16 dezembro 2014

"HOMOSSEXUALIDADE - FOBIA OU PRINCÍPIO"

Comunicado à imprensa: “Homossexualidade — Fobia ou Princípio” 

Dr. Myles Munroe                            

31 de agosto de 2014
Com o pretexto de “Direitos Civis” e “Direitos Humanos” a minoria LGBT decidiu “celebrar” publicamente a civilidade do estilo de vida e preferência sexual que eles escolheram de forma bastante exclusiva. Não tenho certeza qual é a missão ou metas deles nessa campanha, mas obviamente eles têm recebido incentivo e motivação suficiente para tentar algo que 90% das Bahamas e seu povo consideram inaceitáveis e viola suas convicções, posturas morais e valores comuns.
Talvez seja útil primeiro fazer uma pergunta simples, mas profunda: “É civilizado, certo, racional, lógico e saudável promover uma causa, estilo de vida ou prática de uma conduta que pode no final causar a extinção da raça humana? É insanidade exigir a “celebração” de sua própria extinção.
Não tenho certeza acerca do papel que o governo, líderes governamentais, ministérios do turismo ou outros partidos desempenharam ou o incentivo, se é que houve, que eles podem ter fornecido para essa manifestação social provocadora, mas acredito que isso deve ser tratado a partir da perspectiva não de alguma posição religiosa, mas em vez disso a partir da preocupação por nossa estrutura social muito frágil que é mantida unida por valores e padrões morais que fornecem o sistema para uma sociedade saudável nas Bahamas.
Há também uma preocupação com relação à assistência, apoio e promoção dessas campanhas por parte de organizações internacionais e indivíduos, inclusive agências de viagem e organizações de promoção do turismo. Os cidadãos das Bahamas têm um direito legítimo de serem e expressarem suas preocupações nesses assuntos.
Penso que é perigoso, impróprio, imaturo e insincero acusar de ter fobia — ou medo — alguém que tem preocupações profundas com tentativas de se impor, forçar ou estabelecer um conjunto de valores, padrões, tendências morais ou estilo de vida que podem drasticamente mudar e de forma muito real desestabilizar o alicerce de uma sociedade.

A bênção da fobia

Um dos maiores mecanismos naturais da capacidade humana para sobrevivência e segurança é o elemento do medo. Sem a capacidade de ter “medo” ou “pânico” a espécie humana não consegue se proteger contra ameaças. A beleza do medo é que é uma qualidade humana inerente que protege contra o perigo e extinção. A fobia é inerentemente boa.

Homofobia: conceito errado e enganação

Não existe maior dano para a dignidade humana do que a enganação. Em toda a história o poder da enganação arruinou milhões de vidas, iniciou guerras mundiais e até mudou o clima das nações. Em nosso mundo pós-moderno há uma enganação colossal invadindo a própria estrutura moral das nações e desmantelando a própria essência da existência natural da humanidade. Na verdade, essa enganação está ameaçando a extinção da humanidade. O que é estupendo é que essa enganação não é nova, mas surgiu no contexto da existência humana no planeta há muito tempo, cinco mil anos atrás. No entanto, apesar da realidade de sua existência, historicamente sempre manteve seu lugar às margens da grande sociedade.
Qual é essa enganação? É a atração e relações anormais entre espécies humanas do mesmo sexo ou gênero tentando normalizar o anormal sob o pretexto de ser normal. Ainda que essa conduta anormal se disfarce de muitos rótulos, geralmente é descrita como homossexualidade. A própria palavra incorpora sua premissa básica e essa premissa é: é principalmente um impulso sexual. Os que decidiram adotar, praticar, incentivar, se entregar e sucumbir às paixões desse sexo e desejam honrar, promover e civilizar esse “estilo de vida” se tornaram, na geração passada, mais agressivos, ao ponto de usarem violência em alguns casos. Essa estratégia parece ser provocar medo, agressões psicológicas e passar uma imagem de autocompaixão e abuso. Termos como fanático, crime de ódio, mente fechada, conservador, anti-humano, anti-direitos civis, bullying, e o mais comum, fobia, são usados para isolar a maioria dos seres humanos, retratando-os como gente que não ama, insensíveis, impiedosos, odiadores de seres humanos, sem compaixão e incivilizados.
Minha opinião é que essa acusação de “homo-fobia” é a maior enganação de todas. Sua intenção é fazer com que os que são considerados “normais” sintam culpa por serem normais. Essa enganação é injusta, desonesta e perigosa. Seu efeito é fazer com que a maioria dos seres humanos se sinta culpada por não aceitar, glorificar e honrar essa conduta humana “anormal.”
Tenho certeza de que perguntarão: “O que é ‘anormal’ e quem define o que é ‘natural’?” É essencial compreender que o que é natural não pode e não precisa ser definido. O natural é simplesmente o estado normal da criação que se manifesta por sua essência natural. Em outras palavras, a natureza se define. O que a natureza define é também o que é considerado “normal.” O normal é aquilo que é o resultado do curso natural da vida como obras da natureza ou criação em se sustentar. Portanto, a fonte do “natural” ou “normal” é a própria criação e qualquer opinião emitida por um gênio humano não pode mudar o que é natural.
Talvez seja também importante observar que a palavra raiz da qual derivamos nossa palavra moderna “Lei” é a palavra “norma.” A conclusão óbvia é que toda a natureza é a fonte da lei natural e portanto define qual é a referência para a criação de qualquer lei humana que tente interferir com a própria natureza. É também importante notar que qualquer lei feita pelos homens é ignorada pela natureza.
A sexualidade humana é um produto da criação natural e se expressa como normal, não precisando pois de definição. Qualquer desvio do natural é geralmente considerado como “anormal” ou “contrário à natureza.” Na natureza sempre haverá exceções e essas devem ser reconhecidas como tais. Mas mesmo as exceções precisam ser definidas de forma adequada, pois até na natureza há uma reação natural inerente para proteger sua sobrevivência minimizando o impacto da exceção. Todas as exceções na natureza são naturais e não por escolha.
À luz dessa realidade natural, por que a homossexualidade deveria ser considerada “contrária à natureza” e talvez “anormal”? Talvez a resposta esteja na própria descrição da homossexualidade como “um estilo de vida.” Ser heterossexual não é um estilo de vida, mas um derivado natural da natureza e não por escolha. Estilos de vida são “escolhidos” ou um resultado de “circunstâncias,” mas nunca um produto da natureza. Podemos escolher estilos de vida, mas nunca nossa natureza.
A definição natural de “contrário à natureza” é aquilo que não é um produto da própria natureza, e aquilo que não pode de forma natural se reproduzir na criação. Talvez esse seja o maior desafio da grande enganação da homossexualidade, o fato natural de que os membros do mesmo sexo podem se unir, viver juntos, expressar intimidade e até ter profundo envolvimento emocional um com o outro, mas a realidade é que eles nunca conseguirão, de modo natural, se reproduzir conforme sua espécie. É esse fato, verdade e realidade que torna esse estilo de vida “contrário à natureza.”
É essa verdade simples que transforma em desonestos e enganadores os que desejam perpetrar esse “estilo de vida” anormal de “orientação.” Não sou contra nem tentarei impedir nenhum ser humano que está decidindo praticar um “estilo de vida” específico ou tem inclinação de seguir certa conduta “anormal,” mas minha preocupação e argumentação é a tentativa deles de impor essa decisão nos que pela natureza são considerados normais.

A mentira da homofobia

É divertido que quando a maioria dos seres humanos responde e expressa sua discordância ou sua profunda preocupação sincera com a tentativa dos que adotam e praticam esse estilo de vida de impor esse estilo de vida humano “contrário à natureza” na sociedade, a resposta deles é interpretada como fobia ou medo.
Se essa acusação fosse feita por indivíduos ignorantes e desinformados talvez fosse motivo para dar risada, mas quando indivíduos inteligentes fazem essa alegação de fobia para uma pessoa inteligente responsável, temos de aceitar a ofensa em nível pessoal. Talvez o medo real seja o que eu chamaria de “verdadefobia” ou “realidadefobia.” Será que os que desejam ser considerados normais, aceitáveis, naturais e civilizados temem a verdade óbvia de que o que eles estão afirmando, reivindicando, promovendo e defendendo com lutas é por natureza anormal e contrário à natureza?
Entretanto, concordo com a acusação deles a partir de uma perspectiva. Sim, tenho medo de todo estilo de vida, orientação, preferência ou conduta que ameace a própria sobrevivência da raça humana. Será que os homossexuais não guardam no coração uma heterofobia que não ousam confessar? Os heterossexuais jamais tentam se impor na sociedade nem precisam brigar para serem reconhecidos.

O sequestro dos movimentos de direitos civis

O estilo de vida da homossexualidade e todos os outros nomes e rótulos que vieram a descrevê-lo, é tão antigo quanto o personagem bíblico Abraão, e era praticado por membros de comunidades de sua época mais de quatro mil anos atrás. Muitos na minoria homossexual que estão ainda envolvidos nesse estilo de vida parecem agir como se fosse uma causa nova pela qual eles nasceram para lutar. No começo da década de 1960 alguns indivíduos famosos da sociedade começaram a sair do que chamavam “armário” para se exporem para a comunidade maior como se para testar as águas. A reação da maioria da população naquele tempo foi de resistência e incômodo que ainda existem hoje apesar de afirmações ao contrário.
Essa resistência tem sido tão forte que aqueles que estão envolvidos no estilo de vida LGBT mudaram sua estratégia para serem aceitos pela sociedade. Antes, eles reivindicavam seus direitos sociais se expondo e impondo. Agora, eles recorrem à estratégia de fazer da questão homossexual uma questão de direitos civis. É interessante notar que depois de mais de 4000 anos da existência registrada desse estilo de vida e conduta contrária à natureza a resistência social ainda existe e tenho certeza de que continuará, não importa como a tão chamada sociedade tente disfarçá-la com trajes socialmente aceitáveis. A natureza nunca discordará de si mesma e nenhum direito comum ou lei legislativa conseguirá mudar a lei natural.
Com grande desapontamento tenho estado na varanda da história e observado com horror e choque o sequestro e estupro que vem sofrendo o que vimos a conhecer como os movimentos de direitos civis. O que tornou tudo isso mais angustiante foi ver muitos indivíduos que estavam ativamente envolvidos nesses movimentos históricos de resistência abandonando o sacrifício de muitos que morreram pelas causas nobres da dignidade humana pela maioria que estava sendo abusada, para usar o sangue deles para cobrir as exigências de minorias da sociedade para justificar e civilizar suas preferências egoístas contra a natureza.
Já provei o impacto negativo da opressão civil de um governo que desvalorizava a minha humanidade, mas isso acontecia não por causa de um estilo de vida que eu havia escolhido, ou uma conduta que era por orientação, ou uma disposição preferida, mas em vez disso uma realidade que era “natural.” Eu era vítima por pigmentação inerente… Eu nasci negro e não tive escolha no assunto. Nas Bahamas eu e minha família junto com a maioria da população das Bahamas sofríamos discriminação, éramos desvalorizados como seres humanos, éramos privados de direitos e oprimidos por um governo dominado por uma minoria.
Tenho com toda a minha lógica buscado compreender, mas ainda não consigo igualar a filosofia, ideologia ou propósito dos movimentos de direitos civis com a agenda do movimento homossexual. Acho que a tentativa de igualar os movimentos históricos de direitos civis com as reivindicações de direito para honrar, glorificar e aceitar como normal a prática de um estilo de vida que pode extinguir a raça humana é ilógica, desonesta e um abuso do sangue e sofrimento de prisão de muitos. É um sequestro dos ganhos pagos com o sangue de homens e mulheres de honra por uma conduta que não só é contra a natureza, mas também destrói a raça humana.

A opressão da maioria

O princípio fundamental dos movimentos de direitos civis era a liberdade e restauração da dignidade e valor da maioria de seres humanos oprimidos. A realidade é que historicamente era geralmente a imposição dos valores, preconceitos e ideologia desumana da minoria sobre a maioria que era o contexto e fonte da opressão e desvalorização dos seres humanos. Dá para considerar o contexto do atual movimento LGBT na mesma perspectiva, onde uma percentagem pequena e um segmento minoritário da população estão tentando impor sua ideologia, valores, moralidade e preferências sexuais pessoais contra a natureza sobre as convicções, padrões e valores morais e culturais comuns da maioria.
Talvez dava para se considerar isso como o novo governo de opressão do século XXI. Essa ideia parece ser ainda mais reforçada pela influência intrometida e exigências de globalização, a ONU e outros órgãos e agências mundiais que agora condicionaram sua oferta de assistência econômica nacional à conformidade social e cultural nacional que adota concessões com base em valores e moralidade.

A agenda dos meios de comunicação

O parceiro mais poderoso e perigoso da enganação é a percepção. O mundo dos meios de comunicação é realmente sobre o negócio e gerenciamento da percepção. Não dá para calcular o poder dos meios de comunicação. Não devemos também calcular mal nem minimizar o impacto desse poder para criar percepção. É por isso que em toda a história toda vez que havia a necessidade de controlar o ambiente mental ou criar uma realidade percebida, os meios de comunicação sempre foram usados como ferramenta crucial para exportar, importar e disseminar a enganação. Portanto, é importante que em nossa democracia moderna a exigência de verdade, transparência e objetividade nos meios de comunicação deva ser a principal preocupação de todos os cidadãos responsáveis.
Precisamos sempre estar vigilantes, como cidadãos que pensam de forma civilizada, para tomar cuidado com a agenda e preconceito coletivo dos meios de comunicação. Conforme já observei, em tempos recentes os meios de comunicação impressos e eletrônicos, tanto nacionais quanto internacionais, parecem preocupados com casos que promovam ou glorifiquem esse estilo de vida, favorecendo-o de forma proeminente e destacando-o múltiplas vezes. Parece haver não só desequilíbrio de opiniões e perspectivas, mas destaque especial. Tenho a esperança que todos os meios de comunicação vão querer fazer um esforço para publicar também as opiniões da maioria.

Chantagem intelectual e econômica

Parece também haver um aumento no uso de chantagem econômica e política na área de manipulações feitas por forças da minoria LGBT, que também inclui uma campanha difamatória intencional, tratando a maioria como fanáticos, odiadores dos seres humanos, intolerantes e intimidadores. Isso é uma deturpação desonesta e grave dos fatos. Há também o abuso de afirmações infundadas feitas pela minoria com relação a mudanças de tendências e atitudes para fomentar suas próprias posições. Isso é inacreditável. Aliás, parecer haver uma praga colossal de desonestidade intelectual, social, fisiológica e lógica. Não existe nenhuma confirmação científica conclusiva que confirme que a minoria que pratica esse estilo de vida, que sua condição é um assunto de biologia ou genética em vez de uma conduta que se aprende por hábito e que se torna um estilo de vida que eles preferem.
Vamos reiterar mais uma vez que a maioria da população na maioria dos países em toda a história e em nossa sociedade contemporânea são ignorantes com relação à existência de conduta anormal ou preferências anormais do estilo de vida homossexual. Esse estilo de vida e conduta é realmente uma velha estória com um truque ardiloso novo. O que a maioria não aprecia é a desonestidade e enganação que são usadas por aqueles que desejam impor sua vontade neles. Todo ser humano tem o direito de escolher seu estilo de vida contra a natureza, mas não deve exigir que o aceitemos como natural. Eles são livres para preferir qualquer orientação sexual anormal que desejarem, mas não devem nem podem exigir que nós, a maioria, a honremos promovendo-a ou glorificando-a como normal. Tudo o que a maioria quer é honestidade e a liberdade de expressar nossas preocupações, opiniões e posturas sem sermos rotulados de ignorantes, intolerantes, caipiras ou homofóbicos.
Traduzido por Julio Severo do comunicado público à imprensa de Myles Munroe: “Homosexuality – Phobia or Principle”

13 dezembro 2014

MAIS UMA DO "PASTOR CHEIRA BÍBLIA". ISSO É O QUE DÁ SÓ CHEIRAR AO INVÉS DE LER- Bizarroces gospel (112)

Vi esta matéria no blog Graça Pela do Pr. Joelson e a repliquei para nossa análise. Boa leitura.

MAIS UMA DO "PASTOR CHEIRA BÍBLIA". ISSO É O QUE DÁ SÓ CHEIRAR AO INVÉS DE LER- Bizarroces gospel (112)

Por Thiago Oliveira



Lamentavelmente escrevo esse texto sabendo que muitos vão aqui comentar coisas do tipo: “Ele faz isso, mas ganha muitas almas para Jesus, e você o que faz além de julgar?” ou “Ele fez o que de errado? Ora, deixem ele falar do Evangelho.” Daí você se pergunta, quem é ele e o que ele faz/fez. Ok, vou explicar. 
O Pr. Lucinho Barreto, da Igreja Batista da Lagoinha pregou no último Sábado (06/12) um sermão intitulado “E agora, quem poderá me defender?” Até aí tudo bem... Sobre a pregação, a intenção era falar sobre depender de Deus. Ótimo! Só que o Lucinho chega no púlpito vestido de Chapolin Colorado (veja aqui) e é ovacionado por isso. Diante dos aplausos ele arremata o bordão do famoso personagem do recém falecido Roberto Bolaños: “Não contavam com minha astúcia!” 
No púlpito, o Lucinho conta diversas piadinhas e até faz referência a uma música da funkeira Anita (Pre-pa-ra). Ele grita, se ajoelha, acena, assobia, gargalha... enfim, um típico showman. Seria muito bom para uma empresa tê-lo como palestrante motivacional. Talvez algum programa televisivo fizesse sucesso com um apresentador tão eletrizante quanto ele. Mas para ser um mensageiro bíblico, o Lucinho com a sua personalidade narcisista, está distante do que Deus requer para o ofício de ser porta-voz da Palavra revelada.
Em seu excelente livro, Supremacia de Deus na Pregação, o Pr. John Piper fala que o alvo da pregação deve ser a glória de Deus. Ou é isso, ou de nada vale pregar. A partir do momento que um pastor ou mensageiro da Palavra começa a desfocar desse alvo, deixando de manter a sobriedade, este deixou de glorificar ao seu Senhor e até passa a querer ser o centro das atenções. E muitos em nosso meio costumam associar sobriedade com frieza. Se um pastor conduzir os ouvintes a quietude, muitos acharão que a mensagem foi enfadonha, morosa, lúgubre, etc. Segundo Piper (pág 49), muitos pastores têm se deixado levar por tal pensamento e o resultado disso é: 
“...uma atmosfera de pregação e um estilo de pregação contaminados com trivialidades, leviandade, negligência, irreverência e uma sensação generalizada de que nada de proporções eternas e infinitas está sendo feita ou dita aos domingos”.

Obviamente que o pregador não precisa ser engessado ou robótico. Ele deve ser vibrante, entusiasmado, afinal, é do Evangelho que ele fala. E não há nada mais vibrante do que o Evangelho, não é mesmo? Charles Spurgeon, um dos maiores evangelistas da história da Igreja tinha um humor peculiar. O pastor presbiteriano Augustus Nicodemus é, atualmente, um bom exemplo de alguém que faz o bom uso do humor e conta suas anedotas vez ou outra. No entanto, leviandade é diferente de bom humor. Lógico que uma risada é sadia e que a alegria é marca de todo o cristão satisfeito em Cristo Jesus. Mas para tudo existe limite. Transformar um sermão num roteiro de stand-up comedy não é uma ideia sensata. A pregação é a forma que Deus estabeleceu para falar aos pecadores e auxiliar na perseverança dos santos. Se as pregações virarem palhaçada, como alguém dará crédito a esta mensagem?

O próprio Lucinho é exemplo disso. Ele inventou de “cheirar a Bíblia” para dizer que os jovens precisam ser loucos por Jesus. Sua iniciativa, com perdão do termo, abobada, virou matéria de um programa de TV e o apresentador não aguentou e mandou que a matéria deixasse de ser exibida, ao vivo (veja aqui). Um incrédulo censurou o Lucinho, que para a repórter que o entrevistava, disse que fazia essas coisas para atrair os adolescentes, pois estes acham os assuntos sobre Deus (ou religião) muito chatos.

É justamente nesse afã de querer incrementar o Evangelho que as bizarrices começam a se proliferar. Como disse anteriormente, alegria é inerente do cristão e o apóstolo Paulo escrevendo aos filipenses fala muito sobre alegria (Fl 4.4). Porém, na mesma carta, Paulo chora por causa dos inimigos da cruz de Cristo (Fl 3.18). Ou seja: nem tudo são flores! Se o alvo da mensagem é a glória de Deus, e Ele é glorificado quando chamamos pecadores ao arrependimento, esta mensagem não pode ser trivial. Se vestir de Chapolin é algo tão despojado que fere o caráter sóbrio da pregação que diz “arrependei-vos e convertei-vos”. Não só a sobriedade como também a seriedade desta mensagem, pois a resposta a ela resultará em vida eterna ou morte eterna.

Em 2 Timóteo 4.3 lemos o seguinte Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos. Isso é um retrato do que estamos vivendo. Incomodados com a agressão que é a Palavra de Deus (ou você acha que uma espada que penetra na divisão das juntas e medulas não causa dor?), os homens de nosso tempo forjam um pseudo-evangelho que massageia o ego e diz tudo aquilo que queríamos ouvir, e não o que devemos ouvir. Spurgeon, certa feita disse que chegaria um dia em que no lugar dos pastores alimentando as ovelhas haveria palhaços entretendo os bodes. Ele estava muito certo.

O egocentrismo de pastores feito Lucinho e outros que para serem notados e ganharem fama nas redes sociais vestem coisas bizarras (veja aqui) e falam palavrões, são um câncer que vem destruindo a Igreja progressivamente. Aonde estão os homens que pregam a cruz? Aonde estão os pastores que não querem o aplauso dos homens? Aonde estão as pregações que falam que Deus lançará no inferno os pecadores resolutos?

Não desanime, ainda existem homens comprometidos com o Evangelho ao ponto de negarem o aplauso dos seus ouvintes. Duvida? Então, se não conhece, recomendo a você a assistir o vídeo dessa pregação aqui no Paul Washer. E para terminar, contarei uma anedota que não me lembro onde li ou ouvi, sobre o já citado Charles Spurgeon. Mas ela diz que numa certa conferência na Inglaterra vitoriana, alguns jovens ao verem o pastor do primeiro dia pregar ficaram maravilhados e diziam entre si: “Você viu aquele pregador? Nossa como ele prega bem. Que oratória. Que sermão!”. No segundo dia, Spurgeon foi o preletor e após a conclusão da sua mensagem os jovens, novamente admirados, falavam uns com os outros: “Você viu como Jesus é perfeito? Como Jesus é bom! Como Jesus é admirável! Quão lindo é Jesus”.

Que Deus nos presenteie com pastores segundo o Seu coração! Soli Deo Gloria!

Soli Deo Gloria

Pr. Luiz Fernando R. de Souza
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