16 setembro 2017

PASTORES DIVORCIADOS – CAMINHO SEM VOLTA - VERGONHA PARA IGREJA

Resultado de imagem para imagens sobre adulterio pastoralReplicando artigo já publicado.
Tenho observado com muita tristeza e indignação a nova tendência de pastores divorciarem por qualquer motivo e insistirem em permanecer nos púlpitos, igrejas e ministérios como se nada tivesse acontecido. Uma das características do ministério pastoral é o pastor ser marido de uma só mulher. Deus em sua santa Palavra se pronuncia contra o divórcio várias vezes e mesmo assim aqueles que deveriam dar exemplos de boa convivência familiar vivem o contrário daquilo que pregam e ensinam. Isso faz com que o ministério pastoral seja alvo de pessoas menos qualificadas, com passados conturbados e um presente angustiante tentando ancorar suas vidas derrotadas no porto do ministério pastoral. As igrejas, por sua vez, ao aceitarem tais comportamentos estão cedendo espaço para o mundanismo e mesmo acolhendo o pecado onde deveria haver santidade. Sei que ao abordar tal tema mexerei em caixa de marimbondo e desagradarei a muitos, mas como este comportamento está se tornando em exemplo para muitos jovens pastores, creio que algum contra ponto deva ser manifestado.
Por que o pastor não deve ser divorciado?
Quero ressaltar que escrevo sobre pastores que divorciaram porque cometeram adultério ou mesmo abandonaram seus lares para formarem outros sem base bíblica para tal. Outros casos de divórcio serão analisados em outro momento.
1.     Porque Deus não favorece o divórcio.
Lemos em Mal. 2:16 uma clara reprovação do Senhor. Isso deveria bastar para um cristão normal, muito mais para um que foi “chamado” por Deus. Deus em sua Palavra aponta para uma liderança sólida e esta solidez tem seu alcance na vida familiar. O plano de Deus é que os pastores sejam exemplos de vida familiar.
2.     Porque os pecados sexuais mancham o povo de Deus.
O pastor longe de manchar o povo de Deus deve cuidar dele com o amor de pai ou mãe. Esse é retrato claro que o apóstolo Paulo apresenta em I. Ts. 2:7; 11 “Antes fomos brandos entre vós, como a ama que cria seus filhos. Assim como bem sabeis de que modo vos exortávamos e consolávamos, a cada um de vós, como o pai a seus filhos”. Sendo o pastor um líder na igreja qual a melhor qualificação teria senão a liderança espiritual em sua própria família? Se quisermos conhecer um homem e sua liderança, se ele vive uma vida exemplar, se ele é coerente, se pode ensinar, exemplificar a verdade, conduzir as pessoas à salvação, à santidade e ao serviço de Deus, então observe os relacionamentos mais íntimos de sua vida e veja se ele consegue cumprir essas coisas. Observe sua vida familiar. Aí você tem a fonte de boas informações. Muitos homens trabalham duro na obra de Deus, mas não conseguem levar seus filhos a uma vida de piedade e temor ao Senhor. Tais homens não se qualificam para o ministério pastoral, pois o ministério pastoral é um processo de paternidade em que o pastor deve ser capaz de liderar seu povo tanto por meio de sua vida como através de seus preceitos e a igreja necessita de alguma indicação que isso ocorre com seus pastores e esta indicação é o lar.
Para a maioria dos homens a família é a arena em que se pode avaliar a liderança espiritual. Um pastor que destrói sua família através de pecado sexual está destruindo a si mesmo.
3.     Porque a moralidade sexual é o padrão para o ministério pastoral.
Na carta de Paulo a Tito está escrito: “Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes”. Aqui vale destacar que no grego a expressão “marido de uma só mulher” quer dizer literalmente: “homem de uma só mulher”. Aqui está uma afirmativa paulina enfática e aguda. “homem de uma só mulher”, deve ser padrão para o ministério. Mas como preencher esta característica se o pastor caiu em adultério, divorciou-se e contraiu novo matrimônio? O pastor deve ser o primeiro a dar o exemplo de moralidade para sua congregação e isso com um testemunho robusto de uma vida familiar saudável. É incompatível imoralidade com ministério pastoral. Fica evidente que a capacidade de um homem em conduzir o próprio casamento e lar indica sua capacidade de administrar a igreja local (I. Tm. 3:4-5).
4.     Porque a imoralidade sexual desqualifica para o ministério pastoral.
A Bíblia ensina claramente que se alguém falha no campo da moralidade sexual está desqualificado de vez para o ministério pastoral. Com certeza, queremos que aqueles que caíram em pecado sexual sejam restaurados para o Senhor e a comunidade, mas as qualidades ou qualificações bíblicas exigidas de alguém que pregue a Palavra de Deus e seja identificado como pastor excluem dessa função em uma igreja que deseja agradar a Deus.
Muitos acham que se os pastores que caíram em pecado se arrependerem e pedirem perdão a Deus, tudo estará resolvido. Ledo engano. O perdão de Deus não traz de volta a qualificação ou as qualidades obrigatórias para o ministério pastoral. A primeira qualificação que Paulo aponta para aquele que deseja ser pastor é ser irrepreensível. Irrepreensível no grego é anengklêtos, literalmente o pastor não será reprovado, em outras palavras será “inculpável”, ou estará “livre de ressalvas”, “sem ter por onde pegar”. Logicamente irrepreensível não se refere a uma perfeição impecável, caso contrário nenhum homem estaria qualificado para o ofício, mas a um padrão elevado e maduro que implica em um exemplo coerente. É exigência de Deus que seu despenseiro viva de maneira santa, de tal forma que sua pregação nunca seja contraditória ao seu estilo de vida, que suas faltas nunca tragam vergonha ao ministério e sua conduta não mine a confiança do rebanho no ministério de Deus.
O apóstolo Paulo entendia perfeitamente a rudeza do ministério pastoral. Sabia que deveria se apresentar sempre qualificado para o ministério dai dizer: “Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”. I Cor. 9:27.
Deus não qualifica os não chamados e nem chama os nãos qualificados.
5.     Porque a imoralidade sexual do pastor leva a igreja a ser envergonhada.
Como a igreja pode ser padrão para o mundo se a começar por sua liderança a imoralidade é vivida e aceita como normal? Como falar de moral e apontar para um patamar superior se sua liderança já rolou ladeira abaixo? A igreja perde seu poder de salgar e iluminar quando sua liderança se tornar insípida e sem luz. O pastor é o cartão de visitas de uma igreja. Tal pastor, tal igreja. A estatura moral e intelectual de uma igreja nunca será maior que a de seu pastor. Uma igreja nunca excederá a estatura de seu pastor.  Um pastor que desonra uma igreja caindo em pecado sexual a está empurrando ladeira abaixo da vergonha. Esta igreja será desprezada pela comunidade na qual está inserida. Sua voz terá sido arrancada pelo pecado de seu pastor.
6.     Porque muitos membros da igreja seguirão o exemplo do seu pastor.
Muitos casamentos se sustentam porque vêm nos pastores exemplos a serem seguidos. Mas se a liderança rompe com sua família qual exemplo terão para seguir? Com qual moral pastores divorciados aconselharão casais em crise? Mas acho muito difícil que alguém que passe por uma crise conjugal busque aconselhamento com aquele que não conseguiu levar seu lar adiante.
         Termino com uma palavra para os pastores.
·        Que tenhamos a firmeza de permanecermos fieis à nossas esposas diante dos apelos do mundo, da carne e do diabo.
·        Que diante das crises conjugais encontremos na oração, na Palavra e no dialogo os caminhos da reconstrução de nossos lares.
·        Que no embate da luta tenhamos um companheiro fiel e idôneo em que possamos confiar e partilhar nossos temores e dores.
·        Quando as ondas da vida tentarem afundar nossas famílias, que possamos falar com aquele que acalma o mar.
·        Que possamos esperar o agir do Senhor e não nos precipitarmos no caminho do divórcio.
·        Nem sempre nossa visão de uma situação corresponde à realidade. Não confiemos em nossos sentimentos, mas nos fiemos na Palavra.
·        Lembremo-nos que maior é Deus.
·        Voltem-nos para a Palavra que diz que: “Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações; Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência. Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma”. Tg. 1:2-4
·        Que esteja claro para nós que o Senhor nosso Deus é soberano e tudo dirige e age para o nosso bem.

SOLI DEO GLRIA NUNC ET SEMPER

Pr. Luiz Fernando R. de Souza

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