Farei duas postagens sobre este tema
Entrou
na igreja evangélica brasileira um modismo que não é novo. Algumas
pessoas acham que descobriram a roda em pleno século XXI. As
terminologias entraram e não foram questionadas, como se fossem verdades
fundamentais da Palavra de Deus. O erro maior está em os líderes
aceitarem sem questionar práticas e terminologias espúrias que são como
ervas daninhas que aos poucos deturpam o evangelho. Quando
líderes de expressão nacional aceitam chamar alguns de apóstolos, eles
validam tal terminologia e aceitam como verdade aquilo que é errado e
supérfluo. Tais líderes prestam um desserviço ao Reino de Deus. Dentre
estas terminologias reinantes está a de apóstolos. Homens sem o mínimo
necessário para desempenharem as funções pastorais, arrogam-se com
títulos inócuos. Pessoas sem o menor preparo para a vida são apóstolos
no século XXI. Precisamos lembrar que ser apóstolo hoje é impossível biblicamente.
Mas antes de analisarmos biblicamente esse erro grotesco, vamos
mergulhar um pouco na história recente da igreja. Tivemos em 1901 a
chegada massiva do Movimento Pentecostal, que já vinha
dando ar da sua graça a pelo menos 50 anos antes da virada do século XX.
Em 1914, no início da 1ª guerra mundial, nasce a Assembléia de Deus nos
Estados Unidos. Pessoas viveram experiências antes nunca vividas e a
igreja ganha em dinamismo. Achava-se que isso era tudo o que tinha para
acontecer dentro de séculos de cristianismo. Só que entre as décadas de
40 e 50 do século passado aparece um movimento que tenta restaurar a
igreja. Esse movimento foi chamado de Chuva Serôdia.
Para este movimento não bastava uma experiência ou revestimento com o
Espírito santo nos moldes pentecostais, deveria haver uma restauração da
Igreja para que houvesse um mover de Deus sobre a terra. Daí
enfatizarem a necessidade da restauração dos dons de Ef. 4:11. Deveria
haver restauração destes ministérios para que tudo fosse bem e viesse a
chuva serôdia, a última chuva e depois o fim. Desse movimento surge na
década de 70 outro chamado Discipulado. Na América Latina
seu grande expoente foi o Pr. Juan Carlos Ortiz, da Argentina. Pastores,
no Brasil, deixaram suas igrejas para entrar nesse movimento.
Acriticamente entraram de cabeça nesse ensino e tentaram mudar a
estrutura da igreja brasileira. Como sempre acontece a ação sem reflexão leva à paralisia da razão.
Na Inglaterra esse movimento instaurou a consagração de apóstolos,
seguindo indicação de Deus, segundo eles. Nos Estados Unidos um expoente
desse movimento apostólico foi Peter Wagner, ex-professor do Seminário
Fuller e com ele outros assumiram essa postura. Esse pequeno histórico
nos aponta que o atual movimento apostólico é bem recente, em termos de
história, e segue os mesmos pressupostos do movimento Chuva Serôdia,
a saber, sem uma restauração da igreja ela não crescerá ou se imporá no
mundo. Somente através dos apóstolos é que a igreja crescerá mais
rapidamente. Somente através de ministérios apostólicos a unção de Deus
estará presente e libertação acontecerá.
Creio que agora podemos analisar biblicamente este erro crasso que acontece na igreja contemporânea.
1
– Paulo aos Efésios descreve a construção da igreja. Enfatiza para os
novos crentes que eles eram família de Deus e que pertenciam a um novo
reino. Paulo usa a figura de um edifício para descrever a igreja e diz
que o alicerce desse edifício são os apóstolos e profetas, tendo Cristo
como a pedra angular.
Podemos
tirar daqui nosso primeiro pressuposto. Apóstolos e profetas são
alicerce e alicerce não se lança duas vezes. Uma vez colocado, todo o
edifício é edificado sobre ele. Durante séculos Deus está construindo
seu templo santo, a igreja e os fundamentos já foram lançados uma única
vez. Termos apóstolos no sec. XXI é lançar o alicerce outra vez, o que
seria impossível ou mesmo desnecessário. Ninguém lança os alicerces de
um edifício uma vez e depois o repete no 5º andar. Poderíamos perguntar
como a igreja é edificada sobre o fundamento de apóstolos e profetas?
Ela é edificada quando, nós pastores e líderes, pregamos sobre o que os
apóstolos e profetas escreveram. Estamos assim estamos edificando sobre o
fundamento deles. Quando o Canon (livros inspirados) do Novo Testamento
foi fechado nenhuma revelação tornou-se possível, pois, os apóstolos e
profetas de Ef. 2:20 tinham autoridade de revelação final de Deus e já
não existiam mais.
2
– O segundo pressuposto que podemos tirar daqui é que se existissem
apóstolos no sec. XXI, com a mesma autoridade dos primeiros, então nossa
Bíblia estaria ainda em construção/formação, pois, tais supostos
apóstolos deteriam autoridade revelativa de Deus. Suas palavras deveriam
ser gravadas e preservadas porque alguma delas Deus usaria para ser
Canon para nós. A Bíblia ainda estaria sendo escrita, em formação.
Isso seriam uma impossibilidade e um erro infantil. Em 2001 ocorreu em
Belo Horizonte uma conferência profética onde apóstolos foram
consagrados por outros supostos apóstolos. Não expresso aqui as palavras exatas, mas creio que não estou longe da verdade, pois, escrevo de memória.
Na mesma conferência, a apóstola Valnice Milhomens afirmou que a
idolatria entrou no Brasil quando os portugueses fincaram a cruz em
terras brasileiras e realizaram a missa inicial. Em seguida o apóstolo
Mike Shea afirmou que apesar dos portugueses terem trazido a igreja
Católica para cá, ao fincarem a cruz em terras brasileiras o pais foi
abençoado, pois, a cruz simbolizava o cristianismo. Fiquei a me
perguntar: Como pode em uma mesma conferência profética uma apóstola
afirmar coisas contraditórias em relação a outro apostolo que pertence à
mesma coligação apostólica que a sua? Podemos concluir que esses supostos apóstolos do sec. XXI não existem.
A Bíblia descreve quais eram as características dos verdadeiros apóstolos.
1 – Segundo Atos 1:15-26 para
se ser apóstolo deveria ser alguém que houvesse acompanhado o Senhor
Jesus durante todo seu ministério. Em outras palavras, tinha de ser uma
testemunha ocular da ressurreição de Cristo. Por
isso Paulo explica amplamente em suas cartas porque era apóstolo. Paulo
recebera uma revelação especial de Cristo, daí ele afirmar que ele era
como um abortivo, fora do tempo. Paulo era questionado por não ter
estado com Cristo, por isso, ele quase sempre inicia suas cartas com
afirmativa: “Paulo apóstolo de Jesus Cristo...” Isso por si só anula toda pretensão da existência de apóstolos no sec. XXI.
Nenhum dos apóstolos atuais andou com Jesus. O teólogo católico Hans
Kung afirma categoricamente que é impossível estabelecer sucessão
apostólica para o estabelecimento de outros apostolos ou bispos hoje em
dia, como quer a igreja Católica Romana. Afirmação de um teólogo de
dentro desta instituição, não é afirmação de um teólogo evangélico.
CONTINUA...
Soli Deo Gloria
Pr. Luiz Fernando R. de Souza
Pr. Luiz Fernando, estou aguardando com alegria o proximo texto.
ResponderExcluirQue o Senhor te abençoe grandemente.
" – Segundo Atos 1:15-26 para se ser apóstolo deveria ser alguém que houvesse acompanhado o Senhor Jesus durante todo seu ministério. Em outras palavras, tinha de ser uma testemunha ocular da ressurreição de Cristo. Por isso Paulo explica amplamente em suas cartas porque era apóstolo. Paulo recebera uma revelação especial de Cristo, daí ele afirmar que ele era como um abortivo, fora do tempo. Paulo era questionado por não ter estado com Cristo, por isso, ele quase sempre inicia suas cartas com afirmativa: “Paulo apóstolo de Jesus Cristo...”
ResponderExcluirOK. É um pouco complicado porque Paulo não andou com Cristo. Paulo recebeu uma revelação especial, ok. Mas como podemos acreditar que o que Paulo diz é verdade ? O fato dele usar a afirmativa: "Paulo apóstolo de Jesus Cristo..." não muda nada. Qualquer um pode usar essa afirmativa.
Como saber a veracidade do que Paulo fala ?
Pastor. Sou fã do senhor, mas desta vez me obrigo a discordar de alguns pontos:
ResponderExcluir1 - Sobre apóstolos, não existem apenas os 12 que viveram com Cristo, a bíblia fala de outros. Como explicar biblicamente: "Saudai Andrônico e Júnias, meus parentes e companheiros de prisão, os quais são notáveis entre os apóstolos e estavam em Cristo antes de mim." Romanos 16:7.
2 - Experiências (como as do Mike Shea e da Valnice) falhas não corroboram que o encargo apostólico não exista nos nossos dias. Se fosse pelas falhas que Pedro cometeu na sua época ele deixaria de ser apóstolo?
3 - Uma epístola instrutiva como Efésios não existe o porquê de Paulo falar dos 5 ministérios sem eles serem potenciamente atuantes nos nossos dias (ou será que Deus não quer mais que cheguemos a perfeita varonilidade?). Não precisa mais de apóstolo e profeta???? Eu acho que ainda preciso deles....
Em resumo. Pra mim o ofício existe até os dias de hoje, independente das distorções vistas nos nossos dias. De acordo com o que estudei o apóstolo é um enviado (uma pessoa que abre uma obra). Engraçado dos 5 ministérios ter apenas o pastor, mestre e evangelista em vigor?
Deus abençoe!
Forte abraço!
Irmão Fábio, vai uma explicação sobre suas dúvidas. Vejamos:
Excluir"Saudai Andrônico e Júnias, meus parentes e companheiros de prisão, os quais são notáveis entre os apóstolos e estavam em Cristo antes de mim." Romanos 16:7.
Andrônico e Júnias, não eram APÓSTOLOS e sim, eram NOTÁVEIS entre os APÓSTOLOS.
Nota-se que o texto original refere-se esses como homens que eram observados pelos apóstolos e faziam obras seguindo os princípios Bíblico sendo que todo seus trabalhos eram notados (visto, informados, observados, avaliados) pelos os Apóstolos que nem sempre esteve presente.
Quanto os cargos que influenciam, devemos observar bem as escrituras, muitos que fazem milagres, prodígios e maravilhas podem estarem sendo notados, mas não dar o direito de serem apóstolos, já que a palavra APÓSTOLOS significa enviar, ou seja, enviado por JESUS. Esse cargo se encerra com o APOSTOLO PAULO, tanto que eram apenas 12 para formarem a base da igreja de CRISTO como alicerces.
Infelizmente, muitos que dirão "SENHOR, SENHOR, não herdarão o reino dos céus", ele dirá: "AFASTAI DE MIM MALDITO PORQUE NÃO VOS CONHEÇO", porque conhecem apenas o sucesso dos milagres de Jesus, mas não conhecem Jesus.
Adorar pelo que Ele é e não pelo que Ele faz.
Prezxado irmão Fábio,
ResponderExcluirsua visita ao blog é sempre enriquecedora. Quanto às suas poderações e indagações faço algumas considerações:
1 - Não falei que na Bíblia somente são mencionados 12 apóstolos, falei? O texto citado por você de Rom. 16:7 não é considerado como prova para a existências de outros apóstolos pelos teólogos. Dê uma olhada em bons comentários bíblicos e você verá os argumentos contra sua posição. Nem mesmo os defensores do ministério pastoral feminino utilizam este texto como prova.
2 - As supostas falhas do apóstolo Pedro nada têem a ver com afirmativas erradas. Se você fala de Pedro não lavar as mãos quando se encontrava entre os gentios, nada tem a ver com afirmativas autoritativas dos apostolos. Pedro nunca afirmou algo contrário a Paulo ou a João etc. Portanto vale a pena repensar seu argumento.
3 - Creio que o texto postado no blog responde este seu questionamento.
Quanto ao final de sua fala define correto o termo apóstolo, mas conclui errado. Ser enviado hoje em dia não corresponde a ter autoridade de revelação final de Deus como tinha os primeiros apóstolos. Então temos na linguagem moderna missionários enviados para campos diversos para abrirem trabalhos eclesiásticos ou fortelecerem igrejas. Isso é normal.
Quanto aos dons de apóstolos e profetas não serem mais necessários hoje em dia, vale lembrar que se existissem com as mesmas características do primeiro século seria como lançar os alicerces da fé novamente. O texto do blog é claro quanto a isso.
Deus o abençoe ricamente sempre.
Um abraço
Pr. Luiz Fernando
Pastor. Vamos arrazoar então...
ResponderExcluir1 - O que eu quis dizer é que o termo apóstolo não se refere apenas aos 12 e nem dá uma conotação "sobrenatural" de ser um porta voz de Deus e muito menos tornar a pessoa infalível e dona de alguma revelação especial (se assim fosse, qual é a revelação do apóstolo Matias? ou de André etc...), ou seja, continuo achando que o serviço (encargo, ofício) de apóstolo ainda permanece nos nossos dias, pois se assim não fosse não haveria necessidade de Deus falar sobre a perfeita varonilidade se referindo ao ministério apostólico e profético também para que isso fosse alcançado. O que eu quis de fato fazer com essa proposição é ampliar o leque de visão, apóstolo não é apenas 12, é ofício! Não é status, é encargo. Quem tem um dom apostolar não se denomina como tal, mas que o exerce não tenhamos dúvida disso.
2 - Utilizar os excessos e erros dos tais apóstolos de hoje não invalida o ofício apostólico. Se eu partir por esse argumento e falar de um desviado posso dizer que o sangue de Jesus não tem poder e não pode salvar? (O argumento que utilizaste é o mesmo, portanto, acho melhor o senhor repensar este tipo de argumento também).
3 - De acordo! Mas se eu fizer a mesma exegese em relação a profeta e apóstolo, logo tenho que invalidar o ministério pastoral também, o texto se refere a mesma coisa, aí a situação fica delicada também para o senhor.
Também acho absurdo a abordagem de alguns "apóstolos" dos nossos dias, todos os casos que tu aludiste são de fato risíveis e lamentáveis.
No mais tudo certo!
Forte abraço!
Deus abençoe!
Prezado irmão Fábio,
ResponderExcluiracredito que você fala de duas coisas diferentes. Apóstolos no Novo Testamento tinham sim autoridade revelativa e final de Deus. Portanto, tinham uma revelação de Deus sim para a igreja. Veja Ef. 2:20-22 "Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina;
21 No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. 22 No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito". Então os apóstolos foram instrumentos de revelação da parte de Deus para a igreja. Tanto o foram que seus escritos definiram o Canon do N. Testamento. Um dos critérios para se definir quais livros entrariam para o Canon foi o da originalidade apóstolica. Deter-se somente naquilo chamado função é rebaixar o ministério apostólico no N. Testamento. No credo Niceno temos um texto que diz: "E numa única santa Igreja Cristã e Apostólica". Quando o credo se refere a uma igreja apóstolica está se referindo a uma igreja fundamentada nos apóstolos e que ao mesmo tempo leva a Palavra de Deus ao mundo. Então são coisas distintas. Limitar apostolado somente a função de levar o evangelho é reduzir esse ofício.
Seu argumento que André e Matias não tiveram revelações registradas na Bíblia carece de alicerce Bíblico, teológico etc. Baseados nessa premissa diríamos que tirando Paulo, João, Tiago e Judas os outros apóstolos não tiveram significado? Vale lembrar que o Espírito Santo usou quem quis e preservou o que quis para formar o Canon do N. Testamento.
2 - Parece-me que para o irmão falta o entendimento que o que foi abordado no texto do blog não diz respeito ao ministério de pregar e levar a palavra aos homens. O texto faz menção a apóstolos modernos que reinvindicam autoridade como tinham os primeiros apóstolos. Nada mais. Caballeiros, um apóstolo latinoamericano disse em 2001 em uma conferência profética em B. Horizonte que a fundamentação para o apostolado moderno encontrava-se em Ef. 2:20. Absurdo, mas ele afirmou. Quando utilizei as contradições apóstolicas proferidas na mesa conferência somente salientei que se houvesse apóstolos hoje como nos moldes do 1o. séc. nunca haveriam contradições entre eles, pois estes trariam revelações de Deus com autoridade final e em tais revelações nunca poderiam ocorrer erros ou contradições.
Seu argumento sobre um desviado invalidar o poder do Sangue de Cristo não procede e chega a ser pueril. Desde quando temos a garantia que alguém ficará igreja? Somente Deus tem e sabe tal coisa. Um desviado não caracteriza a falta de poder do sangue de Cristo, mas somente evidência a dureza do coração do homem.
3 - Vale lembrar que o ofício de pastor não está limitado somente a Ef. 4:11. Por todo o N. Testamento ele é salientado e destacado como imprescindível para o funcionamento da igreja. O apóstolo Paulo ao escrever a Tito e Timóteo não os orienta a estabelecer apóstolos nas igrejas e nem lhes oferece as características para tal cargo ou função, mas os orienta sobre o ministério pastoral e lhes fornece os parãmetros para tal. Isso não quer dizer que profetas não existam hoje em dia e nem que pessoas que são chamadas para levar a Palavra de Deus sejam desconhecidas da igreja e sua história. Portanto, fica claro que o ministério pastoral é perene enquanto a igreja estiver sobre a face da terra.
Agradeço sua visita e argumentação. São importantes porque forçam o raciocínio e isso está raro em nossos dias.
Um grande abraço.
Em Cristo
Pr. Luiz Fernando
Pastor. Não se trata de afrontar, apenas debater o texto. ok?
ExcluirSe "Limitar apostolado somente a função de levar o evangelho é reduzir esse ofício." Por favor me diga o que o Apóstolo falou em I Co 2:1-5. (SÓ SABER DE CRISTO CRUCIFICADO, puxa, isso é algo muito evangelístico, não?)
Todo o trabalho no reino é levar a Cristo. Todo! Achar que os apóstolos de Cristo foram infalíveis seria risível. Evidente é que o que está registrado na escritura é divinamente inspirado, mas colocar os apóstolos no mesmo patamar de Cristo é perigoso.
"Seu argumento que André e Matias não tiveram revelações registradas na Bíblia carece de alicerce Bíblico, teológico etc. Baseados nessa premissa diríamos que tirando Paulo, João, Tiago e Judas os outros apóstolos não tiveram significado? Vale lembrar que o Espírito Santo usou quem quis e preservou o que quis para formar o Canon do N. Testamento." DENTRO do contexto que tu colocaste o senhor mesmo deveria responder essa pergunta, haja vista que eu não falei de irrelevância de nenhum deles, apenas quis pontuar que independente de revelações sobrenaturais, o ofício existia para todos os 12 e não apenas para os que escreveram o canon. OK?
"2 - Parece-me que para o irmão falta o entendimento que o que foi abordado no texto do blog não diz respeito ao ministério de pregar e levar a palavra aos homens. O texto faz menção a apóstolos modernos que reinvindicam autoridade como tinham os primeiros apóstolos."
SE ME FALTA entendimento vou pedir a Deus (Tg 1:5). Mas o argumento de criticar os erros dos outros para invalidar o que as pessoas são é temerário e não cumpre nenhuma regra de Hermenêutica. Posso dizer que o senhor não é pastor porque já pecou? Que não existe ministério pastoral porque os pastores pecam?(e não há quem não peque...) Eu não posso dizer que o sol não existe só porque é noite ou porque está nublado. Se a pessoa tem o ofício e o representa inadequadamente isso não significa que ela não exista.
Concordo com o senhor referente aos exageros, acho ridículo alguém se nomear alguma coisa, mas como já falei, de qualquer forma isso não invalida a função.
"3 - Vale lembrar que o ofício de pastor não está limitado somente a Ef. 4:11." EU NÃO ENTREI NA QUESTÃO PASTORAL, EU ESTOU FALANDO DA FUNÇÃO APOSTOLAR, PORQUE SE POR RACIOCÍNIO NÃO EXISTE A APOSTOLAR, ENTÃO A PASTORAL TAMBÉM NÃO MEU AMIGO.
O senhor ainda não me respondeu, como fica Ef 4:11? Deus mudou ? (Hb 13:8; Zc 3). Vale só meio versículo pra hoje? Vamos tirá-lo da bíblia então. Multilamos o versículo? Pode ser?
"Seu argumento sobre um desviado invalidar o poder do Sangue de Cristo não procede e chega a ser pueril. Desde quando temos a garantia que alguém ficará igreja? Somente Deus tem e sabe tal coisa. Um desviado não caracteriza a falta de poder do sangue de Cristo, mas somente evidência a dureza do coração do homem." O SENHOR ME INTERPRETOU MUITO ERRADO PORQUE ESTÁ QUERENDO GANHAR UMA DISCUSSÃO. O EXEMPLO DO DESVIADO FOI JUSTAMENTE PARA JUSTIFICAR QUE MESMO SE A PESSOA ERRAR, A OBRA DE DEUS NÃO PODE SER DESMERECIDA, NÃO PODEMOS DIZER QUE ELA NÃO EXISTIU, ETC. Ou Tiago estaria errado quando escreveu os últimos versículos da sua epístola? A obra de Deus nunca existiu para um desviado?
"O apóstolo Paulo ao escrever a Tito e Timóteo não os orienta a estabelecer apóstolos nas igrejas e nem lhes oferece as características para tal cargo ou função, mas os orienta sobre o ministério pastoral e lhes fornece os parâmetros para tal." PASTOR. ISSO SIM É RISÍVEL. A BÍBLIA VAI SEMPRE USAR UM TERMO GENÉRICO NOS CASOS DE I TM, II TM E TT (no caso um BISPO, ANCIÃO como Paulo referiu engloba os 5 ministérios, ou será que o mesmo Paulo que falou de outros apóstolos fora os 12 mudou de ideia no meio do seu apostolado?
Pastor, com todo respeito, ainda continuo não concordando com a sua abordagem.
O argumento de condenar os erros não invalida de forma alguma o trabalho e a existência de algo.
Deus abençoe!
O Apostolado é um cargo mais desejado hoje em dia.
ExcluirNotamos um gráfico altíssimo na ocupação tão cobiçada entre as autoridades eclesiásticas no meio evangélico.
Porém, há grande equívoco quanto em relação a este tal chamado em nossos tempos contemporâneos.
A Etimologia da palavra APOSTOLO é de origem grega ἀπόστολος, (apóstolos) = enviado. Pode-se dizer que deriva de um VERBO ENVIAR.
Esse termo foi usado por Jesus chamando os discípulos de apotolos, ou seja, enviados para pregar o evangelho.
“Portanto, ide e fazei discípulos de todas as nações” (Mateus 28.19ª). Os textos mais surpreendentes e reveladores das Escrituras, nos versículos de Atos 15, mostram presbíteros (pastores e bispos) ao lado dos apóstolos, deixando claro que nenhum líder da igreja teve a ousadia de se auto intitular apóstolo, pois sabiam que se tratava de uma nomenclatura exclusiva de Jesus aos doze enviados – “Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo e Barnabé, e alguns dentre eles, subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos presbíteros, sobre aquela questão”.(Atos 15.2). “E, quando chegaram a Jerusalém, foram recebidos pela igreja e pelos apóstolos e presbíteros, e lhes anunciaram quão grandes coisas Deus tinha feito com eles”. (Atos 15.4). “Congregaram-se, pois, os apóstolos e os presbíteros para considerar este assunto”. (Atos 15.6). “Então pareceu bem aos apóstolos e aos presbíteros, com toda a igreja, eleger homens dentre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens distintos entre os irmãos”. (Atos 15.22). “E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os presbíteros e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão em Antioquia, e Síria e Cilícia, saúde”. (Atos 15.23).[negritos do autor]. Partindo do relato de Atos, que é o contexto primitivo, para a História da Igreja nos períodos da idade média e moderna, não encontramos nenhum registro de uso do termo apóstolo, a não ser o reconhecimento da Igreja a pessoas que estavam na condição ministerial dos apóstolos de Cristo, quanto a lugares e condições como Willian Carey, Charles Finney, George Whitefield e outros desse nível. Os apóstolos de Cristo não levantaram novos apóstolos, mas pastores e líderes na igreja. Mas isso não significa que não podemos usar o termo apóstolo em nossos dias. Basta seguirmos a etimologia da palavra, a função designada e, a contextualização do termo, o que nos trará o resultado do nome Missionário. Ou seja, os verdadeiros apóstolos dos nossos dias são os missionários que estão distantes, enfrentando os desafios de culturas diferentes, passando aflições até mesmo com suas famílias, para que o Evangelho salvador alcance corações longínquos. Considere isso biblicamente correto
O Apostolado é um cargo mais desejado hoje em dia.
ExcluirNotamos um gráfico altíssimo na ocupação tão cobiçada entre as autoridades eclesiásticas no meio evangélico.
Porém, há grande equívoco quanto em relação a este tal chamado em nossos tempos contemporâneos.
A Etimologia da palavra APOSTOLO é de origem grega ἀπόστολος, (apóstolos) = enviado. Pode-se dizer que deriva de um VERBO ENVIAR.
Esse termo foi usado por Jesus chamando os discípulos de apotolos, ou seja, enviados para pregar o evangelho.
“Portanto, ide e fazei discípulos de todas as nações” (Mateus 28.19ª). Os textos mais surpreendentes e reveladores das Escrituras, nos versículos de Atos 15, mostram presbíteros (pastores e bispos) ao lado dos apóstolos, deixando claro que nenhum líder da igreja teve a ousadia de se auto intitular apóstolo, pois sabiam que se tratava de uma nomenclatura exclusiva de Jesus aos doze enviados – “Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo e Barnabé, e alguns dentre eles, subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos presbíteros, sobre aquela questão”.(Atos 15.2). “E, quando chegaram a Jerusalém, foram recebidos pela igreja e pelos apóstolos e presbíteros, e lhes anunciaram quão grandes coisas Deus tinha feito com eles”. (Atos 15.4). “Congregaram-se, pois, os apóstolos e os presbíteros para considerar este assunto”. (Atos 15.6). “Então pareceu bem aos apóstolos e aos presbíteros, com toda a igreja, eleger homens dentre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens distintos entre os irmãos”. (Atos 15.22). “E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os presbíteros e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão em Antioquia, e Síria e Cilícia, saúde”. (Atos 15.23).[negritos do autor]. Partindo do relato de Atos, que é o contexto primitivo, para a História da Igreja nos períodos da idade média e moderna, não encontramos nenhum registro de uso do termo apóstolo, a não ser o reconhecimento da Igreja a pessoas que estavam na condição ministerial dos apóstolos de Cristo, quanto a lugares e condições como Willian Carey, Charles Finney, George Whitefield e outros desse nível. Os apóstolos de Cristo não levantaram novos apóstolos, mas pastores e líderes na igreja. Mas isso não significa que não podemos usar o termo apóstolo em nossos dias. Basta seguirmos a etimologia da palavra, a função designada e, a contextualização do termo, o que nos trará o resultado do nome Missionário. Ou seja, os verdadeiros apóstolos dos nossos dias são os missionários que estão distantes, enfrentando os desafios de culturas diferentes, passando aflições até mesmo com suas famílias, para que o Evangelho salvador alcance corações longínquos. Considere isso biblicamente correto
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ExcluirAté os católicos são mais coerentes na "sucessão apostólica" do que os crentes. Porque quando os papas escrevem suas encíclicas, pelo menos os católicos as consideram com autoridade igual à da Bíblia, pois, segundo eles, quem está escrevendo é um "sucessor dos apóstolos".
ResponderExcluirOs crentes que aceitam apostolado hoje em dia, deveriam, portanto, aceitar os livros dos tais apóstolos como equivalentes à Bíblia em autoridade e inspiração. Mas ninguém aceita, apesar de viverem babando neles. São escritos estapafúrdios, incoerentes e contraditórios à Bíblia.
Assim como muitas bulas papais também são contraditórias à Bíblia, mas pelo menos os católicos são mais coerentes na sua forma de ver a "sucessão apostólica".
Fábio, o seu entendimento sobre o ofício apostólico é muito raso e superficial. O ofício apostólico é diferente da função apostólica. Não existe mais o ofício, isso é claro na Bíblia, conforme transmitiu no texto o Pr. Luiz. A função apostólica hoje é geral e não específica. Ela não cria líderes com o título de apóstolo (nem apostila... rsrs). Se alguém pensa ter uma função apostólica só porque abre igrejas, está perdido no reino de Deus, pois os apóstolos não só abriam igrejas, mas também curavam, tinham autoridade sobre os bispos, presbíteros e diáconos, eram autoridade maior na igreja e seus escritos eram autorizados para compor o cânon, como já foi falado no texto. Se alguém abre igrejas hoje, não quer dizer que tenham essa autoridade toda, então não podem ser apóstolos. Podem ser missionários, pastores, bispos, presbíteros, mas não apóstolos. Acabou, meu amigo!
Os dons de Ef 4.11 que todo mundo quer se apoiar não oferece nenhuma base para o ofício hoje. Os apóstolos eram autoridade máxima na igreja. Se eles existissem até hoje, como querem os católicos e alguns evangélicos, então todas as igrejas deveriam ser submissas a eles (como os católicos são ao papa). Por isso eu disse que os católicos são mais coerentes do que os evangélicos nessa questão. Cadê que os crentes se submetem aos apóstolos de hoje? Jesus em Sua sabedoria, convocou Seus apóstolos pessoalmente, incluindo Paulo, para através deles mostrar para Sua igreja como Ele deseja que ela se conduza. E isto através dos escritos deles. Títulos são arrogância, exceto os que estão designados no NT pelos apóstolos. Inclusive em Ef 4.11 o único título ou ofício ali é o de apóstolo. Todos os demais são funções e não ofícios.
Não é fácil falar desse assunto em nossos dias, onde pessoas são orgulhosas e arrogam títulos para se sobressaírem perante os demais. Não basta ser irmão, tem que ser apóstolo...
Finalmente, uma pergunta para você, irmão Fábio: Hoje, quando vamos consagrar um pastor, ou presbítero, ou diácono, nós reconhecemos sua vocação e damos um curso baseado nas exigências bíblicas que os apóstolos deixaram para que se consagre uma pessoa a um desses ofícios, certo? O que seria requisito apostólico para se consagrar apóstolo? Onde está escrito nas cartas apostólicas as exigências para se consagrar alguém apóstolo?
No NT apóstolos podiam consagrar pastores, e pastores também podiam consagrar pastores (ou presbíteros, ou bispos - Tt 1.5). Mas quem podia consagrar pessoas ao apostolado? Só Cristo, meu amigo, pois só Cristo é superior aos apóstolos. Um pastor não pode consagrar alguém ao apostolado, pois o pastor é inferior ao apóstolo. Então eu te pergunto: quem consagrou o primeiro apóstolo dos nossos dias? Será que foi Cristo?
Dia tes písteos.
Visite o Teolatria.
Pr. Cleilson
Pastor. Só porque o cego não exerga as cores elas não existem?
ExcluirQuem consagrou o apóstolo Paulo? A minha bíblia diz que foi a igreja de Antioquia.
Não idolatro estas pessoas, apenas me parece muito errado usar apenas meio versículo e dizer para o povo "esqueçam apóstolos e profetas" fiquem apenas com os "pastores e mestres..."
Sinceramente não vou mais continuar nessa discussão que não vai levar a nada. O senhor não vai mudar a opinião, e muito menos eu.
Se o meu conhecimento é raso, amém! Vou orar pra Deus aumentá-lo.
Deus abençoe!