Se crer em Jesus Cristo
nos faz cristãos então isso é suficiente para termos os pecados perdoados e nos
conduzir para o céu. Mas porque a igreja não consegue expressar isso em seu
dia-a-dia? Creio que o que mais uma pessoa quer nesta vida é ter garantida sua
entrada na eternidade e viver para sempre com Deus e gozar nesta vida de todas
Suas benesses, viver tranquilamente. Evidentemente todos querem ser pessoas de
bem e serem conhecidas como tais, mas isso necessariamente não precisa passar
por Cristo. Qualquer indivíduo que possua uma família com bons princípios e
estruturada receberá esta gama de conceitos e valores para a vida.
Quem se preocupa com algo
mais na vida cristã se depara com algumas anomalias reinantes no meio
evangélico que são preocupantes, pois evidencia um discipulado sem mestre e uma
salvação sem senhorio. Por não se pregar mais sobre o Senhorio de Cristo, as
igrejas formam cristãos defeituosos e erráticos que nada mais são do que meros egoístas.
Querem receber tudo de Deus, mas não querem compromissos com Deus.
Nada nos ensinos bíblicos
apontam que você pode decidir simplesmente usufruir do perdão advindo de Jesus
sem manter com Ele um relacionamento transformador.
A. W. Tozer mostrou
claramente o que ocorre com a igreja quando disse: “uma sensação de que uma
heresia extraordinária se desenvolveu em todos os círculos cristãos – a ideia
amplamente aceita de que os seres humanos podem escolher aceitar a Cristo pelo
simples fato de precisarem dele como Salvador e de que têm direito de adiar a obediência
que devem a ele como Senhor pelo tempo que desejarem!” Ele diz mais: “a salvação sem obediência é algo
desconhecido nas Escrituras Sagradas”.
Estranhamente essa heresia
que Tozer aponta criou um tipo de cristão que somente extrai de Cristo aquilo
que precisa, mas nunca chega à intimidade com Ele. Não se importa tanto com as
demandas do evangelho em sua vida, mas de abocanhar os benefícios deste evangelho.
Isso é quase que exatamente os que pregam a Teologia da Prosperidade. Tais cristãos
se aproximam do Senhor Jesus pelo pão que perece, mas não querem aprender com
Ele. Tocam suas vidas independentemente daquele que os amou e se entregou na
cruz. É como se marcassem um encontro com Cristo somente para a eternidade e
que o aqui e agora ficasse por conta deles mesmos.
Esse tipo de fé e prática
de vida anula tudo o que Cristo é e ensinou. Não dá para aceitarmos somente o
perdão de pecados que Cristo oferece e deixarmos de lado todo seu ensinamento. Se
assim o fizermos nunca seremos cidadãos do Reino e nunca apreenderemos a ética
e os valores do Reino de Deus.
Sem a vida do Reino em nós
racionalizamos nosso pecado sem nos sentirmos constrangido com isso. Moralmente
os cristãos estão se igualando com os não cristãos. Pecam por escolha e acham
razão para isso, mesmo não desejando ser pecador. O descasamento entre as
demandas éticas do Reino e a prática de vida nos causam risos. Pessoas mentem,
mas negam peremptoriamente que são mentirosas. Disso advêm a insensibilidade em
que vivem muitos cristãos. Entram diante de Deus sem se aperceberem que o lugar
em que pisam é terra santa. Entretanto praticar o que Jesus ensina nos leva a
termos acesso aos recursos redentores de Deus que estão sempre disponíveis e
isso nos liberta da tirania do eu e nos faz discípulos do único mestre, Jesus
Cristo.
Quando vivemos o
discipulado proposto por Cristo temos nosso caráter transformado e nossos
pensamentos caminham na mesma direção. Ao aprendermos com Jesus nosso interior
é mudado e consequentemente nossas atitudes também. Não precisaremos viver uma
duplicidade de vida, pois toda nossa existência será transparente.
Finalmente para aqueles
que trilham o caminho da comunhão intima com Cristo recebem poder deste para
enfrentar os problemas advindos das variáveis da vida. Poder sobre humano que
capacita o homem alcançar equilíbrio diante de seus problemas e angústias. Cristo
oferece esse poder para aqueles que o amam e ai se cumpre o Ele disse em Jo.
14:21 “Aquele
que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me
ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele”.
Sejamos discípulos com Mestre
e salvos debaixo do Senhorio de Cristo.
Soli Deo Gloria
Pr.
Luiz Fernando R. de Souza
Concordo com o Pastor. É preciso ser sincero com aqueles que se dizem cristãos, pois se de fato o são, vão abrir os olhos e ouvidos, olhar para a palavra e comprar com a própria vida, e confesso que ainda há áreas em minha vida nas quais preciso de arrependimento mais sincero e submissão ao senhorio de Jesus.
ResponderExcluirAcho pertinente este alerta e me lembro de outra mensagem que ouvir onde se dizia que o crer verdadeiro deve ser seguido da reação apropriada. É como se estando em uma sala de cinema, por exemplo, alguém chega à porta e grita 'incêndio! ', se de fato cremos no que aquela pessoa disse vamos ter a reação apropriada, que é abandonar o local, não faz sentido dizer que acredita e continuar assentado assistindo ao filme como se tudo estivesse normal. Assim também não faz sentido eu declarar que creio em Jesus, mas não ter atitudes que demonstrem arrependimento sincero, obediência à Palavra, busca de intimidade com este Jesus, etc. Não nos tornamos Super Homens, mas com certeza a conversão verdadeira é acompanhada por mudança de vida e busca de um relacionamento pessoal com Deus.
Vida cristã é pautada por valores diferentes dos valores do mundo, e se um cristão tem buscado sua satisfação e a realização pessoal com base nos valores deste mundo, é hora de prostrar aos pés da cruz e buscar ajuda do Espírito Santo, que convence o homem do pecado e da injustiça, e também buscar aconselhar-se com outros irmãos que sejam cristãos verdadeiros.