que Deus criou homem e mulher com papéis sexuais definidos e complementares do ponto de vista moral, psicológico e físico. Assim, é evidente que não é possível justificar o relacionamento homossexual a partir das Escrituras, e muito menos dar à Bíblia qualquer significado que minimize ou neutralize sua caracterização como ato pecaminoso. Em nenhum momento, a Palavra de Deus justifica ou legitima um estilo homossexual de vida, como os defensores da chamada “teologia inclusiva” têm tentado fazer. Seus argumentos têm pouca ou nenhuma sustentação exegética, teológica ou hermenêutica.

A “teologia inclusiva” é uma abordagem segundo a qual, se Deus é amor, aprovaria todas as relações humanas, sejam quais forem, desde que haja este sentimento. Essa linha de pensamento tem propiciado o surgimento de igrejas onde homossexuais, nesta condição, são admitidos como membros e a eles é ensinado que o comportamento gay não é fator impeditivo à vida cristã e à salvação. Assim, desde que haja amor genuíno entre dois homens ou duas mulheres, isso validaria seu comportamento, à luz das Escrituras. A falácia desse pensamento é que a mesma Bíblia que nos ensina que Deus é amor igualmente diz que ele é santo e que sua vontade quanto à sexualidade humana é que ela seja expressa dentro do casamento heterossexual, sendo proibidas as relações homossexuais.

Em segundo lugar, a “teologia inclusiva” defende que as condenações encontradas no Antigo Testamento, especialmente no livro de Levítico, se referem somente às relações sexuais praticadas em conexão com os cultos idolátricos e pagãos, como era o caso dos praticados pelas nações ao redor de Israel. Além disso, tais proibições se encontram ao lado de outras regras contra comer sangue ou carne de porco, que já seriam ultrapassadas e, portanto, sem validade para os cristãos. Defendem ainda que a prova de que as proibições das práticas homossexuais eram culturais e cerimoniais é que elas eram punidas com a morte – coisa que não se admite a partir da época do Novo Testamento. 

É fato que as relações homossexuais aconteciam inclusive – mas não exclusivamente – nos cultos pagãos dos cananeus. Contudo, fica evidente que a condenação da prática homossexual transcende os limites culturais e cerimoniais, pois é repetida claramente no Novo Testamento. Ela faz parte da lei moral de Deus, válida em todas as épocas e para todas as culturas. A morte de Cristo aboliu as leis cerimoniais, como a proibição de se comer determinados alimentos, mas não a lei moral, onde encontramos a vontade eterna do Criador para a sexualidade humana. Quando ao apedrejamento, basta dizer que outros pecados punidos com a morte no Antigo Testamento continuam sendo tratados como pecado no Novo, mesmo que a condenação capital para eles tenha sido abolida – como, por exemplo, o adultério e a desobediência contumaz aos pais.

PECADO E DESTRUIÇÃO

Os teólogos inclusivos gostam de dizer que Jesus Cristo nunca falou contra o homossexualismo. Em compensação, falou bastante contra a hipocrisia, o adultério, a incredulidade, a avareza e outros pecados tolerados pelos cristãos. Este é o terceiro ponto: sabe-se, todavia, que a razão pela qual Jesus não falou sobre homossexualidade é que ela não representava um problema na sociedade judaica de sua época, que já tinha como padrão o comportamento heterossexual. Não podemos dizer que não havia judeus que eram homossexuais na época de Jesus, mas é seguro afirmar que não assumiam publicamente esta conduta. Portanto, o homossexualismo não era uma realidade social na Palestina na época de Jesus. Todavia, quando a Igreja entrou em contato com o mundo gentílico – sobretudo as culturas grega e romana, onde as práticas homossexuais eram toleradas, embora não totalmente aceitas –, os autores bíblicos, como Paulo, incluíram as mesmas nas listas de pecados contra Deus. Para os cristãos, Paulo e demais autores bíblicos escreveram debaixo da inspiração do Espírito Santo enviado por Jesus Cristo. Portanto, suas palavras são igualmente determinantes para a conduta da Igreja nos dias de hoje.

O quarto ponto equivocado da abordagem que tenta fazer do comportamento gay algo normal e aceitável no âmbito do Cristianismo é a suposição de que o pecado de Sodoma e Gomorra não foi o homossexualismo, mas a falta de hospitalidade para com os hóspedes de Ló. A base dos teólogos inclusivos para esta afirmação é que no original hebraico se diz que os homens de Sodoma queriam “conhecer” os hóspedes de Ló (Gênesis 19.5) e não abusar sexualmente deles, como é traduzido em várias versões, como na Almeida atualizada. Outras versões como a Nova versão internacional e a Nova tradução na linguagem de hojeentendem que conhecer ali é conhecer sexualmente e dizem que os concidadãos de Ló queriam “ter relações” com os visitantes, enquanto a SBP é ainda mais clara: “Queremos dormir com eles”. Usando-se a regra de interpretação simples de analisar palavras em seus contextos, percebe-se que o termo hebraico usado para dizer que os homens de Sodoma queriam “conhecer” os hóspedes de Ló (yadah) é o mesmo termo que Ló usa para dizer que suas filhas, que ele oferecia como alternativa à tara daqueles homens, eram virgens: “Elas nunca conheceram (yadah) homem”, diz o versículo 8. Assim, fica evidente que “conhecer”, no contexto da passagem de Gênesis, significa ter relações sexuais. Foi esta a interpretação de Filo, autor judeu do século 1º, em sua obra sobre a vida de Abraão: segundo ele, "os homens de Sodoma se acostumaram gradativamente a ser tratados como mulheres."

Ainda sobre o pecado cometido naquelas cidades bíblicas, que acabaria acarretando sua destruição, a “teologia inclusiva” defende que o profeta Ezequiel claramente diz que o erro daquela gente foi a soberba e a falta de amparo ao pobre e ao necessitado (Ez 16.49). Contudo, muito antes de Ezequiel, o “sodomita” era colocado ao lado da prostituta na lei de Moisés: o rendimento de ambos, fruto de sua imoralidade sexual, não deveria ser recebido como oferta a Deus, conforme Deuteronômio 23.18. Além do mais, quando lemos a declaração do profeta em contexto, percebemos que a soberba e a falta de caridade era apenas um entre os muitos pecados dos sodomitas. Ezequiel menciona as “abominações” dos sodomitas, as quais foram a causa final da sua destruição: “Eis que esta foi a iniquidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranquilidade teve ela e suas filhas; mas nunca amparou o pobre e o necessitado. Foram arrogantes e fizeram abominações diante de mim; pelo que, em vendo isto, as removi dali” (Ez 16.49-50). Da mesma forma, Pedro, em sua segunda epístolas, refere-se às práticas pecaminosas dos moradores de Sodoma e Gomorra tratando-as como “procedimento libertino”.

Um quinto argumento é que haveria alguns casos de amor homossexual na Bíblia, a começar pelo rei Davi, para quem o amor de seu amigo Jônatas era excepcional, “ultrapassando o das mulheres” (II Samuel 1.26). Contudo, qualquer leitor da Bíblia sabe que o maior problema pessoal de Davi era a falta de domínio próprio quanto à sua atração por mulheres. Foi isso que o levou a casar com várias delas e, finalmente, a adulterar com Bate-Seba, a mulher de Urias. Seu amor por Jônatas era aquela amizade intensa que pode existir entre duas pessoas do mesmo sexo e sem qualquer conotação erótica. Alguns defensores da “teologia inclusiva” chegam a categorizar o relacionamento entre Jesus e João como homoafetivo, pois este, sendo o discípulo amado do Filho de Deus, numa ocasião reclinou a sua cabeça no peito do Mestre (João 13.25). Acontece que tal atitude, na cultura oriental, era uma demonstração de amizade varonil – contudo, acaba sendo interpretada como suposta evidência de um relacionamento homoafetivo. Quem pensa assim não consegue enxergar amizade pura e simples entre pessoas do mesmo sexo sem lhe atribuir uma conotação sexual.

TORPEZA

Há uma sexta tentativa de reinterpretar passagens bíblicas com objetivo de legitimar a homossexualidade. Os propagadores da “teologia gay” dizem que, no texto de Romanos 1.24-27, o apóstolo Paulo estaria apenas repetindo a proibição de Levítico à prática homossexual na forma da prostituição cultual, tanto de homens como de mulheres – proibição esta que não se aplicaria fora do contexto do culto idolátrico e pagão. Todavia, basta que se leia a passagem para ficar claro o que Paulo estava condenando. O apóstolo quis dizer exatamente o que o texto diz: que homens e mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza, e que se inflamaram mutuamente em sua sensualidade – homens com homens e mulheres com mulheres –, “cometendo torpeza” e “recebendo a merecida punição por seus erros”. E ao se referir ao lesbianismo como pecado, Paulo deixa claro que não está tratando apenas da pederastia, como alguns alegam, visto que a mesma só pode acontecer entre homens, mas a todas as relações homossexuais, quer entre homens ou mulheres.

É alegado também que, em I Coríntios 6.9, os citados efeminados e sodomitas não seriam homossexuais, mas pessoas de caráter moral fraco (malakoi, pessoa “macia” ou “suave”) e que praticam a imoralidade em geral (arsenokoites, palavra que teria sido inventada por Paulo). Todavia, se este é o sentido, o que significa as referências a impuros e adúlteros, que aparecem na mesma lista? Por que o apóstolo repetiria estes conceitos? Na verdade, efeminado se refere ao que toma a posição passiva no ato homossexual – este é o sentido que a palavra tem na literatura grega da época, em autores como Homero, Filo e Josefo – e sodomita é a referência ao homem que deseja ter coito com outro homem.

Há ainda uma sétima justificativa apresentada por aqueles que acham que a homossexualidade é compatível com a fé cristã. Segundo eles, muitas igrejas cristãs históricas, hoje, já aceitam a prática homossexual como normal – tanto que homossexuais praticantes, homens e mulheres, têm sido aceitos não somente como membros mas também como pastores e pastoras. Essas igrejas, igualmente, defendem e aceitam a união civil e o casamento entre pessoa do mesmo sexo. É o caso, por exemplo, da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos – que nada tem a ver com a Igreja Presbiteriana do Brasil –, da Igreja Episcopal no Canadá e de igrejas em nações européias como Suécia, Noruega e Dinamarca, entre outras confissões. Na maioria dos casos, a aceitação da homossexualidade provocou divisões nestas igrejas, e é preciso observar, também, que só aconteceu depois de um longo processo de rejeição da inspiração, infalibilidade e autoridade da Bíblia. Via de regra, essas denominações adotaram o método histórico-crítico – que, por definição, admite que as Sagradas Escrituras são condicionadas culturalmente e que refletem os erros e os preconceitos da época de seus autores. Desta forma, a aceitação da prática homossexual foi apenas um passo lógico. Outros ainda virão. Todavia, cristãos que recebem a Bíblia como a infalível e inerrante Palavra de Deus não podem aceitar a prática homossexual, a não ser como uma daquelas relações sexuais consideradas como pecaminosas pelo Senhor, como o adultério, a prostituição e a fornicação.

Contudo, é um erro pensar que a Bíblia encara a prática homossexual como sendo o pecado mais grave de todos. Na verdade, existe um pecado para o qual não há perdão, mas com certeza não se trata da prática homossexual: é a blasfêmia contra o Espírito Santo, que consiste em atribuir a Satanás o poder pelo qual Jesus Cristo realizou os seus milagres e prodígios aqui neste mundo, mencionado em Marcos 3.22-30. Consequentemente, não está correto usar a Bíblia como base para tratar homossexuais como sendo os piores pecadores dentre todos, que estariam além da possibilidade de salvação e que, portanto, seriam merecedores de ódio e desprezo. É lamentável e triste que isso tenha acontecido no passado e esteja se repetindo no presente. A mensagem da Bíblia é esta: “Todos pecaram e carecem da glória de Deus”, conforme Romanos 3.23. Todos nós precisamos nos arrepender de nossos pecados e nos submetermos a Jesus Cristo, o Salvador, pela fé, para recebermos o perdão e a vida eterna.

Lembremos ainda que os autores bíblicos sempre tratam da prática homossexual juntamente com outros pecados. O 20º capítulo de Levítico proíbe não somente as relações entre pessoas do mesmo sexo, como também o adultério, o incesto e a bestialidade. Os sodomitas e efeminados aparecem ao lado dos adúlteros, impuros, ladrões, avarentos e maldizentes, quando o apóstolo Paulo lista aqueles que não herdarão o Reino de Deus (I Coríntios 6.9-10). Porém, da mesma forma que havia nas igrejas cristãs adúlteros e prostitutas que haviam se arrependido e mudado de vida, mediante a fé em Jesus Cristo, havia também efeminados e sodomitas na lista daqueles que foram perdoados e transformados.

COMPAIXÃO

É fundamental, aqui, fazer uma importante distinção. O que a Bíblia condena é a prática homossexual, e não a tentação a esta prática. Não é pecado ser tentado ao homossexualismo, da mesma forma que não é pecado ser tentado ao adultério ou ao roubo, desde que se resista. As pessoas que sentem atração por outras do mesmo sexo devem lembrar que tal desejo é resultado da desordem moral que entrou na humanidade com a queda de Adão e que, em Cristo Jesus, o segundo Adão, podem receber graça e poder para resistir e vencer, sendo justificados diante de Deus.

Existem várias causas identificadas comumente para a atração por pessoas do mesmo sexo, como o abuso sexual sofrido na infância. Muitos gays provêm de famílias disfuncionais ou tiveram experiências negativas com pessoas do sexo oposto.  Há aqueles, também, que agem deliberadamente por promiscuidade e têm desejo de chocar os outros. Um outro fator a se levar em conta são as tendências genéticas à homossexualidade, cuja existência não está comprovada até agora e tem sido objeto de intensa polêmica. Todavia, do ponto de vista bíblico, o homossexualismo é o resultado do abandono da glória de Deus, da idolatria e da incredulidade por parte da raça humana, conforme Romanos 1.18-32. Portanto, não é possível para quem crê na Bíblia justificar as práticas homossexuais sob a alegação de compulsão incontrolável e inevitável, muito embora os que sofrem com esse tipo de impulso devam ser objeto de compaixão e ajuda da Igreja cristã.

É preciso também repudiar toda manifestação de ódio contra homossexuais, da mesma forma com que o fazemos em relação a qualquer pessoa. Isso jamais nos deveria impedir, todavia, de declarar com sinceridade e respeito nossa convicção bíblica de que a prática homossexual é pecaminosa e que não podemos concordar com ela, nem com leis que a legitimam. Diante da existência de dispositivos legais que permitem que uma pessoa deixe ou transfira seus bens a quem ele queira, ainda em vida, não há necessidade de leis legitimando a união civil de pessoas de mesmo sexo – basta a simples manifestação de vontade, registrada em cartório civil, na forma de testamento ou acordo entre as partes envolvidas. O reconhecimento dos direitos da união homoafetiva valida a prática homossexual e abre a porta para o reconhecimento de um novo conceito de família. No Brasil, o reconhecimento da união civil de pessoas do mesmo sexo para fins de herança e outros benefícios aconteceu ao arrepio do que diz a Constituição: “Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento” (Art. 226, § 3º).

Cristãos que recebem a Bíblia como a palavra de Deus não podem ser a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, uma vez que seria a validação daquilo que as Escrituras, claramente, tratam como pecado. O casamento está no âmbito da autoridade do Estado e os cristãos são orientados pela Palavra de Deus a se submeter às autoridades constituídas; contudo, a mesma Bíblia nos ensina que nossa consciência está submissa, em última instância, à lei de Deus e não às leis humanas – “Importa antes obedecer a Deus que os homens” (Atos 5.29). Se o Estado legitimar aquilo que Deus considera ilegítimo, e vier a obrigar os cristãos a irem contra a sua consciência, eles devem estar prontos a viver, de maneira respeitosa e pacífica em oposição sincera e honesta, qualquer que seja o preço a ser pago.

Por Augustus Nicodemus

Soli Deo Gloria

Pr. Luiz Fernando R. de Souza

12 setembro 2013

ADORE COMO UM SÓ CORPO

O salmista declara: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do SENHOR” (Salmo 122:1, ênfase do autor). As distrações do mundo, a teologia incorreta ou o pecado que habita em nós podem nos levar a perder de vista o motivo pelo qual devemos estar alegres por nos reunirmos no Dia do Senhor. Podemos até começar a pensar que as devoções particulares são um substituto adequado, se não superior, às reuniões com a igreja.
Obviamente, tanto a adoração particular como a do Corpo são vitais para o nosso relacionamento com Deus. No entanto, há razões pelas quais o escritor de Hebreus nos advertiu para não seguirmos “o costume de alguns” de negligenciar o reunir-se com o corpo (Hebreus 10:25). Eis aqui oito razões:
A obediência à Palavra de Deus
Enquanto Hebreus 10:25 afirma diretamente que não devemos deixar de nos reunir como igreja, o uso repetido da frase “quando vocês se reúnem”, por Paulo, em 1 Coríntios 11 e 14 indica que os coríntios estavam se reunindo regularmente. Ele refere-se com frequência à igreja como a casa deste ou daquele, e podemos supor que ele não se referia à “igreja” como estrutura física, mas sim às pessoas que se reuniam regularmente naquela casa.
O Espírito que trabalha por meio de outros
Devemos ser capazes de encorajarmos uns aos outros no Senhor através do estudo bíblico, oração e louvor. Mas Deus também ordena que o fortalecimento venha através de outras pessoas. “Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não preciso de vós” (1 Coríntios 12:21). Ninguém tem todos os dons. Deus não pode edificar-me através de dons como a pregação, o encorajamento, a compaixão, a liderança e a fé a menos que eu esteja em comunhão com os irmãos para experimentar esses dons.
Servindo em Ação e Atitude
Quando eu louvo a Deus através da música, oro ou leio a Bíblia sozinho, eu abençoo a mim mesmo. Quando faço essas coisas com os outros, eu posso ser um canal da multiforme graça de Deus para eles (1 Pedro 4:10). Meu semblante e envolvimento cheio de entusiasmo, bem como o desenvolvimento de meus dons espirituais, são todas maneiras pelas quais eu posso demonstrar às pessoas a dignidade do Deus que adoramos. Colossenses 3:16 nos diz que cantar é uma das maneiras de ensinarmos e aconselharmos uns aos outros. Isso requer mais do que cantar comigo mesmo com o meu iPod.
Manifestações da Presença de Deus
Enquanto tentava equilibrar a preferência dos coríntios por certos dons espirituais, Paulo observou como esses dons podem despertar um incrédulo para a presença de Deus. David Peterson escreveu: “O texto de 1 Coríntios. 14:24-25 sugere que Deus está presente de um modo distinto na reunião cristã através de sua palavra e da operação do seu Espírito” (Engaging with God, [Envolvendo-se com Deus], página 196). Sem fazer dos encontros experimentais com Deus o nosso principal objetivo, devemos esperar que Ele nos torne mais conscientes da sua presença quando nos reunimos como igreja.
A Voz de Deus através da Pregação
A tecnologia atual nos permite ouvir sermões que perdemos ou mensagens de igrejas que nós nem sequer frequentamos. Mas quando a igreja se reúne em um mesmo lugar e ao mesmo tempo para ouvir, com expectativas, a Palavra de Deus ser proclamada, é um evento único. O próprio Deus se dirige a nós como o seu povo. O Espírito trabalha em nossos corações para nos convencer, confortar, iluminar e exortar. Ouvimos a voz de Deus através de um porta-voz humano e somos transformados.
Demonstrando Unidade no Evangelho
Ser um em Cristo é mais do que reunir-se regularmente no mesmo local, mas também não é menos do que isso. Cantar canções, recitar credos e ler as Escrituras juntos são formas de declarar a mim mesmo e aos outros que eu faço parte de um templo santo, e que não sou apenas um tijolo aleatório ou uma pedra solta (Efésios 2:19-22). “A proclamação cristã pode tornar o evangelho audível, mas os cristãos que vivem juntos em congregações locais tornam o evangelho visível (ler João 13:34-35)” (Mark Dever, The Church: The Gospel Made Visible, [A Igreja: o evangelho visível], página xi).
Morrer para Si
Vamos admitir—é mais fácil adorar a Deus sozinho do que com os outros. As reuniões na Igreja apresentam muitas implicações, tais como espaço insuficiente do estacionamento, pessoas que tomam meu lugar, vozes irritantes, músicas que eu não gosto e pessoas com problemas. No entanto, essas reuniões são oportunidades ideais para cultivarmos a atitude humilde de Cristo (Filipenses 2:1-5) e morrermos para nós mesmos.
Prenúncios do Céu
Quer saber como será no céu? Vá à igreja. O canto pode não ser tão excelente, os números podem ser drasticamente reduzidos e as pessoas podem vir todas da mesma etnia. Mas Hebreus 12 diz que já chegamos “à Jerusalém celestial, e aos milhares de milhares de anjos em alegre reunião, à igreja dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus, e a Deus, juiz de todos os homens, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados, e a Jesus, mediador de uma nova aliança” (versículos 22-24). Jesus nos trouxe para perto do Pai através da sua obra expiatória consumada no Calvário. Podemos nos aproximar com ousadia ao trono da graça com o seu povo (Hebreus 10:19-22). Isso é o céu.
Portanto, da próxima vez que você for tentado a pensar que faltar uma reunião de domingo não causará dano, lembre-se de que você estará ausente. E agradeça a Deus por ter o privilégio e a liberdade de desfrutar a adoração coletiva com o corpo de Cristo a cada semana.

Fonte: Ministério Fiel

Soli Deo Gloria

Pr. Luiz Fernando R. de Souza

27 agosto 2013

POR QUE A IGREJA VEM PERDENDO CREDIBILIDADE E AUTORIDADE?

Postagem replicacada

Vemos com recorrência cada vez maior a sociedade procurar respostas para as crises da vida deixando de bater à porta da igreja. Ao mesmo tempo a igreja adotou uma postura de deixar de ser a consciência da sociedade. Esse divórcio é prejudicial para todos, pois a sociedade vai buscar respostas na psicologia, nos tribunais e em filosofias estranhas ao cristianismo formando conceitos e adquirindo valores que provocam sua desintegração. A igreja que detinha e oferecia respostas para questões morais, espirituais e do dia-a-dia, deixou esta responsabilidade para as ciências sociais como psicologia, direito etc..
Creio que ainda está em tempo da igreja resgatar sua identidade e oferecer aquilo que o homem precisa e isso urgentemente. Vejamos alguns pontos importantes neste resgate:
1. Resgatar a integridade Bíblica.
A Palavra de Deus sempre foi o cerne da igreja. Nunca houve um divórcio proposital entre igreja e Palavra, mas vivemos em dias em que a igreja vem abandonando sistematicamente a Palavra de Deus e seguindo conceitos de marketing, mercado e porque não dizer mundanos. Abraçou conceitos totalmente desvirtuados e os ensina como algo novo, recém- descoberto e infalível. A igreja oferece prosperidade e isso a um custo elevado para o homem. A Palavra de Deus não diz que o problema do homem é falta de dinheiro e sim de rebeldia e oposição a Deus. Isso é o centro de tudo. A maior arma que o diabo tem usado contra a igreja e convencê-la que o homem é bom e integro e que ele precisa de tudo menos do poder salvador do Sangue de Cristo. Os pregadores que ganharam visibilidade simplesmente extirparam, aboliram de suas pregações as questões como pecado, arrependimento e juízo de Deus. Pregam sobre aquilo que Deus pode fazer pelos homens sem a necessidade de uma profunda metanoia e consequente compromisso com o Reino de Deus. Afagam os egos dos homens e mostram Deus como um benfeitor que aceita estes mesmos homens com seus pecados não confessados e com comportamentos que aviltam a santidade de Deus.
A igreja necessariamente está forjando toda uma geração de egoístas aprofundando o materialismo como modus vivendi para o homem moderno e jogando esta geração nos braços de Satanás.
Resgatar a integridade Bíblica é antes de mostrar a Graça salvadora aplicar o peso da Lei. É mostrar a hediondez do pecado e sua vilania. É apontar para o julgamento de Deus contra toda impiedade e malícia dos homens. Sem esta dimensão hamartiológica o homem nunca sentirá a necessidade de um salvador e de perdão. Será um homem irredimível. Basta ver as tentativas de aumentar o rigor das leis e ao mesmo tempo o fracasso alcançado, pois o homem está perdendo a noção de certo e errado, de justo e injusto, falso e verdadeiro. Isso vem sendo acentuado pelos meios de comunicações que pretendendo atualizar e aproximar seus produtos do homem moderno introduzem conceitos que minimizam a distância e mesmo explodem os limites entre o moral e imoral, entre o ideal de vida e a ganância a todo custo, entre o bem e mal etc. Vemos as autoridades decidirem sobre absurdos e ir na contramão dos valores que sustentam a sociedade. A igreja precisa resgatar a integridade bíblica e apontar para os valores e princípios de Deus e isso corajosamente, deixando de lado toda timidez e acanhamento de ser taxada de retrógrada.
2. Resgatar sua voz profética.
Nunca se soube que profetas tenham sido recebidos com honras de reis. Sempre foram rejeitados, humilhados e desprezados pelo povo. Veja Isaias, Oséias, Jeremias etc. sempre suas presenças quebravam o Status Quo do povo. Sempre traziam consigo uma Palavra que incomodava o homem e exigia uma postura de integridade e justiça. Mas encontramos a igreja sem voz profética onde sua mudez é sua maior impressão e característica. Ela não incomoda o homem moderno e busca se assemelhar ao homem mundano em sua mundanalidade, haja vista o sincretismo religioso vivido pelos cantores gospel que se associam a tudo e todos no afã de ganhar mercado e consequentemente visibilidade e dinheiro. Vivem um ecumenismo ridículo onde as fronteiras não mais existem. Todas as vezes que a igreja se aproxima do mundo perde o que mais de importante ela tem: a capacidade de incomodar, influenciar e denunciar.
Mais do que acomodar o homem em seu estado mental e comportamental depravado, a igreja precisa causar desconforto e inquietação em uma sociedade corrompida e apontar para Cristo como o caminho de volta.
A sociedade precisar enxergar os cristãos como aqueles que são diferentes no falar, agir e pensar a tal ponto que exercendo a função de sal para a terra, provoquem sede de Deus nos homens.
A igreja precisa deixar seu comodismo e fazer brilhar sua luz no meio das trevas denunciando a degradação moral e espiritual do homem. Enquanto ficar quieta em seu gueto gospel o diabo está agindo e apertando a igreja contra a parede. Cada vez mais a igreja se vê acuada diante das investidas do mal e nada faz. Mas a Palavra nos diz que: “As portas do inferno não prevalecerão contra a igreja” Mat. 16:18. Muitos entendem errado este texto como se o inferno viesse contra a igreja e esta lhe resistisse bravamente. Mas o texto diz o contrário; diz que a igreja investiria contra o inferno e suas portas não aguentariam e cairiam. Este texto nos mostra uma igreja agente proativa com um poder avassalador capaz de derrubar as portas do mal em seu tempo. Veja o exemplo da igreja primitiva que por mais de 250 anos se viu assediada e vilipendiada pelo império romano a ponto de milhares e milhares de cristãos morrerem por sua fé a tal ponto que Tertuliano escrevendo para o imperador de sua época, tentando provar a boa fé dos cristãos, disse: “O sangue dos cristãos é a semente da igreja”. Tertuliano estava dizendo que quanto mais cristãos fossem mortos pelo império romano outros tantos apareceriam e a igreja sempre frutificaria. No século quarto o império romano foi declarado totalmente cristão e as portas do inferno não prevaleceram contra o avanço impetuoso da igreja. A igreja sempre teve voz profética.
3. Resgatar a Palavra.
Resgatar a Bíblia como regra de fé e prática para o cristão. Isso implica em um retorno à simplicidade da Palavra. Foi este retorno à Palavra que provocou a maior revolução social no mundo, a Reforma Protestante. Foi a exposição integral da Palavra que fez imergir uma nova igreja cheia de vida e desprovida das vestes fúnebre de uma religiosidade que a carcomia por mais de 1000 anos. A Palavra trouxe consciência social e temos um grande expoente disso em Willian Wilberforce no século XIX na Inglaterra. Durante mais de 20 anos defendeu a causa abolicionista no congresso britânico até ver a assinatura do Ato contra o Comércio de Escravos de 1807. Ao resgatar a Palavra a igreja verá e viverá uma onda missionária sem precedentes. Veremos Deus chamar centenas e centenas de jovens, homens e mulheres adultos para pregarem o Evangelho em terras distantes e mesmo sociedades alternativas. Os apelos missionários serão inócuos diante do poder do Espírito Santo dinamizando a igreja para levar o Evangelho até os confins da terra. Ao resgatar a Palavra a igreja forjará uma geração de jovens compromissados com o Reino de Deus, recebendo chamados para as diversas dimensões da vida. Por enquanto vemos milhares de jovens cristãos totalmente mundanizados e cooptados por uma mentalidade desprovida de valores, ética e senso de pertencer. Porque a Palavra passa longe dos púlpitos e dos corações dos homens vemos a igreja oferecendo diversão, lazer e tranquilidade para os jovens. Veja as festas gospel, circuitos gospel e um emaranhado de atividade que nada tem a ver com o chamado da igreja. Nossos jovens divertem em atividades puramente mundanas e as lideranças apoiam como se isso fosse normal. A igreja está usando roupas de festas enquanto deveria usar roupas de combate. A igreja precisar tirar as luvas brancas das festas e manusear bem a Palavra da Verdade. Resgatar a Palavra é fundamental.
4. Resgatar a dinâmica do Espirito Santo.
Hoje temos uma geração que desconhece a obra do Espírito Santo. Para tais pessoas tudo é do Espírito Santo e nada mais interessa. O que conta é que sintam arrepios e chorem, ai tudo está bem. Jogam toda uma tradição eclesiástica e teológica no lixo em nome do Espírito Santo, como se durante 2000 anos o mesmo Espírito Santo não tivesse levantado e usados homens de grosso calibre para orientar a igreja com uma teologia sadia e consistente. A presente geração de jovens tem se alimentado da internet em lugar da Palavra. Internet é terra de ninguém onde tudo pode ser postado sem crítica. Há pouco tempo meu filho me mostrou um vídeo enviado por um amigo seu onde um pastor adventista chamava Calvino de herege e para provar utilizou de textos bíblicos fora do contexto num absurdo teológico tentando mostra que a predestinação não existe. Achei estranho aquele pastor chamar Calvino de herege. Este pastor não tem a estatura espiritual de Calvino, não “escreveu o volume de livros” que Calvino escreveu e nem chegou perto de pregar os sermões que Calvino pregou e muito menos exercer a influencia que Calvino exerceu. Logo depois, este amigo de meu filho postou um vídeo youtube chamando os teólogos de hereges, errados em seus pontos de vista etc.. Mas vale lembrar que este amigo de meu filho não tem um ano de convertido. Ele entende que o Espírito Santo lhe revelou a verdade pura. Assim acontece com todo um espectro da nossa juventude e mesmo cristãos maduros. Veja o frenesi entre os cristãos quando falam dos iluminatis. Cristãos se alimentando de nada e crendo em coisas fantasiosas. Gastam tempo com essas bobagens, mas não gastam tempo em ler a Bíblia e aprofundar no conhecimento do Senhor.
Resgatar a dinâmica do Espírito tornou-se imprescindível para a igreja. Os pastores precisam conhecer a poderosa obra do Espírito Santo e então anunciar isto para suas ovelhas no equilíbrio da Palavra. Achei muito interessante o pastor Isaias Andrade Lins Filho - Pastor da IB dos Mares, Salvador, BA escrever sobre dons do Espírito Santo no Jornal Batista. Vem escrevendo com equilíbrio e biblicidade característica de um pastor com 45 anos de ministério. Sem medo ou receio fala com naturalidade dos dons e de sua importância para vida da igreja.
A igreja vem adotando métodos, programas e estratégias para fazer a obra de Deus, mas esquece de que quando o Espírito atua e dinamiza tudo cai por terra, pois poder é dispensado para o povo de Deus e as coisas acontecem, pois o povo antes acomodado e frio se vê ativo e dinamizado. Muitos acham que no atuar do Espírito Santo a doutrina, teologia e tradição da igreja devam ser preteridos. NÃO, NÃO E NÃO. O Espirito Santo nunca preterirá aquilo que Ele inspirou. Nunca desprezará os fundamentos históricos que ajudaram a igreja chegar onde chegou. Não é preciso jogar tudo por terra para que algo novo apareça. Necessário é oferecermos os 5 pães e 2 peixes que possuímos para que Ele multiplique. Boa doutrina e poder de Deus andam juntos. Equilíbrio e agir do Espírito Santo devem ser buscados e experienciados sempre.
A igreja pode resgatar sua credibilidade e autoridade. As ferramentas estão à sua disposição e não foram removidas. A igreja ainda é cooperadora de Deus.
Soli Deo Gloria.
Pr. Luiz Fernando R. de Souza

14 agosto 2013

REFORMA OU REAVIVAMENTO?


Postagem replicada
Quanto mais tempo passa fica mais clara a necessidade de um novo modelo de igreja para o presente momento. Muitos teóricos criticam o modelo vigente dizendo que vivemos em uma era pós-cristã, que a igreja como a tínhamos não mais atraí as pessoas e que agora comunidades sem bandeira denominacional fazem parte do cardápio do momento. No entanto essas comunidades diferenciadas seguem os mesmos modelos só que travestidos de modernidade. Acham que se não houve pastor e sim um líder leigo tudo será diferente. Tentam abolir o dízimo e creem que somente a Ceia do Senhor deve ser mantida como sacramento ou ordenança. Isso tudo evidencia que algo precisar ser mudado e rápido. Tenho visto muita discussão se as mudanças passariam por uma reforma na igreja ou por um viés de reavivamento. As argumentações mais tendentes entre os cristãos tradicionais caminham pela via da reforma seguindo um dos grandes motes da Reforma do século XVI “Ecclesia reformata et semper reformanda est”, Igreja Reformada Sempre se Reformando. Pelo lado pentecostal ou avivado o mote de décadas é avivamento sempre ou busca pelo poder do Espírito Santo. Aí ficamos em um dilema sem solução. O lado tradicional querendo uma volta ao cristianismo primitivo e os pentecostais querendo a mesma coisa só que através de reavivamento.
Um receia uma profunda experiência com o Espírito e o outro de se ver engessado dentro de uma camisa de força da tradição. Creio que a via intermediária seja uma boa solução.
Creio que não precisa ser um em detrimento do outro, ou seja, reforma ou reavivamento. Para mim pode ser reforma e reavivamento. Em nada adiantaria uma reforma sem reavivamento e não surtiria efeito algum um avivamento sem reforma.
Reforma sem reavivamento é odre sem vinho e reavivamento sem reforma e vinho sem odre. Um precisa do outro e foram feitos um para outro. Precisamos sim de uma reforma para expurgar os acréscimos feitos ao evangelho ao longo de décadas que o descaracterizam. Sim, precisamos urgentemente de uma reforma, pois a igreja vem acrescentando comportamentos e doutrinas totalmente alheias ao evangelho. Vem perdendo seu vigor diante de uma sociedade cada vez mais cética e pluralista. A igreja não está conseguindo alcançar várias camadas da sociedade e vem deixando esse espectro social à deriva. Uma reforma colocaria a igreja novamente nos trilhos e a faria ser mais efetiva e eficaz em seu chamado. Muitos entendem por reforma uma mudança radical nas práticas eclesiológicas e litúrgicas, introduzindo assim elementos estranhos ao culto como: dança profética, capoeira gospel, luta livre antes de suas reuniões para atrair os jovens etc. Nada disso tem provocado a reforma tão esperada, mas simplesmente descaracterizado o culto e banalizado o sagrado. Isso não constitui reforma. Uma volta às doutrinas reformadas e à simplicidade do evangelho surtirão os efeitos desejados por muitos. Mas ai aparece o contraditório. Um retorno ao princípio necessariamente passa por reavivamento. Uma volta ao princípio nos colocaria frente a frente com o Espírito Santo e consequentemente com uma vida dinâmica. O problema é que para muitos reavivamento significa confrontos com demônios, sucessão de correntes das mais variadas formas, quebras de maldições, unções de todos os tipos e isso não tem dinamizado a igreja, pois o que por traz se encontra é a busca exacerbada por maior visibilidade, poder e dinheiro. A igreja está morrendo de inanição diante destas tentativas de reavivamento. Reavivamento é atuação soberana do Espirito Santo dinamizando a igreja de Cristo de tal maneira que pecadores se reconhecem pecadores indo para o inferno e buscam abrigo na Cruz do Calvário. Reavivamento é a igreja sendo energizada pelo poder de Deus e cumprindo o ide de Cristo com maior competência. Isto implica em deixar de viver da força da carne e se guiada pelo Espírito. Muitos acham que reavivamento é total ausência de tradição, verdade, doutrina e caráter, mas antes pelo contrário, reavivamento é termos bem presentes nossas origens, nos pautarmos pela verdade da Palavra, seguirmos o norte da Sã Doutrina e demonstrarmos um caráter transformado pelo evangelho de Cristo.
Sim, precisamos de reforma e reavivamento urgente. Precisamos das doutrinas reformadas e um retorno à simplicidade do evangelho e isso orvalhado pelo poder revitalizador do Espírito Santo. Precisamos de odres e vinhos compatíveis. Quando vivermos um reavivamento veremos crescer entre as pessoas um senso de pecado e pequenez diante do Deus todo poderoso. Vivemos dias onde os cristãos não se acanham em pecar e fazem isso naturalmente. Mas cheios do Espírito a primeira impressão no coração do homem é de inadequação diante de Deus. Pecados são confessados e abandonados. Tenho visto pastores que vivem no limite do pecado e esperam vencer as tentações e o mesmo se dá com cristãos. Só venceremos o pecado quando o temermos. Ai sim, fugiremos dele. Só venceremos o pecado quando formos colocados face a face com o Senhor nosso Deus e então ficarmos impressionados com sua santidade. Sim, precisamos de reavivamento urgente.
Alguém dirá: como compatibilizar reforma e reavivamento? Nosso maior exemplo está em Jonathan Edwards. Teólogo e filósofo. Pastor e pensador. Viveu no século XVIII e morreu com a idade de aproximadamente 55 anos. Era um pastor calvinista que experimentou um poderoso avivamento em seu tempo. Em sua comunidade Edwards catalogou mais de 300 conversões em uma população de aproximadamente 2000 habitantes. Presenciou pessoas sendo transformadas maravilhosamente pela graça de Deus e as alimentou com sermões puramente embasados na doutrina reformada. Jonathan Edwards era assim: Nem crédulo nem hipercrítico, sempre examinando os dois lados. Sempre buscando o equilíbrio. Foi o primeiro pastor e filósofo a catalogar as experiências ocorridas em um avivamento e escreveu sobre estes fenômenos.
Não nos resta muita coisa a fazer a não ser voltarmos para a Palavra e sermos cheios do Espírito Santo, caminho este plenamente bíblico e necessário. Caso contrário vivenciaremos tempos áridos, com pouca colheita, baixo nível de santidade e um quase total desprezo pela Palavra.
Sim, é possível vivermos uma reforma com reavivamento. Creio que esta seja uma boa receita para a igreja no séc. XXI.

Soli Deo Gloria

Pr. Luiz Fernando R. de Souza


06 agosto 2013

UM APAGÃO ÉTICO E MORAL NO MEIO EVANGÉLICO


Mensagem replicada

Não nos cora mais o rosto de vergonha quando escutamos ou presenciamos escândalos em nosso meio. Tornou-se comum a insensibilidade moral e ética no meio evangélico. Toda sorte de absurdos são tolerados em nome do amor, como se Deus rebaixasse seu nível para se adequar aos nossos fracassos. Cristo desceu uma vez para elevar o homem às regiões celestiais. Mas em nome do oportunismo, ganância, vaidade e outros codinomes abrimos mão da justiça, ética e moral para sermos aceitos no mundo e obtermos toda sorte de sucesso sem nos importarmos com as consequências.
A igreja está anestesiada pelo veneno do mundanismo e reage com lassidão diante dos descalabros presentes. Não incomoda mais ao cristão seu pastor ter caído em adultério com alguém de dentro ou fora da comunidade. O pensamento é que ele é homem de Deus e como homem pode fraquejar. Mas homem de Deus faz como Paulo fazia consigo mesmo:
Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”. I Cor. 9:27.
Homem de Deus evita o pecado e foge dele. Mas algumas lideranças flertam com o pecado e andam no limite como Sansão andou. Sabemos o resultado de andar no limite na vida de Sanção. A igreja deveria agir duramente contra tais comportamentos e excluir de seu rol de membros pastores adúlteros. São pessoas descompromissadas com Deus que os chamou. Pessoas hedonistas e petulantes. Agora virou tendência o pastor pecar e continuar na mesma igreja pastoreando como se nada tivesse acontecido. Isso é uma vergonha.
Lideranças que demonstram um modo de vida nababesco como se isso fosse sinal das bênçãos de Deus.
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Frederick Price

Literalmente veja o que disse Frederick Price, pastor norte-americano:
Estou com 25 milhões de dólares na minha conta bancária, e devo esclarecer que não tenho dívidas. Eu vivo em uma mansão, tenho o meu próprio iate de 6 milhões de dólares, tenho o meu avião privado e um helicóptero, 7 automóveis de luxo para que eu nunca tenha que conduzir o mesmo carro por mais de uma hora e tudo isso porque sigo a Cristo”.
Baseado nesse estilo de vida temos no Brasil apóstolos e tele-evangelistas buscando o mesmo. Um apóstolo megalomaníaco comprou um avião, Um tele-evangelista colocou como alvo de oração há alguns anos um avião. Tudo isso em nome de uma espiritualidade doentia e descabida. Tudo isso vem com roupagem espiritual e com frases bombásticas como: “filho de Deus come o melhor desta terra”, “estamos saindo do natural e entrando no sobrenatural”, “o mover de Deus para os últimos dias...”. Querem com isso induzir o povo evangélico a crer que terão tudo nesta vida e as privações são para uma casta inferior de cristãos. Estes introduzem literaturas destes lobos em nosso meio como tem feito a Editora Central Gospel ao jogar no mercado evangélico os livros de Price sobre a fé. Mas a Palavra aponta para outra direção. Mostra-nos para um estilo de vida simples e vigoroso, não dado às fábulas e especulações que em nada edificam. Tais comportamentos e dizeres anestesiam as mentes e consciências iludindo inteiramente aqueles que crêem.
Há pouco tempo um outro apóstolo e sua esposa uma bispa foram presos tentando entrar nos EUA com dólares escondidos em uma bíblia. Acharam que Deus encobertaria seus erros. Ficaram presos como demonstração que esse tipo de comportamento é passível de punição. O que mais estranha é que a liderança da Renascer e seus fieis acharam que era perseguição dos inimigos. Que o apóstolo não havia errado em nada e aceitaram normalmente tal episódio como fato corriqueiro. E para culminar o apóstolo ainda entregou uma palavra profética para 2009 como palavra de Deus.
Veja abaixo o quadro do patrimônio (Dezembro 2006) deste casal publicado no blog do Jornalista Paulo Roberto Lopes – SP (http://e-paulopes.blogspot.com/2006/12/bispa-sonia-e-apstolo-estevam-da.html)


















O que dizer dos deputados evangélicos que foram flagrados na CPI dos Sangues Sugas? Qual a defesa para os deputados evangélicos apanhados de calças curtas no escândalo das passagens aéreas usadas irregularmente? O que dizer dos bispos e pastores desnudados pelo mensalão?
Vivemos um apagão moral e ético em nosso meio. Isso avilta o nome de Cristo e envergonha aqueles que batalham duramente para manter um testemunho digno do Senhor Jesus. A igreja, nos dizeres de Martin Luther King, deveria ser a consciência da sociedade. Mas parece que grande parte dessa consciência esta cauterizada e é imprópria para uso. Precisamos urgentemente atentar para a chamada do profeta Joel 1:13-15; 2:12-17
13 Cingi-vos e lamentai-vos, sacerdotes; gemei, ministros do altar; entrai e passai a noite vestidos de saco, ministros do meu Deus; porque a oferta de alimentos, e a libação, foram cortadas da casa de vosso Deus. 14 Santificai um jejum, convocai uma assembléia solene, congregai os anciãos, e todos os moradores desta terra, na casa do SENHOR vosso Deus, e clamai ao SENHOR. 15 Ai do dia! Porque o dia do SENHOR está perto, e virá como uma assolação do Todo-Poderoso”...
12 Ainda assim, agora mesmo diz o SENHOR: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. 13 E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal. 14 Quem sabe se não se voltará e se arrependerá, e deixará após si uma bênção, em oferta de alimentos e libação para o SENHOR vosso Deus? 15 Tocai a trombeta em Sião, santificai um jejum, convocai uma assembléia solene. 16 Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai as crianças, e os que mamam; saia o noivo da sua recâmara, e a noiva do seu aposento. 17 Chorem os sacerdotes, ministros do SENHOR, entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa a teu povo, ó SENHOR, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que os gentios o dominem; porque diriam entre os povos: Onde está o seu Deus?
Urgente se faz uma retomada da ética e da moral no meio evangélico para podermos ser sal e luz deste mundo. Urgente se faz levantarmos um clamor ao nosso Deus por misericórdia e isso em profundo arrependimento, lágrimas e rosto no pó.
Urgente se faz uma MARCHA EM FAVOR DA MORAL E ÉTICA EM NOSSO MEIO.

Soli Deo Glória
Pr. Luiz Fernando R. de Souza

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