QUANDO A
REVELAÇÃO PARTICULAR FERE A PALAVRA DE DEUS – PARTE II
7 - O expositor afirma que tanto Calvino quando Armínio estão
estavam corretos em suas afirmações ou pressupostos.
As
posições de Calvino e Armínio são irreconciliáveis. São diametralmente opostas
e frontalmente dispares.
O
expositor erra ao desconhecer a lei da filosofia – Lei da Não Contradição –
que diz que duas proposições opostas, ao mesmo tempo, não podem ser
verdadeiras.
Agora,
dizer que Calvino afirma que Deus inicia a salvação e a efetua é verdade, mas
dizer que o crescimento na justiça e proposição arminiana é desconhecer o que é
o calvinismo. Tanto Calvino quanto Armínio discordaram nos pressupostos básicos
quanto a salvação, se ela é sinergista ou monergista.
Para todo
cristão, seja arminiano ou calvinista, a prática da justiça é uma obrigação e
não questão de início de quem provoca a salvação.
De vez em
quando é bom fazer uma visita à História da Teologia ou mesmo à teologia e seus
apêndices.
8 – O expositor afirma que quando chega em uma cidade ele toma a
autoridade desta cidade para depois fazer a obra de Deus. Que ele proíbe
Satanás de agir naqueles momentos.
Esses
ensinamentos de tomar autoridade sobre localidades e amarrar Satanás, vem de
palradores como Morris Cerullo e Peter Wagner. Não encontramos nada parecido
com isso no Novo Testamento, nem na história da igreja. São invencionices do
sec. XX.
Não vemos
Lucas descrever esse comportamento ao apóstolo Paulo ao chegar em Atenas ou em
qualquer outra cidade.
Vemos sim,
pelo contrário, um incremento para a divulgação da Palavra de Deus, que
provocará mudanças em todos os níveis.
Quando
Calvino chegou em Genebra ele não proibiu os demônios de agir e nem declarou em
momento algum que tomara a autoridade sobre a cidade, antes tratou de pregar
toda a Bíblia para a palavra provocasse as mudanças necessárias.
Na
história das missões, nunca foi relatado que algum missionário tivesse feito
isso.
O
expositor quer construir um argumento e favor da adoração como catalizador
dentro do Reino de Deus.
Afirma que
– Gabriel – Miguel e Lúcifer formavam a trilogia que fundamenta o argumento da
adoração.
Tenta
encontrar base neotestamentária para que Tiago – João e Pedro também componham,
como figuras, a trilogia atualizada.
Afirma que
com a queda de Lúcifer, Deus passa a procurar adoradores que o adorem em
espirito e em verdade.
O expositor
faz afirmações como se estivesse dando tiros para qualquer lado. Não existe
fundamentação bíblica para tais afirmações. Parece que ele tem uma ideia e
depois busca encontrar versículos bíblicos avulsos para fortalecer sua ideia.
Criar uma
trilogia do nada é algo estranho. Creio que o expositor quis enfatizar a
adoração como elemento principal desta trilogia, porque afirma que se o altar
da adoração for levantado atrairá a intercessão e a proclamação. Gostaria de
encontrar base bíblica para tal afirmação, mas não consegui.
No Novo
Testamento não encontramos a adoração como um altar que deva ser levantado para
atrair ou ter como consequência ou corolário a intercessão e a proclamação. Antes
encontramos, como tema central, a proclamação do evangelho. Entendo que
adoração tem 2 faces como uma moeda. Uma é a contemplação e a outra é o
trabalho ou a proclamação do evangelho. Intercessão, proclamação e adoração
fazem parte da vida cristã como modos de vida. Todo cristão deve praticar tais
comportamentos. Agora criar uma trilogia é algo complicado.
10 – Nosso Trabalho é de Adoração
Essa forma
de pensamento tem levado a igreja a se enclausurar dentro de 4 paredes e viver
o evangelho de forma intimista e individual. Tem roubado da igreja sua força
evangelizadora e consequentemente sua relevância no mundo ou sociedade. Nunca tivemos
tantos cantores gospel como atualmente. Nunca a igreja cantou tanto como em
nossos dias, mas ao mesmo tempo, nunca deixou de evangelizar tanto como agora. Veja
o número de missionários enviados anualmente pelas igrejas ou agências
missionárias. Causa espanto que a Grande Comissão tenha sido relegada a segundo
plano e tenha se tornado nota de rodapé na vida da igreja.
Nosso trabalho
é ganhar o mundo para Cristo. É levar o evangelho até os confins da terra. É levar
a glória do Senhor e sua luz onde somente existe trevas e ignorância.
Se a nosso
trabalho for adoração e isso deveria se constituir em um altar para atrair
intercessão e proclamação, conforme afirmado pelo expositor, então, o evangelho
já deveria ter chegado aos limites do globo terra. Antes pelo contrário, vejo
uma grande distorção no princípio bíblico e consequentemente um esvaziamento no
conteúdo da mensagem pregada.
A afirmação
de que o nosso trabalho é adoração, leva a uma infantilização da igreja e
consequentemente criamos uma geração despreparada para a vida como um todo e
cuja marca maior tem sido a sentimentalização da vida. Os cristãos atuais são
sentimentais e pouco racionais e portanto, instáveis em seus comportamentos.
Quando o
expositor afirma que quando adoro tenho autoridade, me pergunto: de onde tirou
isso? Desde quando autoridade vem através da adoração? Autoridade se adquiri
através da submissão. Quanto mais submisso for a Cristo e sua Palavra, mas
autoridade tenho para levar o evangelho e confrontar os poderes do mal neste
mundo. Qualquer autoridade que a igreja reclame, deve ser derivada da cruz do
Calvário. Esse evangelho anunciado hoje em dia não contempla a cruz como centro
e sim o ego humano. Como consequência temos a próxima afirmação do expositor.
11 – Deus nos Fará Famosos
A
pergunta que fica é: Para que Deus nos faria famosos?
A
história mostra que muitas vezes quando alguém foi projetado e se tornou famoso
a queda foi a consequência. A fama nos faz crer que somos acima de qualquer suspeita.
O
objetivo do evangelho não nos é tornar famosos e sim SOLI DEO GLORIA NUNC ET SEMPER – Glória somente a Deus
agora e sempre.
Somente no 1º capitulo de Efésios encontramos 3 vezes o
objetivo da igreja e da obra de Deus.
A entronização do ego do homem tem enfraquecido o
próprio homem e sua mensagem. Precisamos de evangelho cristocêntrico e não egocêntrico.
Lemos em Is. 42:8 “Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha
glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura”.
Em Atos 12:23 “E
no mesmo instante feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu glória a Deus e,
comido de bichos, expirou”.
Herodes por não
ter dado a glória a Deus morreu imediatamente comido de bichos.
Leia Daniel 4 veja
a tragédia acontecida a Nabucodonosor por ter feito de sua fama e glória a
ostentação de sua vida.
Lembremos de
Lúcifer e seu orgulho.
Não podemos
aceitar tais afirmações deste vídeo como fundamentos para uma vida cristã. Antes,
sejamos como João Batista que disse: “Importa que Ele cresça e que eu diminua”.
Gostaria de
continuar escrevendo mais, mas estou enjoado de, em tão pouco espaço de tempo,
ouvir tantos equívocos. Deixo para outrem a continuação. Muitas outras afirmações deixei de comentar.
SOLI DEO GLORIA NUNC ET SEMPER
Pr. Luiz Fernando R. de Souza
Es un buen estudio que muestra las Palabras de Dios que están en el Evangelio, y que por diferentes canales los eruditos teólogos no se han puesto de acuerdo con decisiones irrevocables , sin embargo Dios es Dios y la Gloria es de Dios y no de los mortales.
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