06 abril 2011

UMA EVANGELIZAÇÃO AO CONTRÁRIO




As práticas de certos comportamentos e crenças no meio evangélico brasileiro apontam para uma doença crônica. Essa doença alastra-se chegando, na linguagem médica, a quase uma metástase óssea. Esse quadro é preocupante, para não dizer desesperador, pois, quando comportamentos e crenças viram tendências quase nada se pode fazer para reverter seus efeitos deletérios. A continuação dessa práxis religiosa tornar-se-á, historicamente, o fator mais decisivo para a maior desevangelizção do país. Tudo aquilo pelo que nossos antecessores lutaram e morreram terá sido em vão. Quando digo que essa práxis será fator decisivo para a maior desevangelização do país é porque ela está empurrando a classe media reflexiva, os intelectuais, e todos os que buscam uma fé ou uma filosofia que almeja pelo transcendente ou por paz na alma, para os braços das religiões orientais, ateismo ou outras filosofias que oferecem um caminho para a pacificação do ser ou do interior. Isto pode se dar pelos diversos meios propalados por tais crenças como: meditação, yoga, diversos mantras, interação corpo e mente/alma, contemplação interior etc. E isto já ocorre e não havendo mudanças drásticas/profundas evoluirá em larga escala.
A irrelevância adquirida pelos evangélicos no Brasil é espantosa, haja vista, nas grandes questões sociais a igreja não ser procurada para emitir suas opiniões. Para nossa vergonha e surpresa a psicologia ou os psicólogos estão ocupando os acentos e emitindo opiniões que deveriam ser da igreja e seus representantes, ou seja, a igreja não é vista como relevante para sociedade. Os enxertos de práticas esdrúxulas em nossas liturgias, a imitação de comportamentos e vocabulários mundanos em nossos cultos, somente afastam toda uma gama social que não busca tais coisas, pois, ainda estão preocupadas com as grandes questões da vida. Buscam respostas que pacifiquem os interiores vazios cheios dos vazios do mundo. A igreja vem oferecendo a ocuidade de um evangelho totalmente descaracterizado para este grande vazio do homem moderno. Os próprios evangélicos já buscam alternativas para esta crise existencial que grassa em seu meio. Abandonam igrejas históricas ou pentecostais e abraçam comunidades alternativas onde pensam encontrar o puro evangelho. Mas acabam caindo nas malhas de doutrinas espúrias ou líderes que se dizem messiânicos e redentores
Vivemos momentos existências que as diferenciações tendem a cair por terra. A pluralidade e a tolerância são as grandes marcas de nosso tempo. O exclusivismo perde força. Mas a mensagem do Evangelho é puramente exclusiva e é nisso que encontra sua força motriz na sociedade. Oferecer o que todos oferecem nada significa. Cristo, em sua própria constituição teantrópica, é totalmente exclusivo. Mas você pode perguntar: os evangélicos não crescem no Brasil? Sim, os evangélicos continuarão a crescer, especialmente fazendo o contraponto aos cultos afro-ameríndios, encontrando nos Neopentecostais a versão gospel da macumba, tendo como conteúdo e sistemas os mesmos adotados por esta religião. As bênçãos oferecidas trilham os mesmos caminhos e conceitos, ou seja, barganha com a divindade e bênçãos com os mesmos conteúdos e naturezas peculiares à macumba; trazer a pessoa amada de volta, conseguir empregos, prosperidade material, separar amantes e todos os fetiches oferecidos pelas religiões afro-ameríndias. No entanto, assim como já não conseguem, afastar-se-ão e deixarão completamente de ter a capacidade de alcançar os que buscam, sentem e pensam com categorias existenciais mais elaboradase têm fome pelo transcente. Estamos ficando repletos da falta de conteúdo.Ora, isto está acontecendo porque os evangélicos não têm mensagem para a alma, nem para a paz interior, visto que, eles próprios, em geral, estão desassossegados e inquietos interiormente, muitas vezes manifestando comportamentos totalmente avessos ao Evangelho de Cristo. Alguns, que se dizem pastores, estão entrando em chiqueiros e comparando cristãos a porcos prometendo tirá-los de lá na sexta feira forte. Os mesmos entram na lama ofertando libertação da lama financeira, familiar etc. Cristãos que estão bêbados com profecias, revelações estapafúrdias, que preferem crer na palavra do profeta ou da profetiza do que na Palavra de Deus, manifestam distúrbios emocionais e espirituais terríveis. Mas acima dessas bizarrices gospel que nada dizem ou promovem, a não ser o descrédito do Evangelho, aprofundam o abismo entre a Palavra e o homem. O orgulho, a busca desenfreada por dinheiro, o culto à vaidade, o tratar a igreja como segmento de mercado, a vangloria, a fama, o culto à imagem e à estética preterindo a ética, a superficialidade de vida e pensamento, as divisões, os ciúmes, a picaretagem, o formalismo, a fixação em controlar as pessoas, as jogadas políticas, as negociatas envolvendo venda e compra de votos e a grotesca hipocrisia, tornaram os evangélicos repugnantes para aqueles que buscam pacificar suas guerras e fobias interiores. Isso é até repugnante para evangélicos mais sensíveis ao Cristo da Palavra.
Fico a me perguntar: Qual Cristo é pregado pela igreja? O curador? O destruidor de demônios? O Cristo eclético e pluralista?
Doí na alma saber que aquilo que pode pacificar o homem e lhe comunicar salvação está sendo deixado de lado. Doí saber que a igreja tem trocado o Senhor e Salvador Jesus Cristo por um Cristo genérico, light, desprovido de conteúdo e irrelevante. Se não ocorrer tremenda metanoia (arrependimento), a igreja terá sucumbido diante das artimanhas do diabo. Se não houver arrependimento por parte das lideranças eclesiásticas e uma volta consciente dos cristãos ao puro Evangelho, não teremos mais Evangelho a ser pregado, mas teremos outros evangelhos como o da prosperidade, da fama, dos pseudos e pequenos/anões artistas gospel, teremos o evangelho que oferece um lar aqui neste mundo e que sacrifica a eternidade no altar de Mamon, teremos um evangelho que imbeciliza e idiotiza o homem, que pratica magia e tem como recompensa as coisas desta vida.
Precisamos quebrar estas amarras doutrinárias, comportamentais e litúrgicas e fazermos um mergulho radical nas doutrinas da graça e dai emergirmos com um novo e renovado sentido profético para uma sociedade que se perde por não ter uma mensagem salvadora que preencha o grande vazio existencial e lhe comunique objetividade na vida.
A igreja precisa urgentemente imiscuir-se na sociedade e lhe proporcionar sabor e luminosidade.
Quem já provou do Evangelho salvador, imutável e transformador está pronto para levantar a bandeira do Salvador. Evangelho eterno que anuncia uma reconciliação praticada e consumada, inquebrantável e visceral que pronuncia a Paz para pacificar corações e mentes.
Soli Deo Gloria
Pr. Luiz Fernando R. de Souza

26 comentários:

  1. Olá Pr. Luiz Fernando! Estou chorando com o irmão! Antes pregávamos contra o inferno e suas hostes! Hoje temos que pregar contra a "Os Macumbeiros (Gospel) " - Triste! Mais ainda existem 7.000 que não se prostraram perante Baal!
    Pr. Marcelo - Igreja Batista Filadélfia - Vila Maria - SP

    ResponderExcluir
  2. Caríssimo Pr. Luiz
    Com profunda gratidão recebo suas mensagens, que por serem proferidas com a esperança de um verdadeiro cristão e com a coragem de um arauto, nos trazem alegria, pois suas palavras são precisas. quando refere-se a situação atual deste estado de coisas meio caótico, percebo que conhecemos por igreja visível, esta vivendo um período crítico, trágico e exige posicionamentos por parte dos fieis seguidores do cordeiro.
    O pior de tudo é que o povo evangelico esta tomando o mersmo caminho de Israel em seus aureo período de apostasia, isto é: deixaram Deus por uma promessa de "benção" e abandonaram a fonte de agua viva, para cavar seu pr´rio posso que não retem agua. concluo com isso, que o posso que estão cavando servirá para ser sua sepultura com seus fetiches, crendices, patuás gospel, imagens idolatras de artistas com seus autógrafos hiperdisputados, comentários em Bíblias, que trazem profecias extra-bíblicas, enfim. no fundo do posso estão, exatamente como os poderosos faraós, cheios de pompa e com seus tesouros, no entanto mortos e disponiveis a rapinagem
    Parabéns Pr Luiz

    ResponderExcluir
  3. Prezado colega Pr. Marcelo,
    ao vermos os estragos perpetrados por estas pessoas no meio da seara do Senhor a vontade é de chorar mesmo. Muito bem lembrado pelo colega que ainda existem 7000 que não dobraram os joelhos a Baal.
    Que o Senhor tenha misericórdia de sua igreja.
    Um forte abraço
    Em Cristo
    Pr. Luiz Fernando

    ResponderExcluir
  4. Rev. Geremias,
    o distanciamento da Palavra e seus efeitos impoem sobre a igreja (visível) a pecha de inócua e inoperante. Acriticamente tem aceitado tudo o que lhe é dito e vive de modo inaceitável. Perdeu-se a capacidade de julgamento e com isso violentam a Palavra.
    Estou ficando enjoado dessas coisas.
    Agradeço suas palavras de incentivo e carinho.
    Um forte abraço
    Em Cristo
    Pr. Luiz Fernando

    ResponderExcluir
  5. Eu sou fruto da desevangelização.

    Cheguei ate a ir a 01 culto macumba gospel no meu periodo "terminal" da religiao.

    Por outro lado, decidi tambem nao buscar nenhuma outra religiao, ja que no meu entender todas tem os mesmos pontos em comum: sao crencas baseadas na fe e nao na racionalidade; e sao todas um business em sua essencia.

    Na verdade, tenho visto a tendencia nao 'a migracao para outras religioes, e sim ao abandono. Este estudo mostra que a religiao deve desaparecer em 9 paises desenvolvidos. http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-12811197 .

    Portanto, o texto do Pr. Luiz Fernando e` pertinente e representa o comeco de uma nova tendencia no Brasil.

    ResponderExcluir
  6. Pois é Rodrigo,
    já tinha lido sobre o presente estudo. Ele mesmo diz que suas conclusões não são definitivas. Tal estudo somente vem confirmar o que há décadas os missiólogos já dizem que a Europa e adjacências são grandes campos missionários. Com o advento do humanismo secular o que o estudo aponta não causa estranheza, mas a firme convicção que o homem por natureza é pecaminoso e que o pecado afasta o homem de Deus.
    Quanto à sua busca por tentar salvar o pouquinho de fé que ainda pulsava dentro de si indo a algum lugar estranho ao evangelho, mostra que a religiosidade quando mal dirigida pode causar estragos mesmos.
    A igreja como corpo de Cristo nunca acabará, pois, ela tira seu sustento e energia da fonte chamada Senhor Jesus. Assim sendo, ela continuará. Interessante é que o Brasil e vários outros países do mundo estão enviando missionários para o mundo. Chegou a nossa hora de fazer aquilo que outros já fizeram por nós.
    Rodrigo vejo estas coisas que escrevi e o faço com senso crítico, mas arde em meu coração a certeza que o Evangelho triunfará como sempre triunfou. Foi este Evangelho que emancipou a mulher tirando-a de uma sub vida social. Foi este Evangelho vivido por cristãos autênticos que deu o golpe fatal na escravidão no mundo. Foi este Evangelho que promoveu o crescimento econômico em dezenas de países no mundo. Foi este Evangelho que levou melhorias nas áreas de saúde, cultura e tecnologia para países que nunca chegariam a ter nada se não fosse o poder transformador do Evangelho vivido por cristãos sinceros. Daí estar tranquilo que "Aquele que começou a boa obra concluirá".
    Um abraço
    Pr. Luiz Fernando

    ResponderExcluir
  7. bom dia paz aos amados irmãos em cristo, diante desta mensagen não tem como não refletir e ao mesmo tempo fazer uma pergunta a nós mesmo. postar mensagens, falar,opinar é uma feramenta importantissima, porém pricisamos de ação de pessoas comprometidas com verdadeiro evangelho, onde estão os 7000 citados por muitos em seus comentarios, certamente lutando sozinho em alguma parte deste país intercontinental, precisamos de ação e mobilização e porque não agrupar estes 7000 sem a presença dos artistas gospel e dos profissionais da fé, para levantarmos a verdadeira bandeira do puro evangelho. é preciso ação JESUS agiu quando foi preciso.

    ResponderExcluir
  8. Prezado colega Pr. Oberdan,
    sua visita e comentário enriquecem muito o blog.
    Realmente o trabalho isolado não causa muito impacto em uma nação. Juntos, com certeza, podemos mais. Creio que se em cada localidade a unidade prevalecesse tudo ficaria mais facil.
    Um forte abraço
    Em Cristo
    Pr. Luiz Fernando

    ResponderExcluir
  9. Pois é!!!!Trago aqui algumas passagens:"Quem está de pé cuide para que não caía,"Meu povo erra por não examinar as escrituras", "Se o meu povo se humilhar e orar""Muitos os chamados e poucos os escolhidos".O que falta para nós é tempo com Deus, meditação na palavra e reconhecimento de que ELE é que habita no alto e sublime trono.
    Em Cristo
    Andréia

    ResponderExcluir
  10. Irmã Andréia,
    tudo o que a irmã disse procede em 100%, mas creio que vai um pouco além. Falta em nosso meio um pouco de intelectualidade e mentalidade. Falta a Palavra no poder do Espírito. Parece-me que muitos em nosso meio sucubiram diante das leis do mercado e têm transformado a igreja em um segmento dele. Vamos continuar lutando a boa batalha.
    Um abraço
    Em Cristo
    Pr. Luiz Fernando

    ResponderExcluir
  11. Interessante sua fala" Falta a palavra no poder do Espírito". Será que hoje vivemos a palavra no poder das emoções?Onde passou daquele momento tudo volta ao estado normal, sem transformação e crescimento?
    Andréia

    ResponderExcluir
  12. Irmã Andréia,
    suas colocações são precisas. O povo evangélico virou uma massa que só quer emoções. A razão está longe, por isso, vemos essas atrocidades em nosso meio. Os cultos e as pregações não mais servem de sustentáculo para a vida, mas somente para alguns momentos.
    Um abraço
    Pr. Luiz Fernando

    ResponderExcluir
  13. Tenho dificuldades para entender os tais 7000. Alguém sugeriu que se reunissem para levantar a bandeira do puro Evangelho. O problema é que nem sempre os integrantes do suposto grupo de 7000 (suposto porque estamos aplicando esperançosamente uma estatística específica de um texto do A.T. como se valesse como profecia para nosso tempo) não se reconhecem mutuamente como proclamadores do mesmo Evangelho. Pequenas diferenças são motivo de acusações e suspeitas. Os desarranjados mercadores da fé parecem muito mais aptos a relevarem os detalhes e se arranjarem em conluios. Eles se degladeiam, mas também se unem conforme os interesses. Nós (e pretensamente me incluo em um grupo que talvez não me aceitasse se identificado) tememos a união, o diálogo e a tolerância a pequenas diferenças teológicas e práticas? Um exemplo: Pessoalmente, acho que o Evangelho continua sendo muito bem pregado em algumas igrejas protestantes mais históricas (todos os domingos eu o testemunho). Porém, logo alguns dirão que são igrejas frias. Frias? É frio confiar na Graça e não no amuleto?
    Um abraço anônimo, mas sincero.

    ResponderExcluir
  14. Pastor Luiz,
    me lembro bem da expressão que ouvi de um pastor ao te ouvir pregar na reunião da ORMIBAN de fevereiro. Ele disse um tanto consternado: "Está ai um inquiridor desta geração". De fato, a verdade burila a alma daquele que teme a Deus e eu quero te incentivar a prosseguir nessa empreitada, uma vez que a voz inquiridora, através de Samuel, inaugurou a monarquia no AT, através de João Batista, inaugurou a monarquia no NT e o fará definitivamente através dos remanescentes na parousia do Rei Glorificado. Que você colha o fruto deste teu penoso trabalho.

    ResponderExcluir
  15. Prezado irmão Jonas,
    sua visita ao blog somente o enriquece. Agradeço suas palavras de encorajamento. Nossa luta é por fazer prevalecer a Palavra em meio ao caos implantado nestes dias. Que o Senhor nos ajude a glorificá-lo sempre.
    Um abraço
    Em Cristo

    ResponderExcluir
  16. Pr. Luiz, graça e paz! Não é a hora de agir? Quanto tempo ainda conversaremos sobre oleo ungido, manto sagrado, macumba gospel? E sobre a necessidade de voltar ao Evangelho verdadeiro? E sobre a irrelevancia dos evangelicos no Brasil? A teologia não precisa ser reformada, porque a verdade não precisa de reforma. Uma hermeneutica saudavel produz uma teologia saudavel e uma ética socal saudavel. O que precisa é o remanescente se unir para mostrar um modelo de igreja que seja agencia do Reino e não uma das muitas comunidades superfluas. Eu acredito que o senhor poderia pensar sobre o assunto. Eu sou um joão-ninguem, até estrangeiro aqui no Brasil... Voce já imaginou igrejas que alem da denominação, unidas, se comprometam seguir as regras do Reino? Pregando e seguindo uma teologia da graça, desenvolvendo uma etica cristã, trazendo luminosidade e sabor? A unidade gera autoridade: já imaginou uma voz que fale mais alto das muitas bobagens avangelicas que estáo sendo espalhadas no nosso meio? Ou, como disse o meu primeiro pastor, quando cheguei no Brasil, 4 anos atras, talvez ó meu coração é mair que a minha cabeça.... O problema é que terminei o meu bacharel em Teologia e continuo sonhando com uma igreja a imagem e semelhança do nosso Senhor.
    Grato
    Pr.Matteo Attorre

    ResponderExcluir
  17. Nobre Pastor Luiz
    A paz
    Estarei, por estes dias, retornando à blogosfera.
    Ausentei-me em razão da construção de uma nova casa.
    Falta-me tempo para postar mensagens, mas visito, quando posso, meus blogs favoritos - o Força Para Viver é um desses tais.
    Estou com os pastores Oberdan e Matteo - é hora de agirmos e ...não conheço uma outra pessoa para iniciar um processo de restauração da crença e respeito à igreja, que fale tão sério e tão “alto” como o egrégio ministro.
    Sua observação na resposta ao comentário da irmã Andréia diz-nos que a Palavra de Deus desafia homens e mulheres a crerem em Jesus Cristo como Seu Salvador pessoal, quando apela para a fé que satisfaz o intelecto, as emoções e a vontade.

    De fato, para exercitarmos nossa fé em Jesus, nosso intelecto deve crer nas narrativas e fatos do Evangelho; Nossas emoções precisam reagir com amor e gratidão. A nossa vontade precisa optar pelo recebimento do dom da vida eterna oferecida por Deus.
    Sucede que, infelizmente, as emoções de irmãos incautos estão reagindo como gratas, àqueles shows gospel apontados em sua edificante mensagem. Elas, as emoções estão à frente do racional (intelecto), assim como da vontade, ambos cauterizados pelas bizarrices apresentadas nos palcos, outrora púlpitos – transformação, crescimento...nem/sem comentários.
    Deixe estar, o cautério divino está por vir. Já está posto o martelo à raiz daquelas árvores más. Eu creio.
    Abraça-o,
    o conservo
    Alberto

    ResponderExcluir
  18. Graça e paz,

    gostaria acrescentar mais uma pergunta para o Pastor: o que o senhor acha da visão de igreja que o Caio Fabio está apresentando? veja Caminho da graça de Caio Fabio. Gostaria mesmo ouvir a sua preciosa opinião.

    Em Cristo

    Pr. Matteo

    ResponderExcluir
  19. Vou falar de novo, se me permitem. Eu disse em um comentário anterior que acho que muitas igrejas históricas continuam a(e nunca deixaram de) pregar o Evangelho com clareza. As bizarrices que trocam a Palavra pelas profeciazinhas bem suspeitas afloraram no meio carismático (uso esse termo para referir-me aos renovados, pentecostais etc). Então, não generalizem o problema, como se toda a igreja cristã no Brasil padecesse. Há grupos que nem de perto sentiram reflexo dessas aberrações. Claro, todos temos problemas, mas são diferentes. Há vozes interessantes e com a Mensagem clara entre metodistas, luteranos, presbiterianos, batistas brasileiros e inclusive em alguns grupos carismáticos como alguns dentre batistas nacionais (batistas nacionais, não lagoinhistas), congragacionais, neo-calvinistas etc. A Palavra do Evangelho não atrai multidões? Não tem horário nobre na TV? Não produz muito dinheiro para as instituições? Ora, Ele não tinha onde reclinar a cabeça!!! Quem somos nós para reclamar? Agora, essa bagunça ateológica (isso, "ateológica") no chamado meio evangélico brasileiro (e com isso estou me referindo a grupos carismáticos, tá bom, renovados, se preferem) só tende a piorar. Não há liderança que os converta, pois já não escutam a Palavra que está escancarada diante deles! Resta pedir misericórdia! E o pior: roubaram o termo "evangélico"... agora tenho vergonha de me identificar assim!
    Abraço luterano, mas sincero.

    ResponderExcluir
  20. Infelizmente devo concordar om o Anonimo luterano...

    ResponderExcluir
  21. Caríssimo pr LF.
    de fato quando o comportamentos e crenças viram tendências fica complicado.

    Estamos passando por um grande momento de provação.

    ps. obrigado pelo comentário no meu blog.

    fique na paz

    abraço

    luiz

    ResponderExcluir
  22. Prezado colega Pr. Matteo,
    seus comentários são pertinentes e relevantes. Creio que uma das maneiras de denunciarmos a praxis equivocada em nosso meio é fazermos o que fazemos. Esta unidade que o nobre colega advoga é uma verdade, mas em um país continental necessário se faria alguém com grande visibilidade nacional para convocar tal participação de um grupo razoável para a uma só voz deixar clara a posição bíblica. Os conselhos de Pastores das cidades nada representam em termos de unidade, pois, quase em sua maioria somente reunem pastores neopetencostais, pois, os tradicionais se ausentam. Não sei se esta ausência se deve por serem patrulhados pela cúpula ou por definição estatutária ou por qualquer outro motivo, mas sei a ausência deles empobrece qualquer tentativa de diálogo e ação. Continuando assim muita coisa deixará de ser feita.
    Entendo suas colocações e até um pouco de sua angústia, pois, compartilho dos mesmos sentimentos. Se o colega tiver alguma sugestão a dar podemos iniciar um movimento pela internet e quem sabe isto extrapola para uma midia com maior alcance como a televisão?
    Um forte abraço
    Em Cristo

    ResponderExcluir
  23. Irmão Alberto,
    muito tempo que você esteve fora do ar. Realmente a casa nova deve estar ficando maravilhosa. Parabéns.
    Estou aberto para acolher idéias inteligentes sobre como nos mobilizarmos. Quando as emoções ocupam o lugar da razão caimos no fanatismo e isso redunda em bizarrices. Vamos agir sim.
    Um forte abraço
    Em Cristo
    Pr. Luiz Fernando

    ResponderExcluir
  24. Pr. Matteo,
    quanto ao novo caminho trilhado pelo Caio Fábio pouco tenho a dizer. Creio que após o colápso sofrido na década de 90 tudo mudou em sua vida. Alguns veêm melhoras outros pioras, vejo uma faceta nesta nova fase de sua vida que ele vem se destacando por uma acidez e virulência muito forte em relação a outras posições. Parece-me que pecado deixou de ser tratado como pecado é agora doença que pode ser minorada com psicoterapia. Termos pesados são utilizados em suas ministrações e um certo messianismo esta presente.
    Também percebo, senão estiver equivocado, que todo aquele que não reza por uma cartilha esteriotipada é anátema. Mas acredito que sejam comportamentos gerados pelo isolacionismo e são tentativas de racionalização daquilo que deveria ser confessado, reconhecido e abandonado.
    Mas cabe o Grande Juiz está causa e este momento.
    Um abraço
    Em Cristo
    Pr. Luiz Fernando

    ResponderExcluir
  25. " Os conselhos de Pastores das cidades nada representam em termos de unidade, pois, quase em sua maioria somente reunem pastores neopetencostais, pois, os tradicionais se ausentam. Não sei se esta ausência se deve por serem patrulhados pela cúpula ou por definição estatutária ou por qualquer outro motivo, mas sei a ausência deles empobrece qualquer tentativa de diálogo e ação. Continuando assim muita coisa deixará de ser feita."

    Como "tradicional", tenho que comentar. Sem dúvida, posso dizer que não há definição estatutária (na maioria das igrejas) a esse respeito, tampouco "patrulhamento" da "cúpula". Na verdade, a maioria das igrejas tradicionais tem um sistema de sínodo bem democrático, então, a "cúpula" não solicita um poder ditatorial, mas lhe é concedida uma função de gestão temporária.

    Não sei o motivo da ausência dos pastores "tradicionais" em geral, mas farei algumas perguntas que indicam minhas suspeitas:

    1. Vocês iriam a uma reunião em que todos te olham como se vocês não fossem totalmente "convertidos"?
    2. Vocês iriam a uma reunião em que pensam que você é menos "poderoso" que todos?
    3. Vocês iriam a uma reunião para discutir assuntos teológicos e práticos com um grupo cuja maioria nada entende de teologia (e nada quer com ela)? (A maioria dos grupos neo-pentecostais não exige formação para os novos pastores, o que é oposto ao praticado nas igrejas tradicionais. Na minha igreja, por exemplo, solicita-se graduação em teologia - reconhecida pelo MEC - mais um ano de estágio em Comunidade, mais um ano de especialização em teologia pastoral, para, depois, haver a ordenação ao pastorado e o envio a uma comunidade)
    4. Vocês se comprometeriam com um grupo que se revira em modismos bizarros, se pudessem usar seu precioso tempo para resolver questões urgentes de seu próprio grupo mais tranquilo?
    5. Vocês gastariam horas tentando discutir uma questão de hermenêutica com respeito e clareza, se o João das Couves, no final da reunião, vai dizer que a interpretação está errada porque a profeta Cicrana, o fogo santo, o azeite fervente etc dizem outra coisa?

    Enfim, é complicado. Acho mais plausível que os pastores (e as congregações/comunidades) mais moderados (e sensatos) do meio carismático procurem o diálogo com os meios mais tradicionais (não o contrário). Reconheço que do lado de cá, dos tradicionais, há também um preconceito contra os carismáticos. Em geral, se pensa que todos são iguais. Por isso, seria interessante que vocês VIESSEM e mostrassem a cara. Seria uma boa surpresa para muitos.

    Abraço anônimo, mas sincero a todos.

    ResponderExcluir
  26. Parabéns Pastor! Artigo fantástico! Irretocável. Eu acho que a igreja está perdendo os de dentro em vez de ganhar os de fora. No afã de fazermos mais discípulos estamos banalizando as exigências da palavra e de um verdadeiro discipulado. Se Martinho Lutero vivesse nos nossos dias ele iria colocar 245 teses na porta da Catedral da Fé na Universal do Reino de Deus, o que eu lamento é que ele nem seria ouvido. Que Deus tenha misericórdia de nós!!!! Deus continue abençoando o senhor. Forte abraço!

    ResponderExcluir

Construindo Casamentos Fortes na Era da Distração

  Construindo casamentos fortes na era da distração Por  Foco na FamíliaQuinta-feira, 7 de março de 2024 Na sociedade acelerada de hoje,...