30 novembro 2013

Como Ser um Refúgio Para Seus Filhos

Como Ser um Refúgio Para Seus Filhos

John Piper
No temor do SENHOR, há firme confiança, e ele será um refúgio para seus filhos.(Provérbios 14:26)
Se o Papai estiver amedrontado, para onde se voltarão os pequeninos? Papais deveriam ser seguros. Eles deveriam saber o que fazer, como resolver problemas, consertar as coisas e, sobretudo, proteger seus filhos do mal. Mas o que ocorre se uma criança vê o medo na face de seu Papai? E se o Papai estiver tão assustado quanto a criança e não souber o que fazer? Neste caso, a criança fica totalmente perturbada e se apavora. Ela sente que o único lugar firme, bom e confiável de refúgio não é mais seguro.
Mas se o Papai é confiante, a criança tem um refúgio. Se o Papai não está entrando em pânico, mas está calmo e firme, todos os muros podem vir abaixo, todas as ondas podem quebrar, todas as serpentes podem sibilar e os leões, rugir; mas os braços de seu Papai ainda serão um lugar seguro. O Papai é um refúgio, contanto que seja um Papai confiante.
É por isto que Provérbios 14:26 diz que "ele será um refúgio para seus filhos", se o Papai possuir uma "firme confiança." A confiança do Papai é o refúgio de seus filhos. Pais, a batalha para ser confiante não é apenas sobre nós, mas sobre a segurança de nossos filhos. É sobre o senso de segurança e felicidade deles. É sobre eles crescerem aflitos ou firmes na fé. Até que as crianças possam conhecer a Deus de uma forma profundamente pessoal, nós somos a imagem e a personificação de Deus em suas vidas. Se formos confiantes, confiáveis e seguros para eles, eles serão muito mais inclinados a apegar-se a Deus como seu refúgio quando, mais tarde, as tempestades lhes sobrevierem.
Então, como nós devemos obter esta "firme confiança"? Afinal, nós também somos pequeninos, somos vasos de barro, fracos, quebrantados, lutando contra dúvidas e ansiedades. Será que a solução é fazer nossa melhor encenação e esconder o que somos verdadeiramente? Isto nos levará às úlceras, no melhor dos casos, e, no pior, ao duplo erro de desonrar a Deus e rejeitar nossos adolescentes. Esta não é a resposta.
Provérbios 14:26 nos dá outra resposta: "No temor do SENHOR, há firme confiança". Isto é bastante estranho. Diz que a solução para o temor é o temor. A solução para a timidez é o temor. A solução para a incerteza é o temor. A solução para as dúvidas é o temor. Como pode ser isto?
Parte da resposta é que o "temor do Senhor" significa ter medo de desonrar ao Senhor; o que significa ter medo de duvidar do Senhor. Que significa ter medo de temer qualquer coisa que o Senhor tenha prometido te ajudar a superar. Em outras palavras, o temor do Senhor é o grande destruidor de temores.
Se Deus diz, "Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo," (Isaías 41:10), então, coisa temível é se preocupar com o problema no qual ele disse que irá te ajudar. Temer o problema quando ele diz, "Não temas, eu te ajudo" é um voto de desconfiança contra a palavra de Deus, e isto é uma grande ofensa a Deus. E o temor ao Senhor, ao contrário, faz qualquer um estremecer ante tal ofensa a Deus.
Se o Senhor diz, "de maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei," então você pode dizer confiantemente "O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?" (Hebreus 13:5-6). Se o Senhor te diz isso, então não confiar na presença e auxílio prometidos pelo Senhor é uma espécie de orgulho. Isto coloca o nosso parecer do problema acima do parecer de Deus. É por isto que lemos as maravilhosas palavras do Senhor em Isaías 51:12: "Eu, eu sou aquele que vos consola; quem, pois, és tu, para que temas o homem, que é mortal, ou o filho do homem, que não passa de erva?". Quem é você para temer os homens, quando Deus prometeu ajudá-lo? Assim, temer o homem é orgulho. E o orgulho é o extremo oposto do temor de Deus.
Então, sim, o Provérbio é verdadeiro e nos é de grande ajuda. Temam a Deus, pais. Temam a Deus. Temam desonrá-lo. Temam duvidar dele. Temam colocar a sua avaliação do problema acima da dele. Ele diz que pode ajudar. Ele é mais inteligente. Ele é mais forte. Ele é mais generoso. Confie nele. Tema não confiar nele.
Por quê? Ele trabalha para aquele que nele espera (Isaías 64:4). Ele resolverá o problema. Ele socorrerá a família. Ele cuidará dos pequeninos. Ele satisfará as suas necessidades. Tema não crer nisso. E, então, seus filhos terão um refúgio. Eles terão um Pai que "tem firme confiança" - não em si mesmo, mas nas promessas de Deus, nas quais ele estremece de não confiar.
Aprendendo a temer ao Senhor para o bem dos meus filhos,
Soli Deo Gloria
Pr. Luiz Fernando R. De Souza

01 novembro 2013

TEOLOGIA DA PROSPERIDADE ESTÁ PRESENTE EM DOIS TERÇOS DAS IGREJAS, DIZ ESTUDO

Mensagem de "bênção e vitória" tem uma penetração mais ampla que se poderia imaginar.

Embora Kate Bowler diga não escrever sobre um ponto de vista teológico, sua pesquisa inclui elementos de história, sociologia e até psicologia. Contudo, “Blessed: A History of the American Prosperity Gospel” [Abençoado: uma História do Evangelho da Prosperidade], é a adaptação da sua tese de doutorado em formato de livro. Lançado nos EUA recentemente, caiu como uma bomba no meio evangélico e foi matéria da edição de setembro da influente revista Christianity Today.
Embora inicie com uma breve história da chamada “teologia da prosperidade” a autora se dedicou mais a investigar a influência desse tipo de pregação nas igrejas evangélicas. Bowler entrevistou pastores, visitou megaigrejas, leu dezenas de livros e atreve-se a concluir: a pregação da prosperidade domina os púlpitos. Mas não só nos EUA, ela traça paralelos com diversos países, desde o Brasil até Cingapura, passando pela Nigéria.
Embora em alguns lugares seja apresentado como “pregação de saúde e riqueza”, “confissão positiva” ou “teologia da dominação”, o foco é o mesmo: riqueza e vida boa aqui e agora. A grande maioria dos pregadores tem seus próprios programas de TV, escrevem livros sobre o assunto e atraem multidões para suas megaigrejas. E as pessoas parecem gostar, cada vez mais.
Embora repudiado pelos teólogos, o movimento que oferece a prosperidade a todos os que tiverem fé, superou a velha pregação baseada no arrependimento e na mudança de vida. Bowler atualmente é professora da Duke Divinity School, Universidade fundada pela Igreja Metodista, mas que hoje forma acadêmicos no estudo de diversas religiões.
Para a pesquisadora, desde o final do século 19, os pregadores que ensinavam a “prosperidade vinda de Deus” absorveu e ajudou a espalhar vários aspectos culturais do chamado “sonho americano”. Ou seja, com determinação e perseverança todo mundo poderá ser rico um dia.
Com o passar dos anos, a pregação foi se modificando, até que nos anos 1970 consolidou um modelo que é usado até hoje. Fé = investimento + auto-ajuda. Cultos que enfatizavam curas e milagres também auxiliaram na formatação teológica. Por fim, em alguns lugares mais do que em outros, a ênfase na obra de demônios como o principal obstáculo a ser vencido pelo cristão.
Bowler vai listando uma série de pastores e igrejas do século passado até chegar aos dias de hoje. O mínimo denominador comum a todas as igrejas evangélicas é que a teologia da prosperidade continua crescendo por que a maioria dos fieis só quer ouvir isso. O movimento que varreu as igrejas americanas nos anos 60 e 70, deu condições para que seminários com esse enfoque fossem criados e com isso, a perpetuação dos ensinamentos e a expansão para todos os lugares do mundo. Ao mesmo tempo, as denominações mais tradicionais experimentavam uma crescente relativização, sem tomar posição firme sobre esses ensinamentos por décadas.
O movimento não tinha uma organização central, mas a proliferação dos televangelistas acabou gerando dois grupos principais. A base comum são dois elementos-chave: Deus quer abençoar e você precisa querer ser abençoado.
O que mais cresce é a chamada “prosperidade soft” cuja mensagem é centrada nos pregadores (sejam eles pastores, bispos ou apóstolos) e que oferecem uma mensagem com muitos elementos de psicologia (autoajuda) em que a vida cristã é um desfrutar contínuo de bênçãos. Desde que sigam os “passos certos”, todos poderão alcançar a “vitória”.
Do outro lado, a “prosperidade tradicional”: que enfatiza os “pontos de fé”, objetos distribuídos ou vendidos nos cultos e que colaboram com a vida cristã; além da luta constante contra os demônios, que causam todo tipo de problema na vida pessoal, familiar e profissional.
Citando estudos, Bowler afirma que 17% dos evangélicos americanos reconhecem fazer parte desse movimento, que todos os domingos atrai milhões de pessoas para as megaigrejas. Outro dado alarmante é que dois terços de todos os evangélicos do mundo estão em igrejas que pregam a “teologia da prosperidade”, embora a maioria sequer tenha ouvido falar dela.
Em sua investigação global, a autora lista as maiores igrejas do mundo e analisa suas bases teológicas. Destaque para a Igreja do Evangelho Pleno na Coreia do Sul, do pastor Young Choo e a Igreja Universal do Reino de Deus, fundada pelo bispo Edir Macedo no Brasil.
Na parte final de suas quase 400 páginas, Bowler demonstra com estatística na venda de livros, como ocorreu uma acentuada queda na preocupação dos evangélicos com temas como ação social nas igrejas, o arrebatamento e o final dos tempos.
Não há previsão de seu lançamento no Brasil, mas é possível ler alguns capítulos no Google Books ou no site da Amazon.
Fonte: Gospelprime
Soli Deo Gloria
Pr. Luiz Fernando R. de Souza

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