Sem muito tempo para novas postagens replico uma que pode nos ajudar um pouco a esclarecer pontos controversos de pregadores atuais.
Veja esta pérola de um dos maiores teólogo do Brasil o PhD em teologia Pr. Marco Feliciano. A afirmativa deste douto teólogo é no mínimo risível. Aponta para uma total ignorância bíblica e teológica.
Em
primeiro lugar O Senhor Jesus nunca se casaria, pois, não foi para este
fim que Ele se encarnou. Não que o casamento fosse algo impuro, mas não
estava no escopo da obra salvadora do Senhor Jesus. Ele veio
especificamente para a finalidade da salvação. Assim sendo, especular
sobre um possível casamento do Senhor e uma possível geração de filhos é algo esdrúxulo e impróprio quanto a Cristo. Tais sandices não passam de delírios dos desocupados e inúteis dentro do Reino de Deus.
Em segundo lugar o douto teólogo afirma que o cromossomo
X veio de Maria e o Y não era humano o que leva a crer que na
encarnação Jesus Cristo era um ser híbrido, meio homem e meio super
homem ou meio homem e meio Deus. Se assim fosse esse ser híbrido, mais
do que homem, nunca seria o salvador de que tanto a raça precisava e ao
mesmo tempo seria a grande frustração de Deus o Pai, pois, a ofensa da
raça humana continuaria existindo e a encarnação teria sido inócua.
Vamos entrar um pouquinho em teologia elementar. Se a encarnação
houvesse acontecido conforme explicou Marco Feliciano, a salvação da
raça humana seria uma impossibilidade, pois, um ser totalmente diferente do humano seria seu representante ou vigário,
o que não serviria para quitar a dívida da humanidade com o Criador,
pois, somente um homem completamente homem deveria se apresentar a Deus e
saldar a dívida oriunda no Éden, pois, foi o homem que ofendeu o
Criador e gerou uma dívida eterna, pois, a ofensa foi contra um Deus
eterno. Daí termos uma impossibilidade teológica na afirmação do PhD em teologia.
Em
terceiro lugar a afirmação descabida do M. F. aponta para uma supra
humanidade de Cristo como se ela tivesse sido superior à humanidade
criada por Deus. A idéia
que a humanidade de Cristo era pré-existente ou superior anula em 100% a
obra do Calvário. A História da Teologia vem discorrendo ao longo de
quase 2000 anos que a humanidade de Cristo não existia antes da encarnação, mas que foi gerada pelo Espírito Santo no ato da encarnação. Não podemos confundir imagem e semelhança de Deus com natureza humana do verbo.
Em
quarto lugar a afirmação descabida de M. F. seria a maior frustração de
Deus o Pai. De que adiantaria uma encarnação para salvação se o ser
encarnado fosse superior à raça que havia pecado contra Ele? Deus não
poderia aceitar a morte deste ser alienígena à raça humana como substitutiva
no Calvário. A raça humana ainda estaria sem salvação e Deus teria
esgotado suas possibilidades de salvação, pois, a salvação somente se
realizaria e se realizou mediante a encarnação. Não existe outra forma
de salvação senão aquela que passe necessariamente pela encarnação do
Verbo. Deus não poderia salvar através de um ato deliberado de Sua
Soberana vontade a raça humana, pois, sua justiça não seria satisfeita
e nós nunca seríamos justificados diante dEle, por isso, o Verbo se encarnou e cumpriu toda lei.
Em quinto lugar o cromossomo
X de Maria foi preservado da contaminação do pecado de Adão e por isso,
Cristo não participou da culpa do pecado do primeiro homem. Ele foi sem
pecado desde seu nascimento. Temos a péssima idéia
de achar que o homem é o que conhecemos hoje. Hoje, após o pecado de
Adão, nós como raça somos menos homens do que o original. Somos raça
corrompida e totalmente contaminada pelo pecado. Assim sendo, não correspondemos ao modelo exato da criação. Somos criação corrompida. Como a encarnação foi proporcionada
pelo Espírito Santo, a natureza humana de Cristo foi totalmente
preservada da contaminação do pecado. Cristo é cabeça de uma nova
humanidade. Ele é o segundo Adão. A nossa posição em Cristo é superior a
de Adão antes da queda.
Em sexto lugar o cromossomo
Y que não veio de Maria só podia 100% humano e nunca supra humano, para
que fosse gerado uma natureza 100% humana. O Concílio de Calcedônia em 451 já afirmava que "Seguindo então, aos Santos Padres, unanimemente
ensinamos a confessar um solo e mesmo Filho: nosso senhor Jesus
Cristo, perfeito em sua divindade e perfeito em sua humanidade,
verdadeiro Deus e verdadeiro homem (composto) de alma racional e de
corpo, consubstancial ao Pai pela divindade, e consubstancial a nós pela humanidade, similar em tudo a nós, exceto
no pecado, gerado pelo Pai antes dos séculos segundo a divindade, e,
nestes últimos tempos, por nós e por nossa salvação, engendrado na
Maria virgem e mãe de Deus, segundo a humanidade: um e o mesmo Cristo
senhor unigênito;
no que têm que se reconhecer duas naturezas, sem confusão, imutáveis,
indivisas, inseparáveis, não tendo diminuído a diferença das naturezas
por causa da união, mas sim mas bem tendo sido assegurada a propriedade
de cada uma das naturezas, que concorrem a formar uma só pessoa. Ele
não está dividido ou separado em duas pessoas, mas sim é um único e
mesmo Filho Unigênito,
Deus, Verbo, e Senhor Jesus Cristo como primeiro os profetas e mais
tarde o mesmo Jesus Cristo o ensinou que si e como nos transmitiu isso o
símbolo dos padres". Em momento algum houve qualquer insinuação que Cristo fosse super humano.
Assim sendo, as afirmações do excelente PhD em teologia M. Feliciano somente expressa sua incapacidade teológica e bíblica. Cabe a nós expurgarmos tais conceitos de nossas vidas.
Soli Deo Gloria
Pr. Luiz Fernando R. de Souza